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Asplan espera redução no preço do etanol para consumidor paraibano com a venda direta da indústria para os postos de combustíveis

Com a publicação do Decreto 41.663/2021, do Governo do Estado, constante na edição da quarta-feira (06) do Diário Oficial, indústrias da Paraíba poderão vender etanol hidratado diretamente aos postos de combustíveis.  A flexibilidade na comercialização do produto – que coloca como opcional a necessidade de atuação da distribuidora – tomou por base as medidas provisórias 1.063 e 1069 do Governo Federal, publicadas em agosto e setembro deste ano. Com a mudança, a tendência é que os custos fiquem mais baratos e os preços nas bombas também mais vantajosos para o consumidor final. O tema é um pleito antigo da Feplana – Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, apoiado pela Asplan – Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba. “Nossa expectativa é que os preços na bomba fiquem mais baixos sem essa intermediação das distribuidoras”, afirma o dirigente da Asplan, José Inácio de Morais.

O Decreto estadual também torna as usinas responsáveis por recolher o tributo do ICMS para a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-PB), visto que serão as comercializadoras diretas do produto. “Essa é uma vitória para a sociedade e para a indústria sucroalcooleira já que a nova legislação favorece a cadeia produtiva do etanol no país e também contribui para o meio ambiente”, reitera José Inácio.

O presidente da Asplan lembra que desde a época que se lançou o carro flex, que o setor lutava para que essa venda pudesse ser feita de forma direta. “Quando lançaram o carro flex, a ideia foi essa, ou seja, dar opções ao consumidor. Precisava apenas que o governo editasse medidas que autorizassem essa venda direta que, com certeza, barateará os custos da logística beneficiando o consumidor final”, comentou José Inácio.

Segundo ele, a mudança, na prática, também vai agilizar o processo de entrega do produto. “A revenda do etanol hidratado aos postos era de responsabilidade exclusiva das distribuidoras e isso gerava custos no transporte. Você vende o etanol, coloca na carreta, às vezes ela vai para Suape, para a revenda dos postos Ipiranga, por exemplo, e volta para a comercialização no município de origem criando custos desnecessários”, explicou ele, José Inácio, parabenizando essa decisão do governo federal que acaba de ser referendada em nível local com o decreto publicado nesta quarta-feira (06).

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Profissionais da Asplan visitam laboratório da TOPBIO para buscar dados de como modernizar laboratório da Estação de Camaratuba

A TOPBIO, parceira da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) em tecnologia de multiplicação de microorganismos  “On farm” (na fazenda), recebeu, nesta quinta-feira (30), a visita do biólogo e supervisor de produção da Estação de Camaratuba mantida pela Asplan, Roberto Balbino, e do Coordenador do Departamento Técnico da Associação, agrônomo Luis Augusto. Eles foram conhecer as instalações da TOPBIO e ver in loco como o laboratório localizado em Tibáu, no Rio Grande do Norte atua.

O Coordenador do Departamento Técnico da Asplan explica que o objetivo da visita foi buscar subsídios que possam ser aplicados na Estação de Camaratuba, onde a Associação produz o Metarhizium anisopliae para o controle da cigarrinha, e a vespinha para o controle da broca comum. Há alguns anos que pretendemos ampliar nossa produção de microorganismos para servir de matrizes no processo de multiplicação, principalmente, aqueles chamados produtores de crescimento e fomos na TOPBIO, justamente, nos municiar de dados para adaptar a nossa realidade”, disse Luis Augusto.

Ele lembra que a Estação de Camaratuba é referência de produção do Metarhizium, desde 1993. “O insumo biológico Metarhizium é fornecido para nossos associados. E estamos planejando produzir futuramente o fungo Trichoderma e algumas bactérias, tais como, Bacillus spp e Azospirillum, pois temos potencial para diversificar nossa produção”, reiterou Luis.

O biólogo da Estação reforça que a aplicação desses microorganismos ajudam os os canaviais a ficarem mais mais sadios e produtivos. “Isso está evidenciado na literatura em diversos trabalhos científicos. O Trichoderma, por exemplo, induz a resistência  da planta a doenças, controla nematoides, bioestimula e ajuda a planta a tolerar estresses abióticos, disponibilza nutrientes no solo e etc”, afirma Roberto Balbino.

