ClimaTempo

PRIMEIRO DECÊNDIO DE JUNHO TERMINA COM CHUVAS REPRESENTATIVAS EM PRATICAMENTE TODO O LITORAL PARAIBANO

Nº 04/2024 - 10 DE JUNHO DE 2024

PRIMEIRO DECÊNDIO DE JUNHO TERMINA COM CHUVAS REPRESENTATIVAS EM PRATICAMENTE TODO O LITORAL PARAIBANO

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Precipitação acumulada no período de 01/06 a 10/06/2024. Fonte: www.aesa.pb.gov.br
O mês de junho representa o terceiro mês do período mais chuvoso sobre as regiões do Litoral, Brejo e Agreste, quadrimestre mais chuvoso que vai de abril a julho, e as precipitações pluviométricas neste período se comportaram predominantemente acima da média neste início de mês. Continuamente, desde janeiro de 2024, as precipitações pluviométricas sobre o estado da Paraíba tem se mantido acima da média histórica em praticamenteo toda a faixa litorânea. Assim, no primeiro decêndio do mês de junho, foram registrados índices, representativos, que ultrapassaram os 150,0 mm, a exemplo dos municípios de Alhandra: 182,1 mm, João Pessoa: 173,7 mm e Lucena: 159,2 mm, respectivamente com 66,7%, 57,6% e 56,2% do total esperado para todo o mês, ou seja, já ocorreram precipitações, sobre a faixa litorânea que totalizaram mais de 50% do esperado para todo o mês de junho. Na tabela 01 pode-se observar os maiores totais do mês de junho, até 100,0 mm, no setor leste da Paraíba.
Tabela 01 – Totais de precipitação pluviométrica acumulada de 01 a 10 de junho/2024 (Fonte: AESA)

TENDÊNCIA TEMPO E CLIMA

Figura 02 – Anomalias de temperatura da superfície do mar – 10/06/2024 (Em azul, anomalias de temperaturas abaixo da média, em vermelho acima). Fonte: https://www.tropicaltidbits.com

O fenômeno La Niña continua a evoluir gradativamente no decorrer deste mês de junho/2024, figura 02 –
retângulo tracejado azul, e permanecerá, com as anomalias da temperatura da superfície do mar,
resfriando e aumentando sua área de atuação em toda a bacia do Pacífico Tropical Sul no decorrer de todo
o ano de 2024, figura 02.
Com relação ao Oceano Atlântico tropical sul, as temperaturas da superfície do mar, próximo a costa leste
do Nordeste do Brasil, retângulo tracejado azul – figura 02, continuam aquecidas, ou seja, com anomalias
positivas de temperatura e que auxiliam para manutenção e aumento das instabilidades vindas do oceano
para o continente, principalmente sobre o litoral paraibano.
Assim, com o avanço do fenômeno La Niña sobre o Oceano Pacífico tropical, e as condições favoráveis de
aquecimento das águas sobre o Oceano Atlântico tropical, as perpectivas climáticas sobre a região do
Litoral, Agreste e Brejo paraibano permanecem com tendência à ocorrência de precipitações
pluviométricas na categoria de normal a acima da média histórica neste próximo trimestre.

Figura 03 – Previsão da precipitação de 14/05 a 22/05 (A) e de 22/05 a 30/05 (B). Áreas em vermelho indicam precipitações representativas acima de 100,0 mm e tons verdes indicam precipitações pluviométricas fracas a moderadas. Fonte: GRADS/COLA

