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O Governo da Paraíba dá um passo importante ao construir estradas e realizar obras na região de Itapororoca afirma Presidente da Asplan

“Será um grande avanço para agricultura local e facilitará muito o escoamento da produção não apenas do abacaxi, mas, sobretudo da cana-de-açúcar, que tem especial presença na região, promovendo ainda mais desenvolvimento e progresso”. Essa afirmação do presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, faz referência ao anúncio feito pelo governador João Azevêdo sobre a construção de estradas entre os trechos de Itapororoca, Cuité de Mamanguape até o entroncamento com a PB 073, em Mari, interligando regiões importantes para a produção agrícola paraibana e deslocamento das pessoas.
O trecho, que aproveita uma ponte já concluída na região em 2024, compreende  32 km, com um investimento de R$ 56 milhões. A ordem de serviço para o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) licitar o trecho foi assinada nesta segunda-feira (10). Além desta estrada, o governador assinou ainda outra obra viária entre Itapororoca e Curral de Cima, com mais 22 km, além do trecho de Estacada, um distrito referencia na região, somando mais R$ 35 milhões de investimento.
“Precisamos reconhecer a grandeza destas obras que vão promover uma interligação importante entre esses municípios, favorecendo sobremaneira não apenas o escoamento da produção local, mas a mobilidade naquela região o que, inevitavelmente, se transforma em mais desenvolvimento para a Paraíba”, reitera o presidente da Asplan, lembrando que embora o governador tenha se esquecido de citar a produção canavieira na região, se atendo apenas ao abacaxi, a cana-de-açúcar é uma cultura que ocupa lugar de destaque na localidade, além de ser a mais expressiva da Paraíba.

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Perspectivas climáticas seguem favoráveis para março e abril atesta boletim sobre previsão do tempo divulgado pela Asplan

As precipitações registradas neste primeiro bimestre do ano no estado da Paraíba, no período de 1 de janeiro a 28 de fevereiro, na área do setor leste, compreendida entre as microrregiões do Litoral Norte, Litoral Sul, João Pessoa e Brejo, apresentaram totais pluviométricos predominantemente acima da média histórica e, principalmente, nas microrregiões de João Pessoa e do Litoral Sul, onde os totais acumulados no período ultrapassaram os 500,0 mm, em João Pessoa e Pitimbu com 504,8 mm. Esses índices, segundo boletim sobre previsão do tempo divulgado pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), são índices muito representativos e considerado muito anômalos para o período, já que janeiro e fevereiro, climatologicamente, são considerados meses normais do período de estiagem sobre a faixa litorânea do estado da Paraíba.
O boletim, que é enviado regularmente para os associados da entidade, é produzido pelo Doutor em Meteorologia, Dr. Alexandre Magno, ainda detalha que nos demais municípios do setor leste da Paraíba também foram registrados índices pluviométricos muito representativos, sendo os maiores acumulados, acima de 400,0 mm, sendo observados nos municípios de Caaporã, com 485,0 mm, Santa Rita, com 479,4 mm, Alhandra, com 450,3 mm, Conde, que atingiu 442,8 mm, Bayeux com 437,0 mm, Baía da Traição, com 433,3 mm, Cabedelo, com 417,6 mm e Mataraca, com 409,7 mm.
Segundo previsão do meteorologista, como o fenômeno La Niña encontra-se desconfigurado e apresentando padrão de neutralidade sobre o Oceano Pacífico tropical, o atual padrão de atuação não traz impactos diretos desfavoráveis ao clima do Nordeste do Brasil durante o período chuvoso que se inicia sobre o setor leste da Paraíba. Deste modo, a atual condição climática do Nordeste do Brasil (NEB), passa a depender das condições reinantes sobre a bacia do Oceano Atlântico Tropical.
Como toda a bacia do Oceano Atlântico tropical, principalmente na área próximo à costa leste do litoral paraibano, encontra-se aquecida e com temperaturas em torno de 28oC (próximo ao litoral do NEB), é altamente favorável à incursão de instabilidades atmosféricas e formação de sistemas convectivos que se estabelecem no oceano e se deslocam para o continente. Com isso, segundo o boletim, com a continuidade do aquecimento das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) sobre o Atlântico Tropical, principalmente sobre a costa leste do estado da Paraíba, contribuem para manutenção das precipitações pluviométricas na região e consequente melhoria do quadro de chuvas em todo o setor leste da Paraíba (mesorregiões do Litoral Norte, Litoral Sul, João Pessoa e Brejo), com perspectivas de favorecimento climático neste próximo bimestre e a manutenção das precipitações pluviométricas em toda a faixa leste paraibana.
Ainda de acordo com o boletim, diversos modelos de previsão climática continuam apontando para que o próximo bimestre mantenha precipitações pluviométricas na categoria de normal a ligeiramente acima da média, refletindo, assim, o favorecimento atmosférico sobre o Nordeste do Brasil. O mês de março representa, climatologicamente, a pré-estação chuvosa do setor leste da Paraíba, como período normal das precipitações pluviométricas na região. Deste modo, o período normal das chuvas começa a se estabelecer e os totais climatológicos aumentam em intensidade e regularidade, dando a chegada de um período de precipitações pluviométricas mais regulares e temperaturas mais baixas na região, com a continuidade das precipitações pluviométricas no decorrer dessa segunda semana do mês de março, marcando o início do período normal de chuvas sobre a faixa litorânea e áreas adjacentes.
Para o diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, as previsões trazem boas notícias para os produtores. “No ano passado nós sofremos bastante com a estiagem, inclusive, com comprometimento de safra de quem não pôde irrigar sua cana e saber que as perspectivas são otimistas em relação às precipitações nos deixam mais tranquilos”, afirmou ele.

