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Produtores de Cana do Nordeste se reúnem para debater direcionamentos para a defesa do setor em 2014

dirigentes1A importação do álcool dos EUA e o apoio ao comitê temático interministerial  foram os destaques da reunião, que aconteceu nesta quarta-feira (15), em Recife

Presidentes das associações nordestinas de cana-de-açúcar se reuniram nesta quarta-feira (15), em Recife, para discutir qual o direcionamento que as entidades tomarão em 2014 quanto a diversos assuntos que afligem o setor, a exemplo das dívidas dos produtores, da crise do álcool e a falta de incentivo do Governo Federal para a atividade canavieira no país. Durante o encontro, dois temas bastante atuais se destacaram: o repúdio à importação de álcool anidro feita dos Estados Unidos (EUA) e a descrença da classe em relação ao soerguimento da atividade sem estímulo do poder público.  O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, esteve presente na reunião e apoiou todos os encaminhamentos.

Na oportunidade, Murilo assinou, junto a outros representantes de entidades de classe do Nordeste, uma representação contra a importação de álcool. O documento solicita à Agencia Nacional de Petróleo (ANP) o fim da importação para evitar uma crise maior no setor. “Os produtores de cana estão sendo prejudicados com essa importação porque ela está acontecendo justamente durante a safra. O resultado é que com a compra de álcool fora do país, o preço do combustível está despencando e nós, consequentemente, também temos prejuízo”, argumenta o presidente da Asplan, lembrando que em meio a isso, o setor ainda enfrentou a seca e consequente queda da produção.

No documento enviado à ANP se detalha o modelo de remuneração do setor e o dano econômico provocado pela internalização do etanol vindo do exterior. “Tal modelo valoriza a cana a partir dos seus produtos finais, ou seja, pelos valores do mix de produção das unidades industriais: etanol e açúcar. Dessa forma, com a importação do etanol, ocorrerá uma depreciação dos valores produzidos da região nordestina e, consequentemente, dos valores da tonelada de cana. Tal fato é somado com a política do Governo Federal em manter o preço da gasolina estável. No que resulta na perda de competitividade do combustível renovável e na deterioração dos preços recebidos pela cana”, afirma o documento.

Também durante o encontro, os dirigentes assinaram um documento em que apoiam o “Comitê Temático Interministerial para a Reocupação do Setor Sucro Energético da Região Nordeste” no âmbito da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O comitê tem o objetivo de propor ações de médio e longo prazo para o soerguimento do setor. Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, o governo federal precisa intervir para estabilizar os preços dos combustíveis, descortinando um horizonte mais promissor para o setor. Ele acredita que se o Brasil não tiver preço que viabilize a atividade, o setor canavieiro nunca vai se recuperar, visto que hoje existe um grande endividamento das usinas e dos próprios fornecedores de cana, o que impede o soerguimento da atividade por ela mesma.

“A situação está se agravando. A cana é a maior e mais expressiva cultura local, mas ela não consegue se erguer sozinha porque já está bastante comprometida com as dívidas e a própria seca que castiga a região ano sim ano não. O setor sucroalcooleiro  depende de incentivos do governo para se recuperar. Por isso estamos lutando contra essa importação arbitrária do álcool e apoiando o comitê temático para tratar desses assuntos na Sudene. Precisamos de um programa forte por parte do governo federal para recuperar o preço da cana e mantê-lo ao ponto dele remunerar o setor”, defendeu Murilo.

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Estação Experimental de Camaratuba recebe estudantes da UEPB e UFPB interessados em conhecer os laboratórios de vespas e fungos

estudantes camaratuba

Referência no Nordeste na produção de Cotesia Flavipes (Vespas) e Metarhizium Anisopliae (fungos) para o controle biológico de duas grandes pragas que atacam os canaviais paraibanos, a broca-comum (Diatraea spp) e a cigarrinha da Folha(Mahanarva posticata), a Estação Experimental de Camaratuba recebeu, nos dias 04 e 12 de dezembro, a visita de estudantes interessados nos processos desenvolvidos nos laboratórios da Estação, mantidos pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). De acordo com o coordenador do DETEC, Vamberto Freitas, o objetivo das visitas, foi o de aprofundar o conhecimento na área, afinal, a Estação Experimental de Camaratuba, é a única no estado a produzir controladores biológicos para combater as principais pragas da cana-de-açúcar.

