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Perspectivas climáticas seguem favoráveis para março e abril atesta boletim sobre previsão do tempo divulgado pela Asplan

As precipitações registradas neste primeiro bimestre do ano no estado da Paraíba, no período de 1 de janeiro a 28 de fevereiro, na área do setor leste, compreendida entre as microrregiões do Litoral Norte, Litoral Sul, João Pessoa e Brejo, apresentaram totais pluviométricos predominantemente acima da média histórica e, principalmente, nas microrregiões de João Pessoa e do Litoral Sul, onde os totais acumulados no período ultrapassaram os 500,0 mm, em João Pessoa e Pitimbu com 504,8 mm. Esses índices, segundo boletim sobre previsão do tempo divulgado pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), são índices muito representativos e considerado muito anômalos para o período, já que janeiro e fevereiro, climatologicamente, são considerados meses normais do período de estiagem sobre a faixa litorânea do estado da Paraíba.
O boletim, que é enviado regularmente para os associados da entidade, é produzido pelo Doutor em Meteorologia, Dr. Alexandre Magno, ainda detalha que nos demais municípios do setor leste da Paraíba também foram registrados índices pluviométricos muito representativos, sendo os maiores acumulados, acima de 400,0 mm, sendo observados nos municípios de Caaporã, com 485,0 mm, Santa Rita, com 479,4 mm, Alhandra, com 450,3 mm, Conde, que atingiu 442,8 mm, Bayeux com 437,0 mm, Baía da Traição, com 433,3 mm, Cabedelo, com 417,6 mm e Mataraca, com 409,7 mm.
Segundo previsão do meteorologista, como o fenômeno La Niña encontra-se desconfigurado e apresentando padrão de neutralidade sobre o Oceano Pacífico tropical, o atual padrão de atuação não traz impactos diretos desfavoráveis ao clima do Nordeste do Brasil durante o período chuvoso que se inicia sobre o setor leste da Paraíba. Deste modo, a atual condição climática do Nordeste do Brasil (NEB), passa a depender das condições reinantes sobre a bacia do Oceano Atlântico Tropical.
Como toda a bacia do Oceano Atlântico tropical, principalmente na área próximo à costa leste do litoral paraibano, encontra-se aquecida e com temperaturas em torno de 28oC (próximo ao litoral do NEB), é altamente favorável à incursão de instabilidades atmosféricas e formação de sistemas convectivos que se estabelecem no oceano e se deslocam para o continente. Com isso, segundo o boletim, com a continuidade do aquecimento das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) sobre o Atlântico Tropical, principalmente sobre a costa leste do estado da Paraíba, contribuem para manutenção das precipitações pluviométricas na região e consequente melhoria do quadro de chuvas em todo o setor leste da Paraíba (mesorregiões do Litoral Norte, Litoral Sul, João Pessoa e Brejo), com perspectivas de favorecimento climático neste próximo bimestre e a manutenção das precipitações pluviométricas em toda a faixa leste paraibana.
Ainda de acordo com o boletim, diversos modelos de previsão climática continuam apontando para que o próximo bimestre mantenha precipitações pluviométricas na categoria de normal a ligeiramente acima da média, refletindo, assim, o favorecimento atmosférico sobre o Nordeste do Brasil. O mês de março representa, climatologicamente, a pré-estação chuvosa do setor leste da Paraíba, como período normal das precipitações pluviométricas na região. Deste modo, o período normal das chuvas começa a se estabelecer e os totais climatológicos aumentam em intensidade e regularidade, dando a chegada de um período de precipitações pluviométricas mais regulares e temperaturas mais baixas na região, com a continuidade das precipitações pluviométricas no decorrer dessa segunda semana do mês de março, marcando o início do período normal de chuvas sobre a faixa litorânea e áreas adjacentes.
Para o diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, as previsões trazem boas notícias para os produtores. “No ano passado nós sofremos bastante com a estiagem, inclusive, com comprometimento de safra de quem não pôde irrigar sua cana e saber que as perspectivas são otimistas em relação às precipitações nos deixam mais tranquilos”, afirmou ele.

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Presidente da Asplan diz que 1% de crédito complementar não vai resolver problema da não liberação dos recursos do Plano Safra

