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Setor sucroalcooleiro da PB se reúne com o governador e pede que etanol americano só entre no Estado na entressafra.

reuniao ricardoRicardo pediu que um grupo se formasse para entregar uma proposta em 15 dias. Outros assuntos como a volta da distribuição de cana semente também foi discutida e apoiada pelo governo

Representantes do segmento sucroalcooleiro da Paraíba, dentre eles produtores de cana-de-açúcar, proprietários de usinas e dirigentes da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (23) com o governador Ricardo Coutinho para solicitar o disciplinamento da entrada do etanol dos Estados Unidos (EUA) no Porto de Cabedelo e o retorno do programa de Cana Semente que, no ano passado atendeu a mais de 900 pequenos produtores de cana no estado. Durante a audiência, que aconteceu na Granja Santana, outros temas relevantes para o fortalecimento de um dos setores mais importantes da economia estadual também foram tratados, a exemplo do incentivo para a irrigação, a continuidade do programa de asfaltamento de estradas para o escoamento da produção e as invasões de terra.

Sendo o assunto mais debatido nos últimos dias entre os representantes do setor sucroalcooleiro paraibano na imprensa, a preocupação com o egresso do etanol americano foi o item mais focado na audiência. Temendo o dano desse tipo de importação para a cadeia produtiva da cana na Paraíba, principalmente no tocante à impossibilidade de competição de preços devido à retirada do PIS/CONFINS do produto feita pelo Governo Federal, o setor reivindicou que a Paraíba adote uma “barreira tributária” que importa na cobrança antecipada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para desestimular a entrada do produto e evitar uma possível concorrência com o produto local já que o estado cobraria uma base de cálculo mínimo do ICMS.

Além disso, os produtores e usineiros também pediram que esse incremento de etanol fosse feito somente no período da entressafra, ou seja, entre os meses de maio e agosto. “Estamos pedindo a proteção de nosso mercado interno através de um desestímulo da importação. Não somos contra a entrada do etanol no estado, mas ele deve entrar em uma janela de tempo que não prejudique a comercialização interna”, disse José Inácio de Morais, diretor adjunto da Asplan, endossando o apoio da entidade à pauta de reivindicação. “Essa é uma pauta muito mais do setor industrial, ou seja, as usinas, mas estamos diretamente ligados a elas, visto que nos somos remunerados de acordo com o valor pago pelos subprodutos da cana. Se a usina se resfria, nós também adoecemos”, brincou o diretor da Asplan, mostrando que a entrada do etanol no período de safra afetará toda a cadeia produtiva na Paraíba.

Quanto ao assunto, o governador Ricardo Coutinho, com a ajuda do secretário da Receita da Paraíba, Marivaldo Laureano, explicou a importância que tem a arrecadação do ICMS para o Estado e pediu que os produtores, junto aos industriais e receita estadual, formassem um grupo de discussão para propor soluções que não impactassem na receita do Estado. “Vamos criar uma pauta propositiva e vamos nos reunir dentro de 15 dias para discutir o impacto dela”, afirmou Ricardo, mostrando disponibilidade para tratar do assunto, sugerindo um debate mais aprofundado sobre a questão tributária.

Já quanto ao retorno do programa de distribuição de cana semente, o governador foi simples e direto ao assunto garantindo a retomada do programa em 2014, visto que ano passado a iniciativa ajudou mais de 900 pequenos produtores de cana espalhados pelo Brejo, zona da Mata Norte e Sul do estado da Paraíba. Para 2014, inclusive, segundo dados da Secretaria de Agricultura estadual, já se encontram licitados 19.000 toneladas de cana semente das variedades 579/7515 através de registro da Central de Compras da Secretaria de Administração.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, a associação apoia e aplaude a iniciativa do governo Ricardo Coutinho que voltará a distribuir, gratuitamente, a cana semente a pequenos produtores paraibanos. “Essa ação significará o recomeço para os pequenos agricultores que estão passando por dificuldades por causa da seca e com essa ajuda, eles poderão adquirir boas variedades e elevar sua produtividade sem custos. Isso, sem dúvida, é uma ótima iniciativa”, destacou Murilo.

 Os demais temas tratados no encontro giraram em torno do apoio do governo para o aumento da produtividade do setor, a exemplo da irrigação e do escoamento da produção. “Precisamos deslanchar e sabemos que podemos concorrer com os maiores produtores de açúcar do país se tivermos irrigação”, disse o diretor-presidente da Usina Miriri, Gilvan Celso de Morais, pedindo atenção do governo em relação às obras de barragens no estado.  Já em relação às estradas, o foco foi a estrada que liga o município de Pedras de Fogo à BR 101, uma área de muita importância para o setor, mas que está encontrando problemas porque a estrada licitada pelo governo passa por terras privadas. “Precisamos mostrar a importância dessas estradas para os produtores na região”, disse o governador, pedindo o apoio dos produtores.

