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Papel feito de palha de cana-de-açúcar é mais barato e polui menos

palha canaA palha da cana-de-açúcar, material geralmente descartado como resíduo da indústria de açúcar ou álcool, pode se transformar, em breve, em papel. A técnica desse novo processo de produção de papel está sendo testada pelo inventor colombiano e químico, Jorge Humberto Borrero, proprietário da empresa Fibras Ecológicas.

Ele explica que sua técnica difere de outros processos semelhantes por utilizar apenas a palha da cana, ao invés do bagaço, utilizado por algumas indústrias. Para cada tonelada de papel produzido, seriam necessárias duas toneladas e meia de palha. Ainda segundo o químico, o novo processo utilizaria menos produtos químicos, como soda cáustica ou derivados de enxofre, o que resultaria em menos dano para o meio ambiente e menos riscos à saúde.

Jorge Humberto Borrero é um cientista premiado. Em 2011, sua pesquisa com papel recebeu o prêmio de Melhor Inventor Colombiano e também o de melhor inventor pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Os prêmios o levaram ao Venture Labs Intestment Competition, realizado pela Universidade do Texas, nos EUA. Lá, ele conheceu a empresa de celulose sueca SCA, que comprou sua ideia. O químico também pesquisa a utlização de outras matérias primas dentro do mesmo processo, que considera ser até 37% mais barato do que similares.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a ideia de utilizar os insumos da cana e transformá-lo em outros produtos é uma iniciativa que merece elogios. “Há uma infinidade de subprodutos que podem ser gerados com os insumos da cana-de-açúcar e o papel é um deles, de forma que devemos apoiar e parabenizar ações neste sentido que só valorizam a matéria-prima que produzimos”, destaca Murilo.

No Brasil, já se encontra no mercado papel feito a partir do bagaço de cana. Entretanto, o papel é produzido fora do país, na Argentina e na Colômbia, isto porque, comprar o bagaço das usinas brasileiras é difícil, uma vez que elas preferem utilizá-lo como combustível em usinas termoelétricas. É preciso de 3,7 toneladas de bagaço de cana para produzir uma tonelada de papel. Outras informações sobre a iniciativa no http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,papel-feito-de-palha-de-cana-e-mais-barato-e-polui-menos,170840,0.htm.

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Asplan realiza reunião com os fiscais para avaliar trabalho realizado nas usinas paraibanas

fiscais materiaOs fiscais apontaram a quebra de equipamentos e impureza da cana como os principais problemas dessa safra

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) realizou, essa semana, a primeira reunião de balanço do trabalho dos agentes tecnológicos que integram o Laboratório de Controle de Qualidade, responsável pela inspeção da moagem da cana de seus associados, processada nas oito unidades industriais da Paraíba. O encontro, que acontecerá mensalmente, teve o objetivo de levantar e propor medidas saneadoras para possíveis falhas que possam estar ocorrendo durante o trabalho de acompanhamento nas usinas. As questões mais discutidas na oportunidade foram a quebra de equipamentos nas usinas e a alta quantidade de impurezas presente na cana que está sendo moída.

Com uma equipe composta por 18 fiscais que acompanham 24 horas o trabalho de moagem da safra 2013/2014, iniciada em setembro, o serviço de fiscalização nas usinas contribui para que o fornecedor de cana não seja prejudicado no momento do recebimento de seu pagamento pela matéria-prima entregue às usinas/destilarias do Estado. O objetivo dos encontros e da própria atividade realizada pelos agentes foi um dos temas lembrados pelo Coordenador do DETEC, Vamberto de Freitas, que abriu a reunião junto ao consultor e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Francisco Dutra Melo, e ao supervisor de fiscalização, Edvam Silva, também responsáveis pela capacitação da equipe.

“Aqui sempre temos essa conversa aberta e livre de formalidades para que saibamos o que está acontecendo nas usinas. Esse é um momento de interação dos membros da equipe. é nesse momento que trocamos experiências e podemos saber se o que acontece em uma usina está errado ou não e como proceder diante disso”, disse Vamberto, passando a palavra para Francisco Dutra que, por sua vez, lembrou os aspectos que marcaram essa safra 2013/2014.

Segundo o pesquisador, essa foi uma safra diferente das outras porque os fornecedores de cana foram pegos pela seca e não sabiam, na realidade, se iam ter ou não safra. Posteriormente, em função da seca, a moagem começou um pouco mais tarde para ver se chovia. “Pouco antes das usinas começarem a moer surgiu a chuva, mas a quantidade de Açúcar Total Recuperável (ATR) ainda estava baixa porque a planta ainda estava crescendo, o que fez com que a cana inicialmente moída apresentasse uma taxa menor de açúcar. Agora é que essa cana está começando a melhorar agora. A planta que chegou ao tamanho ideal e que está sendo moída agora já apresenta uma ATR mais alta”, explicou Francisco Dutra.

Os assuntos apontados pelos agentes tecnológicos, no entanto, foram outros, mas não menos importantes. Trata-se da impureza que está vindo junto à cana e a quebra de equipamentos. “Tem muita palha vindo junto à cana e às vezes o fornecedor não sabe o que acontece e vem questionar porque antes a sua cana estava boa”, disse uma das fiscais presentes. “Temos que mostrar para o fornecedor de cana o quanto que ele perde com a quantidade de palha que vem junto à cana nos caminhões”, afirmou o pesquisador. 