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Presidente da Asplan diz que 1% de crédito complementar não vai resolver problema da não liberação dos recursos do Plano Safra

“O Governo anunciou um Plano Safra de R$ 400,59 bilhões e agora determina, através de Medida Provisória, que vai disponibilizar a título de crédito suplementar R$ 4 bilhões, ou seja, apenas 1% do valor inicialmente divulgado. Esse valor é irrisório frente às necessidades que tem o setor produtivo nacional e não vai resolver o problema de crédito e incentivo à agricultura do Brasil, que tem prazo para plantar e também para colher”, afirmou o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais.
Para José Inácio, além de o volume ser insignificante, outra questão se põe na ordem do dia: “Quais serão os critérios de acesso a esse montante?”, questiona ele que também critica a inércia do governo, que diante da não votação do orçamento pelo Congresso Nacional no final do ano passado, não se adiantou com outras alternativas. “A gente sabe que o Banco do Nordeste tem recursos do FNE e que estes independem do orçamento ser votado. Então, por que o governo não sinaliza uma solução utilizando esses recursos?”, pondera ele.
Para o dirigente canavieiro, a flexibilização do Banco do Nordeste com a destinação de crédito para cooperativas já foi um avanço que poderia ser estendido ao setor produtivo também. “Se o produtor de cana não pode ter acesso ao crédito, por alguma restrição, porque o governo não flexibiliza o acesso de outras formas? Melhor do que destinar 1% do Plano que não resolverá o problema da imensa maioria dos produtores”, reitera José Inácio.
Para ele, há saídas, basta o governo querer. “O governo tem que tentar viabilizar o acesso ao crédito junto ao Banco do Nordeste, porque a gente sabe que, na atual conjuntura, o governo não tem como liberar recursos por causa da não votação do orçamento. Se o presidente insistir em apenas disponibilizar esse crédito complementar irrisório, não vai atender o setor produtivo e isso gerará impactos negativos imensuráveis na economia e na produção agrícola nacional chegando, inevitavelmente, à mesa do cidadão brasileiro”, finaliza José Inácio.

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