“As pessoas que estão entrando no mercado, nessa área, querem ver como funciona o processo de produção desses agentes”, afirmou o engenheiro, Vamberto Freitas , lembrando que a primeira turma que visitou os laboratórios de vespas e fungos foi a de Técnico em Agropecuária, um curso do campus II da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no município de Lagoa Seca. A turma, formada por 65 alunos, foi recebida no início de dezembro, em dois turnos, pelo engenheiro agrônomo da Asplan, Luís Augusto de Lima, e pelo Biólogo e supervisor dos laboratórios da Estação Experimental, Roberto Balbino.

 “No dia, eles conheceram todo o processo de produção da Cotesia e do Metarhizium, explicado pelo biólogo, e também se informaram sobre os procedimentos de campo, comentado pelo nosso engenheiro agrônomo, Luís Augusto”, disse Vamberto Freitas, frisando que no dia 12 de dezembro, outra visita foi feita à Estação, só que desta vez foi a turma do Mestrado da Escola de Agronomia do campus II da Universidade Federal da Paraíba, em Areia.

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Estação Experimental de Camaratuba adquire novas variedades de cana para o fortalecimento da cadeia produtiva na Paraíba

estacao variedadesCom o objetivo de fortalecer ainda mais a cultura da cana-de-açúcar no estado da Paraíba, a Estação Experimental de Camaratuba, por intermédio do Departamento Técnico (Detec) da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), conseguiu uma área de renovação que correspondente a 41,3 hectares. Dentre as novas variedades plantadas, as mais promissoras são a RB 92579, RB 867515, RB 962962, RB 863129, além das RB 931003 e RB 951541.

Vale lembrar que além do plantio dessas variedades comerciais, fruto de um convênio entre a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar de Carpina-UFRPE-RIDESA, Asplan e algumas usinas, a Estação Experimental também recebeu clones e variedades promissoras tais como: RB 93 509; RB 99 2506; RB 00 2822; RB 951501; RB 94 3047; RB 91 1552; RB 00 2561; RB 91 8777; RB 97 2722; RB 94 2991; RB 02 1754; RB 002754; RB 99 2506; IAC 95 5000. 

De acordo com o Coordenador do Detec da Asplan, Vamberto Freitas, responsável pelo cultivo da cana na estação, dentre as novas variedades, a que já vem mostrando resultados muito positivos é a RB 951501. Vale destacar que as novas variedades cultivadas pela Estação, estarão à disposição do produtor paraibano nas próximas safras. Elas vão contribuir bastante para a melhoria da produtividade dos associados à Asplan.“A cana tem uma importância socioeconômica fundamental para a economia do Estado. Não é à toa que a Paraíba está entre os três maiores produtores do Nordeste, ficando atrás apenas dos estados de Alagoas e Pernambuco. Estamos fazendo a nossa parte”, reitera Vamberto.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, a tendência dos centros produtores é crescer cada vez para atender outras demandas regionais e até nacionais e, neste contexto, a Paraíba está optando por crescer em produtividade, já que a aquisição de terra para uma expansão horizontal é mais difícil. “Queremos crescer verticalmente, o que é possível com tecnologias que já existem em nosso país”. E é na Estação Experimental que os produtores associados encontram a solução para os diversos problemas que enfrentam. Isso inclui a renovação de seus canaviais através do acesso a novas variedades, sempre tão caras ao bolso do produtor paraibano”, comenta o dirigente, frisando a extrema importância da Estação mantida pela Associação e que também atua para melhorar a produtividade dos canaviais através do teste e da introdução de novas variedades nos campos e ainda na produção de insumos biológicos.

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