A produção de cana-de-açúcar na Paraíba na safra 2018/2019 manteve a média das três últimas safras e apresentou indicadores positivos. A safra que começou em agosto de 2018 e só foi completamente encerrada em maio último, contabilizou um resultado final de 5.675.107,870 milhões de toneladas de cana. Esses dados são referentes ao somatório de cana de fornecedores ligados a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), que responderam por um volume de 3.109.896,00 milhões de toneladas, ao montante de cana das oito indústrias locais. A média das últimas três safras ficou em torno de 5 milhões de toneladas.
Das 5.675.107,870 milhões de toneladas de cana processada na atual safra, nas oito indústrias da Paraíba, os fornecedores ligados a Asplan responderam pelo volume de 3.109.896.00 milhões de toneladas, sendo o restante da produção correspondente a cana de acionistas ( 408.431,726), a cana própria de usinas (1.833.566,580) e ainda a cana de outras origens (19.015,790) toneladas.
Todas as oito unidades industriais – São João, Agroval, Japungu, Miriri, Monte Alegre, Giasa, Tabu e Pemel- moeram cana de fornecedores ligados a Asplan. Outras unidades industriais fora da Paraíba também absorveram a produção estadual que foram a Olho D’água, em Camutanga (PE), a Baia Formosa, em Baia Formosa (RN) e a Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Açúcar (Coaf) – antiga usina Cruangi, em Timbaúba (PE).
“A Paraíba, a exemplo de outras regiões produtoras do Nordeste, registrou sensível queda em sua produção, haja vista que houve uma sensível redução da área plantada, mas, mantemos a média de produção de anos anteriores”, argumenta o presidente da Asplan, José Inácio de Morais. O dirigente canavieiro lembra que a destinação de cana produzida na Paraíba para usinas de PE e RN não foram contabilizadas como safra na Paraíba, o que evidencia que a produção no estado pode ter sido ligeiramente maior que os dados apresentados.
José Inácio chama atenção ainda para a redução do lucro da atividade na atual safra que compromete a rentabilidade da cultura, resultando em frustração de expectativa da classe produtiva. “A remuneração paga pela tonelada da cana não cobre os custos de produção que por hectare custa, em média, R$ 120,00, enquanto que a remuneração, atualmente, é de R$ 95,00”, reitera o dirigente da Asplan.
Classificação do produtor canavieiro
Para efeito de classificação do produtor canavieiro, denomina-se como micro produtor quem produz até 1000 toneladas/safra. Os pequenos produzem entre 1000 e 5 mil toneladas. Os médios se classificam entre quem produz de 5 a 10 mil toneladas, enquanto que é considerado grande produtor quem fornece acima de 10 mil toneladas. Na Paraíba, quase 72,53% dos fornecedores de cana são considerados micro produtores e 19,80% são pequenos produtores. Os médios representam 3,73%, enquanto os grandes contabilizam apenas 3,07% do universo de fornecedores de cana.