Sobre a faixa litorânea leste do Nordeste do Brasil (NEB), as precipitações pluviométricas na região aumentam gradativamente no decorrer do próximo bimestre, com totais acumulados mais representativos. Assim, os sistemas convectivos, vindo do Oceano Atlântico tropical, Distúrbios Ondulatórios de Leste – DOL, começam a ficar mais frequentes e atuando com maior intensidade, deste modo, induzem a formação de sistemas convectivos que provocam precipitações de intensidade moderada a forte, sobre a faixa litorânea leste do Nordeste do Brasil. Portanto, para este mês de junho, conforme às perspectivas dos resultados do modelos de previsão da precipitação pluviométrica, de acordo com resultado do modelo BAM 1.2 CPTEC/INPE, exemplo Figura 03, a tendência para as precipitações pluviométricas acumuladas para neste mês de junho, deverão ser de totais acumulados predominatemente acima da média. As maiores precipitações do período devem, climatologicamente, se concentrar próximo a faixa litorânea e estão previstas precipitações mais representativas, principalmente, no terceiro decêndio do mês, onde a atuação da fase favorável da Oscilação de Madden & Julian deverá favorecer as condições de convectividade dos sistemas atmosféricos. As temperaturas permanecerão em gradativa redução, conforme se estabelece a estação do inverno, com com previsão de temperatura mínima podendo chegando aos 17oC na região do Brejo a uma máxima de 31oC sobre a faixa litorânea.

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Informe Climático – Maio de 2024

Nº 04/2024 - 02 DE MAIO DE 2024

ABRIL FECHA COM TOTAIS ACIMA DA MÉDIA EM TODO O LITORAL PARAIBANO E PERSPECTIVAS CLIMÁTICAS APONTAM PARA TRIMESTRE ACIMA DA MÉDIA

PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS – ABRIL/2024

Figura 01 – Precipitação acumulada no período de 01/04 a 30/04/2023. Fonte: www.aesa.pb.gov.br

Climatologicamente, o mês de abril é considerado o primeiro mês do quadrimestre mais chuvoso do setor leste do Nordeste e em particular das regiões do Agreste, Brejo e Litoral do estado da Paraíba.

Desde janeiro de 2024, as precipitações sobre a todo o estado da Paraíba tem tido comportamento acima da média em todas as regiões do estado. Seguindo essa tendência, o mês de abril também apresentou precipitações acima da média, no acumulado do mês.

Em boa parte do estado, as precipitações ultrapassaram os 400,0 mm mensais, e grande parte das maiores precipitações pluviométricas foram registradas no litoral norte do estado, com totais mais representativos em Lucena: 420,6 mm, Baía da Traição: 328,2 mm, Cabedelo: 320,4 mm e Rio Tinto: 301,7 mm.

Conforme dados registrados no decorrer do ano de 2024, tabela 01, foi observado que todas as regiões do estado, no decorrer de 2024, apresentaram totais acumulados acima da média, com índices que já ultrapassaram os 50% do esperado para o ano, nas regiões do Cariri/Curimataú: 64,4% acima da média e na região do Agreste com precipitações acumuladas que chegaram a 51,3 % acima da média. Já no litoral paraibano, apesar de contabilizar apenas abril, como primeiro mês do período mais chuvoso da região (quadrimestre abril a julho), os totais registrados no ano já ultrapassaram a média histórica em 13,1%, acumulando, em média na região, o total de 670,9 mm.

Tabela 01 – Totais observados por mês e acumulado do ano para o período de 01 janeiro a 30 abril/2024.

TENDÊNCIA CLIMÁTICA

Figura 02 – Anomalias de temperatura da superfície do mar – 01/05/2024 (Em azul, anomalias de temperaturas abaixo da média, em vermelho acima). Fonte: https://www.senamhi.gob.pe

O início do período mais chuvoso sobre o litoral paraibano, também marcou o início do resfriamento das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) sobre o Oceano Pacíficio Tropical, próximo a costa oeste da América do Sul, evoluindo assim, com o começo da atuação do fenômeno La Niña, figura 02.

Assim, sobre a costa oeste da América do Sul, as TSM sobre as áreas do Niño 1+2, Niño 3 e Niño 3.4 já apresentam anomalias negativas de temperatura. Este quadro de estabelecimento do fenômeno La Niña favorece as condições climáticas para evolução do bom andamento do período chuvoso sobre o setor leste do Nordeste do Brasil (NEB) em particular sobre todo o litoral paraibano.