De acordo com Singh et al (2010) o uso de Trichoderma aumentou em 27,2%, 65,1% e 44,2% os elementos N, P e K no solo, levando a cana a um incremento de 13,1 t/há. Segundo Scudelleti (2016), a aplicação de Azospirillum em cana na variedade RB 867515 feita via foliar produziu 20 t/há a mais do que a testemunha. “Isso demonstra o quanto é importante aplicarmos esses microorganismos em nossos canaviais”, finalizou Luis, lembrando que a visita foi muito produtiva e enriquecedora.

Sobre a Estação de Camaratuba

Situada na BR 101, próximo à entrada para o município de Mataraca, a Estação Experimental de Camaratuba foi instalada em 1979, através de um convênio entre o já extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)/Planalsucar e Asplan. Entretanto, desde 1989, a Associação assumiu a Estação e buscou novos parceiros para dar continuidade às pesquisas que vinham sendo desenvolvidas lá. A área possui 220 hectares, sendo 80 deles para o cultivo de cana-semente de variedades promissoras e também uma área de plantação destinada à pesquisa agrícola. Os demais 140 hectares constituem área de preservação ambiental, já que a Estação está localizada em meio a uma reserva de Mata Atlântica. Na Estação ainda existe uma estação meteorológica, onde diariamente, três vezes ao dia, às 9h, 15h, e 21h, os técnicos colhem informações sobre velocidade e posição do vento, temperatura, umidade, pressão atmosférica, evaporação, pluviometria, entre outras e, repassam para o 3º DISME, em Recife. Tudo o que é produzido na Estação é fornecido gratuitamente aos associados da Asplan e vendidos a preços bem acessíveis para o mercado local e regional.

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José Inácio de Morais é reconduzido a novo mandato para o triênio 2021/2023 como presidente da Unida

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e atual dirigente da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-açúcar (Unida) foi reconduzido ao cargo para novo mandato como presidente da Unida. José Inácio foi reeleito por aclamação, durante reunião realizada na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), em Recife, nesta quinta-feira (30), com a presença de representantes de entidades associadas de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba. O novo mandato será no triênio 2021/2023.

“A cana faz parte da história de meus ancestrais, de minha história, cresci em meio aos canaviais, estudei agronomia por entender que deveria me especializar e ter mais conhecimento, sou de uma família que enxerga na cana-de-açúcar desenvolvimento, progresso e fonte de renda e, naturalmente, fui me envolvendo de forma mais direta com a representação de classe e ser eleito, por mais de um mandato, presidente da Asplan e da Unida, penso eu que é consequência de um trabalho bem feito e de dedicação na defesa dos pleitos dos produtores de cana do Nordeste”, disse José Inácio, lembrando que aceitou mais esse desafio por acreditar na importância dos órgãos de classe no fortalecimento das lutas e defesas em prol do setor.

O presidente da AFCP e da Feplana, Alexandre Lima, que conduziu a reunião em Recife, elogiou a atuação de José Inácio e disse que o setor agradece a compreensão dele sobre a importância de assumir novo mandato. “Além de dedicação às nossas causas, José Inácio é um profundo conhecedor do setor e é um líder muito respeitado e capacitado, de forma que estamos muito felizes dele ter aceitado continuar na presidência da Unida e somar forças na linha de frente na defesa das causas dos produtores de cana”, disse Alexandre.

Sobre CBIOs

Além da eleição para o novo mandato da Unida, a pauta da reunião em Recife também incluiu o debate sobre a condução do processo de remuneração de CBIOs que, inclusive, teve a participação do coordenador-geral de cana-de-açúcar e agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Jorge Caldas e de representantes de entidades ligadas aos industriais, a exemplo do Sindálcool, Única e Orplana. Em debate, uma proposta de acordo para o percentual de recebimento devido aos produtores dos Créditos de Carbono. “Mais uma vez, o setor industrial insiste em nos ofertar apenas 60% do pagamento líquido sobre a nossa cana depois de descontado os impostos e nós não abriremos mão de receber o que é nosso, o que é justo, que equivale a 100% descontando os encargos”, disse o diretor da Asplan, Pedro Neto que estava na reunião.

Ainda segundo Pedro Neto ficou decidido que no próximo dia 14 de outubro, todos os presidentes de associações e entidades ligadas aos produtores de cana irão à Brasília participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. “Essa questão do CBIOs destinada aos fornecedores precisa ser resolvida, pois já entraremos na terceira safra tendo prejuízos e sem que essa questão seja equacionada”, reiterou Pedro Neto.

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