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Paraíba registra crescimento na produção e uso de bioinsumos na cultura canavieira

Otimizar o uso de produtos químicos, favorecer a segurança alimentar, a saúde do solo, estimular a biodiversidade, aumentar a rentabilidade da atividade agrícola e, sobretudo, controlar pragas de forma ecologicamente correta. Essas são algumas das vantagens de utilizar bioinsumos nas lavouras. E a Paraíba dá um bom exemplo neste sentido não apenas como referência no Nordeste na produção daCotesia flavipes (vespas) e Metarhizium anisopliae (fungos), como vem registrando crescimento na produção e utilização destes bioinsumos nas plantações de cana-de-açúcar. Dados apresentados na última sexta-feira (10) pelo biólogo Roberto Balbino, Supervisor da Estação Experimental de Camaratuba, onde se produz os insumos, comprovam essa evolução. A Estação de Camaratuba é mantida pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).

O Coordenador da Estação, Engenheiro Agrônomo, Luis Augusto, destaca que nos últimos nove anos, a produção da Cotesia flavipes (vespas) que combate a broca-comum (Diatraea spp) saltou de 115,824 copos/ano para uma produção média de 169,356 copos, com cada copo contendo, no mínimo, 1.500 indivíduos de Cotesia flavipes. “Já o crescimento de uso do bioinsumo passou de 29 mil hectares, em 2019, para 42 mil, em 2022”, reitera Luis, lembrado que a área de canavial tratada na Paraíba com a Cotesia Flavipes atingiu 24 mil hectares no ano passado, mas a produção local também foi responsável pela cobertura de 13 mil hectares nas lavouras canavieiras de Pernambuco e de mais 4 mil nos canaviais localizados no Rio Grande do Norte.

O biólogo Roberto Balbino destacou que a ampliação de produção e uso dos bioinsumos deve-se, sobretudo, a uma maior consciência do produtor rural dos benefícios do uso dos mesmos. “O uso de bioinsumos agrega valor à cultura porque há um controle natural das pragas e no caso do uso da Cotesia flavipes ela própria procura a praga e a elimina encerrando o ciclo do ataque da praga na planta”, explica Roberto, lembrando que o aumento de produção dos insumos se deu pelos investimentos da Asplan na melhoria das biofábricas mantidas na Estação que produzem os controladores que controlam a broca-comum (Diatraea spp) e a cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata), neste caso controlado pelo fungo Metarhizium anisopliae.

Os controladores biológicos são distribuídos gratuitamente para os associados da Asplan e vendidos a preços acessíveis para o mercado. O Diretor do Departamento Técnico (DETEC) da Asplan, Neto Siqueira, explica que a entidade trabalha para expandir a produção. “Já fizemos várias melhorias na Estação, contratamos mais técnicos visando ampliar a produção de vespas, que acontece durante todo o ano, e também a de fungo que se concentra nos meses de março, abril, maio e junho. Além disso, disponibilizamos para nossos associados equipamentos para aplicação dos produtos e orientação técnica para o melhor uso deles”, explicou Neto. A Estação, atualmente, conta com uma equipe de 25 profissionais, que atuam sob a supervisão do biólogo Roberto Balbino.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, lembrou que outro importante avanço da Asplan foi resgatar os laços com as universidades, trazendo mais ciência e conhecimento para a Estação. “De uns cinco anos para cá estreitamos os laços com as universidades, fortalecendo uma parceria técnico/científica que amplia conhecimentos tanto para os alunos, como para nossos técnicos, melhorando a nossa produção de insumos biológicos e outras ações desenvolvidas na Estação”, disse o dirigente canavieiro. O professor da UFPB e Diretor do CCA do Campus de Areia, Manoel Bandeira, reforça a importância desta parceria entre a Academia e a Asplan. “O nosso curso de Agronomia é o mais antigo em funcionamento da UFPB e a cana-de-açúcar é o PIB agrícola mais importante da Paraíba, de forma que juntar nosso profundo conhecimento técnico com agricultura  canavieira é muito importante tanto para a universidade, quanto para o setor agrícola”, destacou o professor.

Sobre a Estação de Camaratuba

Situada na BR 101, próximo à entrada para o município de Mataraca, a Estação Experimental de Camaratuba foi instalada em 1979, através de um convênio entre o já extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)/Planalsucar e Asplan. Entretanto, desde 1989, a Associação assumiu a Estação e buscou novos parceiros para dar continuidade às pesquisas que vinham sendo desenvolvidas. A área possui dois laboratórios um de vespa e outro para produção de fungo. Dos 220 hectares, 80 deles é destinado para o cultivo de cana-semente de variedades promissoras e também uma área de plantação destinada à pesquisa agrícola e, em janeiro último, foi inaugurada uma estação de energia solar. Os demais 140 hectares constituem área de preservação ambiental, já que a Estação está localizada em meio a uma reserva de Mata Atlântica.

 

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Asplan reúne convidados para comemorar o bom investimento no Projeto de Geração de Energia Solar instalado em Camaratuba

Funcionando desde janeiro último, o Projeto de Geração de Energia Solar da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já mostra bons resultados. Com um sistema solar de 94 KWp e capacidade para geração mensal de 12400 kWh/mês, o equivalente a 149.643,50 kWh/ ano, o projeto implantado numa área da Estação de Camaratuba, em Mataraca, é composto por 185 módulos da marca Trina e 1 Inversor WEG. A Asplan investiu R$ 357, 6 mil na usina de geração de energia com a perspectiva de ter, em um ano, uma economia de quase metade do investimento e atingir em janeiro de 2024 a autossuficiência na geração de energia para manter o consumo da Estação e do prédio sede de entidade, localizado em João Pessoa. E para comemorar o sucesso do investimento, a diretoria realizou um evento na última sexta-feira (10), na Estação.