Com relação ao Oceano Atlântico tropical, as temperaturas da superfície do mar permanecem aquecidas, ou seja, anomalias positivas de temperatura e, com isso, as condições oceano-atmosfera permanecem favoráveis a evolução das precipitações pluviométricas em todas a faixa leste do NEB, em particular sobre o estado da Paraíba.

Deste modo, com o resfriamento progressivo das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico Tropical, evoluindo para o pleno estabelecimento do fenômeno La Niña e com a permanência do aquecimento do Atlântico tropical, que induz instabilidades atmosféricas para todo o setor leste, há convergência de condições climáticas para evolução, de que o próximo trimestre, apresente tendência de manutenção das precipitações pluviométricas na categoria de normal a acima da média, em toda a faixa litorânea da Paraíba e regiões adjacentes (Brejo e Agreste).

Figura 03 – Previsão da precipitação de 01/05 a 31/05, modelo BAM 1.2 CPTEC/INPE (Áreas em tom azul indica precipitações acima a média e em vermelho abaixo. Fonte: CPTEC/INPE

Com o advento do período chuvoso sobre o litoral do Nordeste do Brasil (NEB), quadrimestre de abril a julho, as precipitações, sobre o setor leste do estado da Paraíba, se tornam, gradativamente, muito mais regulares e com totais acumulados mais representativos.

Apesar do mês de maio, apresentar condições climáticas de transição entre os sistemas meteorológicos atuantes na região, a exemplo da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e, este mês normalmente ser característico de irregularidades, as condições de maior aquecimento das TSM do Atlântico Tropical, e a condição de ventos favoráveis, devem trazer maior regularidade das precipitações pluviométricas sobre o litoral nordestino.

Assim, para o mês de maio, conforme às perspectivas dos resultados de previsão da evolução da precipitação pluviométrica, de diversos modelos, e de acordo com resultado do modelo BAM 1.2 CPTEC/INPE, exemplo Figura 03, as precipitações pluviométricas acumuladas para o mês, deverão continuar com totais acumulados predominatemente acima da média. Conforme o resultado do modelo, há tendência de 60 a 90 mm de de variabilidade de anomalias positivas, ou seja, tendência das precipitações do mês ficaram em torno de 30% acima do esperado.

Neste mês de maio, as temperaturas permanecerão em redução, conforme se estabelece a estação do outono, com com previsão de temperatura mínima podendo chegar aos 20oC e máxima de 31oC.

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Informe Climático – Março de 2024

Nº 03/2024 - 21 DE MARÇO DE 2024

FENÔMENO LA NIÑA COMEÇA A SE ESTABELER E MODELOS CLIMÁTICOS APONTAM TRIMESTRE COM CHUVAS ACIMA DA MÉDIA SOBRE A FAIXA LITORÂNEA DA PARAÍBA

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Anomalia da Superfície do mar sobre os Oceanos Pacífico e Atlântico – 20/03/2024.  Em azul resfriamento e vermelho aquecimento.

 (Fonte: Servicio Nacional de Meteorología e Hidrología del Perú – SENAMHI).

Gradativamente as condições climáticas sobre os oceanos Pacífico e Atlântico Tropical continuam evoluindo favoravelmente e apresentando configurações vantajosas ao período mais chuvoso do litoral paraibano, que compreende o quadrimestre abril a julho, onde, normalmente, se concentra mais de 60% do total de precipitação pluviométrica esperado para o ano.

Com relação as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM), sobre o Oceano Pacífico Tropical já se observa áreas com anomalias negativas da TSM dando indicativo do fim do fenômeno El Niño e o ínicio do estabelecimento de um padrão de neutralidade a evolução de um fenômeno La Niña (tons azuis sobre as áreas do Niño 1+2 e Niño 3 – indicados pelas setas vermelas), conforme se observa na figura 01.

Sobre o Oceano Atlântico tropical, retângulo tracejado, figura 01, as TSM sobre a área oceânica da costa leste da América do Sul, continuam apresentando anomalias positivas, ou seja, águas mais aquecidas e com temperaturas bem acima da média e que estão modulando favoravelmente o clima sobre o litoral nordestino, em particular sobre o litoral paraibano, regiões do Agreste, Brejo e Litoral, onde se observa boa regularidade das precipitações e totais se mantendo, neste ano de 2024, acima da média histórica e com muita representatividade para toda a região.