“O Governo anunciou um Plano Safra de R$ 400,59 bilhões e agora determina, através de Medida Provisória, que vai disponibilizar a título de crédito suplementar R$ 4 bilhões, ou seja, apenas 1% do valor inicialmente divulgado. Esse valor é irrisório frente às necessidades que tem o setor produtivo nacional e não vai resolver o problema de crédito e incentivo à agricultura do Brasil, que tem prazo para plantar e também para colher”, afirmou o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais.
Para José Inácio, além de o volume ser insignificante, outra questão se põe na ordem do dia: “Quais serão os critérios de acesso a esse montante?”, questiona ele que também critica a inércia do governo, que diante da não votação do orçamento pelo Congresso Nacional no final do ano passado, não se adiantou com outras alternativas. “A gente sabe que o Banco do Nordeste tem recursos do FNE e que estes independem do orçamento ser votado. Então, por que o governo não sinaliza uma solução utilizando esses recursos?”, pondera ele.
Para o dirigente canavieiro, a flexibilização do Banco do Nordeste com a destinação de crédito para cooperativas já foi um avanço que poderia ser estendido ao setor produtivo também. “Se o produtor de cana não pode ter acesso ao crédito, por alguma restrição, porque o governo não flexibiliza o acesso de outras formas? Melhor do que destinar 1% do Plano que não resolverá o problema da imensa maioria dos produtores”, reitera José Inácio.
Para ele, há saídas, basta o governo querer. “O governo tem que tentar viabilizar o acesso ao crédito junto ao Banco do Nordeste, porque a gente sabe que, na atual conjuntura, o governo não tem como liberar recursos por causa da não votação do orçamento. Se o presidente insistir em apenas disponibilizar esse crédito complementar irrisório, não vai atender o setor produtivo e isso gerará impactos negativos imensuráveis na economia e na produção agrícola nacional chegando, inevitavelmente, à mesa do cidadão brasileiro”, finaliza José Inácio.

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Quem derruba mais a produtividade da cana é a falta de água afirma Dr. Emídio Cantídio durante palestra na Asplan

“Quem derruba a produtividade é a falta de água, pois ela é fundamental para hidratar a planta e dar a ela a condição de absorver bem os nutrientes. Não adianta fazer algo se não tem o veículo de absorção. Então quando a gente começa a entender que água é importante e os manejos são dependentes dessa água, a gente começa a desenhar o canavial em função do déficit hídrico”, Essa afirmação abriu a palestra proferida pelo Professor Dr. Emídio Cantídio, sobre ‘Atualização do manejo da adubação e nutrição da cana-de-açúcar’’, nesta segunda-feira (17), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa.
Dr. Emídio lembrou, na ocasião, que a planta só cresce com nutrição e mostrou vários experimentos onde a associação do manejo correto, com irrigação, surtiu efeitos positivos sobre a produtividade das lavouras. Dr. Emídio lembrou que não se pode mais pensar apenas em uma adubação simples. “A gente tem que começar a buscar alternativas e existem várias. É preciso também dar mais importância aos micronutrientes nos tabuleiros, pois eles potencializam tudo”, complementou ele, mostrando dados de adubação e seus resultados positivos baseados em experimentos de campo em várias propriedades.
Segundo ele, o que tem sido feito para obtenção de melhores resultados é aplicar auxina para estimular o crescimento, ocitocinina para deixar a folha mais verde por mais tempo, aumentando o crescimento em altura, aminoácidos voltados para estresse, ou seja, produtos que tenham ácido glutâmico ou prolina que desestressam a planta e são estimulantes voltados à produção de amido e sacarose. Sobre a necessidade de controlar o estresse, ele lembrou que as tecnologias atuam diretamente nos processos fisiológicos da planta, aumentando a eficiência de uso de nutrientes, estimulando o desenvolvimento vegetativo e amenizando os estresses ocasionados a planta pelos fatores bióticos e abióticos. “Estamos, atualmente, com o foco na planta, entendendo melhor a fisiologia dela, não mais com aquela receitinha de bolo padrão, a busca agora é por melhores respostas”, frisou ele.
Segundo o professor, é preciso tratamento, micronutrientes, adubação pré-seca (adubação foliar voltada para seca), para ela ir para o período de seca com mais biomassa, fazendo com que esse canavial passe melhor pelo período de estiagem. “Levem isso para o campo, colham os resultados e a gente vai ajustando. Isso é uma ideia a partir de um manejo novo que a gente está vivenciando no campo para ter um canavial cada vez mais produtivo”, afirmou Emídio. Sobre o consumo ideal de água, segundo estudos, 1 TCH necessita de 10 a 15mm, o que equivaleria a 100 TCH de 1000 a 1500mm, no ciclo, distribuídos de forma uniforme.
O evento, direcionado aos produtores canavieiros e que faz parte do ciclo de palestras promovido pelo Departamento Técnico (Detec) da entidade, foi aberto pelo segundo vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, e pelo diretor do Detec, Neto Siqueira. Ambos destacaram a importância do momento e da iniciativa da Associação em proporcionar momentos de aprendizado e ampliação de conhecimentos para os produtores paraibanos. “Hoje tivemos duas grandes palestras, de profissionais renomados e que entendem muito do que falaram e que trouxeram informações importantes para a gente melhorar a produtividade de nossa cultura”, destacou Nonato também se referindo a segundo palestra do dia com o meteorologista Dr. Alexandre Magno, que abordou as perspectivas climáticas para 2025.

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