 Já em relação à quebra de equipamentos, balanças, sondas e impressoras foram os mais apontados. Para tentar reduzir a quantidade de ocorrências nas usinas, Francisco Dutra, junto ao supervisor de fiscalização, teve a ideia de realizar espécies de “rondas” nas usinas de dois em dois meses para verificação e testagem de equipamentos. “O que acontece é por falta de manutenção”, disse Francisco Dutra.

Sobre a fiscalização

A atividade faz parte do programa disponibilizado gratuitamente pela Asplan aos produtores associados. É ela quem garante o monitoramento da quantidade do Açúcar Total Recuperável (ATR) contido na cana e a justa remuneração dos produtores pela cana entregue às usinas Japungu, Miriri, Monte Alegre, Giasa, Agroval, Tabu, São João e Pemel. “Quando reunimos a equipe de fiscais na Asplan, fazemos um balanço geral das atividades em forma de conversa, que é mais dinâmica e livre. No final, o relatório mensal é posto no quadro de avisos na própria Asplan para que todo produtor saiba o que está acontecendo em cada uma das usinas. Todo esse trabalho evita uma série de erros que possam vir a acontecer no âmbito das usinas no momento da avaliação do valor da cana, visto que problemas com balanças ou cálculo de ATR, por exemplo, são prontamente detectados pelos fiscais”, observou Francisco Dutra, que disse ter implantado o sistema de reuniões mensais há mais de três anos na Asplan.

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Projetos de custeio de safra e de financiamento elaborados pela Asplan ultrapassam os R$ 16 milhões

 

86projetosA Associação, através de seu departamento técnico, elaborou e remeteu aos bancos, este ano, 86 projetos que pleiteiam recursos

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), por meio do Departamento Técnico (Detec), está disponível o ano inteiro para a elaboração de projetos técnico/financeiro para a aquisição de recursos direcionados ao custeio ou investimento para plantio de cana-de-açúcar na Paraíba. As propostas elaboradas, este ano, pelo Detec já somam 86 projetos, sendo 67 de custeio e 19 de investimento, e chegam ao montante de R$ 16.699.137,65. As instituições financeiras que este ano receberam projetos de financiamento ou de custeio de safra de cana-de-açúcar foram Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Bradesco e, recentemente, a Caixa Econômica Federal (CEF).

O Banco que mais recebeu propostas foi o BNB, com 36 projetos de custeio de safra e seis de financiamento, totalizando 41 projetos. Juntas essas propostas chegaram ao valor de R$ 10.677.354,58. Ao BB foram enviados 18 projetos de custeio e oito de financiamento. O banco é o segundo em número e valor total das propostas, que chegou a R$ 3.163.183,75. Já o Bradesco está em terceiro lugar, com nove projetos de custeio e cinco de investimento, totalizando R$ 1.895.608,47. Por fim, à CEF foram remetidos quatro projetos de custeio de safra com valor total de R$ 962.990,85. O valor final foi de R$ 16.699.137,65.

Todos os anos, a Asplan auxilia muitos produtores com esses projetos. Para ter uma ideia dessa participação, basta dizer que em 2011, por exemplo, a entidade foi responsável pela elaboração de 78 projetos técnico/financeiro para a aquisição de recursos direcionados ao investimento e custeio da safra de cana-de-açúcar na Paraíba. As propostas formatadas pela Asplan somaram um total de R$ 22.748.890,54, sendo que mais de 85% desse valor, cerca de R$ 19,699 milhões, foram destinados apenas para custeio e manutenção dos canaviais. Na época, todos os projetos foram expedidos para o Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), HSBC e Bradesco.

É válido lembrar que o serviço de elaboração dos projetos é realizado gratuitamente para os associados. O presidente da entidade, Murilo Paraíso, destaca que para desenvolver um projeto similar a esses já elaborados pelo Detec, as empresas particulares que atuam no mercado local cobram uma percentagem em cima do valor financiado. “A nossa proposta não é obter lucro, mas sim, oferecer mais esse suporte técnico-administrativo ao produtor para que ele possa, cada vez mais, investir e melhorar sua produtividade”, observou Murilo. Produtores não associados também podem utilizar os serviços da Asplan, mas, neste caso, será cobrado o valor de mercado.

Uma medida importante aos interessados na elaboração de projetos é que antes de se dirigirem à Asplan os associados passem em uma das instituições financeiras para atualizar os dados cadastrais. “Este tipo de cadastro prévio se faz necessário porque é um pré-requisito para dar entrada na documentação do processo de obtenção do recurso a ser liberado através do projeto encaminhado ao banco escolhido pelo requerente”, orienta Thybério Luna, geotecnólogo da Asplan e responsável pelos projetos na entidade. O Detec da Asplan funciona de segunda-feira a sexta- feira, das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00, e fica localizado no prédio sede da entidade, na Rua Rodrigues de Aquino, 267, no Centro de João Pessoa. Maiores informações pelo telefone (83) 3241-6424.

 

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