Assim, as condições climáticas consolidam o fim do fenômeno de El Niño, já com resfriamento de temperaturas sobre a bacia do Oceano Pacífico tropical e que já caracteriza a transição do padrão de neutralidade para a evolução contínua e favorável do surgimento do fenômeno La Niña.

TENDÊNCIA CLIMÁTICA

Figura 02 – Anomalia de tempertura da superfície do mar sobre o Oceano Atlântico tropical – 17/03/2024. Fonte: www.funceme.br

O mês de março, considerado climatologicamente a pré estação do período mais chuvoso sobre o litoral do Nordeste do Brasil, em particular sobre o litoral paraibano, tem apresentado boa regularidade das precipitações e totais que se tem mantido acima da média histórica. 

Assim, com a caracterização do fim do fenômeno El Niño, e o resfriamento das temperaturas da superfície do mar, inicialmente sobre a área do Niño 1+2 (costa oeste da América do Sul) e Niño 3, e, com a permanência do aquecimento das TSM sobre o Oceano Pacífico Tropical, figura 02, a atmosfera continuará respondendo favoravelmente a evolução do período mais chuvoso sobre o litoral nordestino e os modelos climáticos convergem para previsões favoráveis a manutenção das precipitações para o próximo trimestre.

Figura 03– Previsão da anomalia de precipitação pluviométrica sobre a América do Sul para o trimestre abril a junho.  Tons em verde indicam probabilidades de precipitações pluviométricas na categoria acima da média.  Fonte: Institutos IRI (EUA) e ECMWF (Europeu).

Deste modo, com o estabelecimento das condições favoráveis sobre as bacias dos Oceanos Atlântico e Pacífico, as presperctivas climáticas para o próximo trimestre, sobre o litoral paraibano, apresentam condições predominantes de tendência de totais pluviométricos com precipitações de na categoria de normal a acima da média.

Os modelos observados na figura 03, apresentam resultados de previsão de clima consolidados e com grande credibilidade científica, a esquerda o modelo do International Research Institute for Climate and Society (EUA) e a direita do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (Europa) e ambos prevêem, sobre a Nordeste do Brasil, indicativos favoráveis, com maior probabilidade de ocorrência de precipitações pluviométricas na categoria de normal a acima da média histórica, hachurados em tons verdes.

TENDÊNCIA DO TEMPO

Figura 04– Previsão da anomalia de precipitação pluviométrica sobre a América do Sul para o período de 01 a 15 de abril. Tons em azul indicam precipitações acima da média, em vermelho abaixo.  Fonte: CPTEC/INPE.

Com a evolução do período mais chuvoso do Nordeste do Brasil (NEB) e considerando o mês de abril, o primeiro mês da quadra chuvosa  (abril a julho) do setor leste do NEB, as precipitações devem evoluir com maior intensidade e melhor regularidade, caracterizando com totais acumulados sobre a faixa litorânea da Paraíba que ultrapassam, a climatologia dos 300,0 mm mensais no total acumulado do mês de abril.  

Conforme indicativos de diversos modelos de previsão do tempo à médio prazo, e de acordo com a influência favorável da passagem da Oscilação de Madden & Julian (oscilações transientes), para esta primeira quinzena de abril, os modelos estão prevendo que as precipitações pluviométricas sobre o NEB, apresentem totais de normal a acima da média, conforme exemplo do resultado do modelo regional do CPTEC/INPE. 

Particularmente para o litoral paraibano, as pecipitações devem oscilar de normal a acima da média e poderemos ter precipitações de intensidade moderada a forte, principalmente nesta primeira quinzena do mês de abril, reforçando assim a influência das tempeturas mais aquecidas sobre o Oceano Atlântico Tropical e a passagem favorável da Oscilação de Madden & Julian sobre o Nordeste do Brasil

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