O grupo representante dos produtores de cana paraibanos presente na ocasião foi formado pelo presidente da Asplan, Murilo Paraíso, pelo diretor adjunto da entidade, José Inácio de Morais, e pelo diretor tesoureiro, Oscar de Gouvêa. Também esteve presente na audiência o secretário executivo da Agropecuária e da Pesca da Paraíba, Rômulo Montenegro; o secretário da Receita, Marivaldo Laureano; o presidente executivo do Sindalcool (Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado da Paraíba), Edmundo Barbosa; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, e diversos donos de usinas.

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Produtores canavieiros da Paraíba serão recebidos pelo Governador Ricardo Coutinho nesta quinta-feira

ricardocoutinhoA distribuição de cana semente, a situação das estradas dos municípios canavieiros, a recuperação do setor sucroenergético do Nordeste e questões fundiárias são assuntos da pauta a ser abordada no encontro

Dirigentes da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) têm um encontro marcado com o governador do Estado, Ricardo Coutinho, nesta quinta-feira (23), às 10h. O grupo representante dos produtores de cana paraibanos que será recebido pelo governador na Granja é formado pelo presidente da Asplan, Murilo Paraíso, pelo direto-secretário da entidade, Raimundo Nonato, além dos diretores Oscar de Gouvêa e José Inácio de Morais.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, explicou que a pauta da audiência é constituída de reivindicações e propostas que visam o desenvolvimento para a mais importante cultura no Estado. Dentre os pleitos dos produtores destacam-se as obras de recuperação das estradas dos municípios canavieiros para melhor garantir o escoamento da produção de cana-de-açúcar, o retorno do programa de distribuição de cana semente no Brejo e Litoral paraibanos, a recuperação do setor sucroenergético do Nordeste, entre outros itens.

Para Murilo Paraíso, presidente da Asplan, a expectativa para o encontro é a melhor possível. “Já tivemos outras audiências com o governador e saímos destes encontros bastante otimistas pelos encaminhamentos, pelo acolhimento de nossas reivindicações e porque em todas elas sentimos que o governador acredita em nossa agricultura e tem projetos para desenvolvê-la”, concluiu Murilo. Além dos produtores de cana-de-açúcar participarão da audiência representantes da indústria sucroalcooleira paraibana.

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Moagem de cana dos fornecedores da Asplan para as usinas na safra 2013/2014 já chega a 85%

moagemcanaO processo de moagem da cana-de-açúcar referente à safra 2013/2014 dos fornecedores ligados à Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já atingiu 85%, o equivalente a 1.406.551,442 toneladas. Toda essa matéria-prima produzida pelos 1.700 fornecedores/associados já foram processadas nas oito usinas sucroalcooleiras do estado, sob a fiscalização de 18 agentes tecnológicos contratados pela Asplan. O trabalho teve início em agosto em algumas unidades e noutras em setembro. A expectativa é que a safra termine em fevereiro. Os dados são do Departamento Técnico da Asplan (Detec).

“É importante salientar que o atraso do inicio desta safra em relação a anterior ocorreu por conta do péssimo desempenho do inverno de 2012 e o inverno de 2013 ter começado a se consolidar só a partir de maio, retardando portanto a época ideal de corte da cana para moagem”, explica o Coordenador do Detec, Vamberto de Freitas Rocha. Segundo Vamberto, dificilmente será atingida a mesma moagem  da safra 12/13 que, comparando com a 2011/12, já teve uma redução de 25%, repercutindo de uma forma bastante negativa na atividade dos produtores de cana-de-açúcar. “Daí a importância das ações efetivadas do Estado como todo para recuperar uma das culturas que mais gera emprego e renda na Paraíba”, complementa o presidente da Asplan, Murilo Paraiso.

Moagem e fiscalização

A moagem da cana na Paraíba, assim como a respectiva fiscalização, acontece durante 24 horas nas usinas Japungu, Miriri, Monte Alegre, Giasa, Agroval, Tabu, São João e Pemel, que concluirão os trabalhos gradativamente. De acordo com o geotecnólogo da Asplan Thybério Luna, a primeira usina a encerrar as atividades da safra 2013/2014 deve ser a Miriri, enquanto que a Japungu e a Agroval deverão moer até o final de fevereiro, devido à demanda de produção de cana própria.

Os agentes/fiscais tecnológicos disponibilizados pela Asplan monitoram todo o processo de moagem da cana-de-açúcar, sobretudo o cumprimento das normas técnicas estabelecidas entre empresas processadoras de cana e fornecedores, como a pesagem da matéria-prima e o seu pagamento pela ATR (Açúcar Total Recuperável), até a trituração, a leitura do Brix (teor de sacarose) e da Pol (pureza do caldo extraído) da cana. “Nosso objetivo é de garantir uma avaliação precisa da qualidade da matéria-prima fornecida às usinas e que o fornecedor de cana não seja prejudicado no momento do recebimento de seu pagamento”, explicou Thybério, acrescentando que o produtor que tiver, por exemplo, a ATR (açúcar) de sua cana abaixo da média, deve procurar de imediato a Asplan, mais especificamente o Detec, para estudar a causa para o baixo rendimento e aprimorar a qualidade de sua matéria-prima.

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