Informe Climático – Julho de 2023
Nº 05/2023 - 23 DE JULHO DE 2023
APESAR DA ATUAÇÃO DO FENÔMENO EL NIÑO E DA REDUÇÃO DAS CHUVAS NO MÊS DE JULHO, TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS DO MÊS DEVEM FICAR EM TORNO DA MÉDIA HISTÓRICA
PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS – JULHO/2023
TENDÊNCIA TEMPO E CLIMA
A temperatura do Oceano Pacífico Tropical (área do El Niño), Figura 02, continua aquecendo gradativamente, mas ainda de forma lenta e a partir dessa segunda quinzena de julho com menor magnetude, ou seja, o aquecimento das águas do Oceano Pacífico tropical continua, mas agora de com menor evolução e menor magnetude, na prática o El Niño está enfraquecendo sua atividade. Sobre o Oceano Atlântico tropical, próximo a costa leste do Nordeste do Brasil (NEB) as águas continuam aquecidas e devem induzir instabilidades que são transportadas do oceano para o continente e deve alimentar os sistemas convectivos na região, reduzindo assim, os impactos do fenômeno El Niño sobre o setor leste do Nordeste do Brasil. Deste modo, as atuais condições dos Oceanos Pacífico e Atlântico devem, em associação a fase favorável das oscilações transientes de Madden & Jullian, evoluir para a manutenção das precipitações pluviométricas, particularmente entre o final do mês de julho e nesta primeira quinzena do mês de agosto, com uma fase de precitações mais regulares e totais acumulados mais representativos, mas que devem oscilar em torno da média histórica do mês de agosto que é bem menor do que o mês de julho, em torno de 60% do total esperado para julho.
bserva-se assim, que o fenômeno El Niño de 2023 apresenta-se com evolução lenta e magnetude moderada, não sendo observado grande evolução no último trimestre e que deva trazer prejuizos diretos ao período mais chuvoso do setor leste do Nordeste do Brasil. Praticamente restando um mês para o termino do período chuvoso da região, as precipitações acumuladas oscilaram em torno da média histórica e com boa regularidade. Assim, o indicativo climático para os próximos meses converge da continuidade da evolução do El Niño, mas de forma fraca à moderada e que não deve evoluir para 2024 como um evento representativo. Apesar do final do período mais chuvoso da região, a grande maioria dos modelos de previsão climática tem mantido perspectivas de precipitações pluviométricas oscilando de normal a abaixo da média histórica em virtude da influência do fenômeno El Niño.
Figura 03 – Previsão da precipitação de 23/07 a 31/07 (Áreas em tons verdes indicam precipitações pluviométricas fracas a moderadas. Fonte: GRADS/COLA
De acordo com a atual condição da atmosfera, temperatura da superfície do oceano Atlântico sobre a costa leste do Nordeste do Brasil (NEB) mantem-se acima da média, El Niño com fraca atuação e entrada das oscilações transientes na fase favorável as perspectivas de tempo para a próxima quinzena é de maior efetividade das precipitações para o setor leste do NEB, inclusive conforme indicação da previsão do modelo GRADS/COLA (EUA), Figura 03, as precipitações deverão ficar mais regulares e com valores mais representativos no período de 23/07 a 31/07, Figura 3, com totais acumulados, próximo a média histórica. Essas precipitações deverão evoluir mais no final do mês a primeira quinzena de agosto. Em virtude dos ventos estarem mais intensos e com direção predominante de sudeste para sul há uma maior tendência das precipitações pluviométricas, neste período, se concentrarem mais ao sul do NEB e reduzirem de intensidade mais ao norte, estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
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