A diretora da Voltec Soluções em Energia, empresa responsável pelo projeto, Viviane Pedrosa, afirmou que a geração total acumulada, desde a energização do sistema, superou em 10% a estimativa que a empresa tinha para o mesmo período. O contrato da Asplan foi assinado em outubro de 2022, o sistema foi instalado em dezembro passado e a energização da usina solar foi concluída e entrou em operação em janeiro último.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, destacou que a Associação ao implantar um projeto de energia solar, deu um passo importante na economia de energia e ainda se integrou a uma ação de sustentabilidade utilizando a radiação solar como fonte de geração de energia. “A Asplan é uma entidade que enxerga o futuro, investe em tecnologia e está sempre buscando soluções para suas mais variadas demandas e, neste caso, buscamos utilizar um recurso da natureza com vistas à redução de custos com energia em curto e médio prazos, com a grande vantagem de atingirmos 100% de compensação nos próximos 12 meses”, destacou o presidente.

Segundo Viviane, se a geração de energia da usina de Camaratuba superar as estimativas, a entidade poderá reconfigurar o sistema junto a Energisa e beneficiar mais locais além do prédio sede e da Estação. De acordo com o projeto, com a instalação das placas e geração solar da usina solar fotovoltaica, a Asplan terá uma economia mensal estimada em R$10.160,20 e R$ 123.725,25 no primeiro ano. “Lembrando que esses valores da economia serão maiores devido aos reajustes de tarifas de energia ao longo dos anos”, reitera Viviane, destacando que quando a Asplan atingir a autossuficiência de geração de energia deverá pagar apenas, mensalmente, a taxa de utilização da rede que, atualmente, é R$ 90,00 por unidade consumidora.

Além do presidente da Asplan, José Inácio participou da comemoração diretores, funcionários e associados da entidade, os profissionais da Estação, representantes da Associação do Rio Grande do Norte, da Voltec e de outras empresas ligadas à entidade. Durante o evento foi ainda apresentado um vídeo institucional sobre os 65 anos de atividades da Asplan, os avanços da Estação e divulgado novos projetos da entidade que acaba de adquirir um novo drone e planeja, em breve, instalar uma unidade de tratamento térmico de cana na Estação de Camaratuba.

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O futuro do País está nas mãos do Agronegócio e a propriedade rural não pode ser violentada diz Ronaldo Caiado em evento em Brasília

Com uma expressiva bancada do Congresso Nacional, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que já conta com 343 deputados federais e 45 senadores,  realizou em Brasília, na última terça-feira (7), o evento de posse da nova diretoria da Frente para o biênio 2023-2024. A bancada terá, pelos próximos dois anos, a presidência do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) que conduziu o evento, que contou com a presença do Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que em seu discurso deu o tom que deve ser defendido pelos parlamentares ligados à FPA. “O direito de propriedade não pode ser mais discutido hoje em dia. A propriedade rural não pode ser violentada de maneira alguma e ninguém admite mais que as pessoas coloquem em risco aquilo que está produzindo neste país”, disse Caiado, sendo bastante aplaudido no evento que contou com a participação de representantes da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).

O presidente da Frente reforçou o discurso de Ronaldo Caiado e reiterou o compromisso da bancada com o direito de propriedade. Segundo ele, o Brasil não vai servir de palco para invasões e destruição desenfreada, nem terá o futuro comprometido por conta de atitudes criminosas. “Não vamos permitir que se criem narrativas distorcidas de crimes e irresponsabilidades no campo. Esse é um compromisso da Frente Parlamentar da Agropecuária e de todos que defendem o convívio pacífico no país. O futuro do País está em nossas mãos”, reforçou Pedro Lupion.

O primeiro vice-presidente da Asplan, Pedro Neto, e o Diretor Técnico da Associação, Neto Siqueira, representaram a entidade paraibana no evento da FPA e gostaram do que ouviram lá. “O agronegócio precisa ser respeitado pela sua pujança, importância, geração de empregos e divisas. Não podemos aceitar desrespeitos com o produtor rural brasileiro que é quem produz alimentos e faz acontecer no campo”, destacou Pedro Neto. Ele lembrou que em relação à cana-de-açúcar, um dos projetos prioritários para o setor a serem defendidos junto a FPA é a inclusão dos fornecedores no recebimento de Cbios do Renovabio que, atualmente, são destinados apenas às indústrias.

O PL, que tramita na Câmara, é de autoria do paraibano Efraim Filho.
Em seu discurso, Lupion fez ainda questão de recordar a pujança e consistência do setor, especialmente, durante a pandemia, e criticou os que se utilizam do segmento para distorcer fatos a respeito do agro brasileiro. “Falo de um segmento que representou 27% do PIB do País em tempos de Covid-19 e que atingiu um superávit comercial de US$ 62,310 bilhões em 2022. Não vamos admitir que alterem a realidade do que o nosso setor representa para o Brasil. Somos, verdadeiramente, o esteio social e econômico da nação”, disse ele.

O Diretor Técnico da Asplan, Neto Siqueira, lembra que o agronegócio é um setor apartidário e que a FPA reflete bem isso. “Nosso setor tem bandeiras a defender, mas, não um partido a priorizar. Nós representamos o Brasil, de Norte a Sul, nas mais variadas culturas, somos diversidade de produção e temos representatividade pluripartidária por isso a Frente tão bem nos representa. A bandeira do agro é a produção e o trabalho”, finalizou Neto.

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