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Asplan lembra importância da logística reversa de embalagens e convida seus associados a participarem da ação em Pedras de Fogo

“A logística reversa das embalagens de agrotóxicos tem sido uma ferramenta importante para a redução de resíduos dispostos de forma inadequada no meio ambiente pelo setor agrícola, daí a importância do produtor rural participar de ações desta natureza e isso não diz respeito apenas ao cumprimento da lei, mas em dar nossa contribuição em preservar o meio ambiente”, afirma o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais. O dirigente canavieiro aproveita e convoca os produtores de cana-de-açúcar para, no próximo dia 24 de outubro, participar do recolhimento itinerante que acontecerá em Pedras de Fogo, das 8h às 15h, num posto instalado em frente ao antigo posto fiscal, localizado na entrada principal da cidade. A ação de Recolhimento Itinerante tem o apoio da Asplan.

José Inácio lembra ainda que é preciso fazer a tríplice lavagem do recipiente antes de levar as embalagens ao posto itinerante e que a lei que regulamenta o descarte proíbe que se queime, enterre e que se jogue as embalagens em lixo comum. Além disso, reitera o dirigente canavieiro, o produtor precisa devolver as embalagens no prazo de um ano após a compra ou seis meses após o vencimento da data de validade do produto. “É preciso lembrar destes detalhes para que o produtor cumpre a legislação e numa eventual fiscalização esteja em dia com o que determina a lei”, reforça o presidente da Asplan.

O coordenador do Departamento Técnico da Asplan, o engenheiro agrônomo Luís Augusto, lembra da importância da disponibilidade destes postos de coleta para a destinação adequada das embalagens. “O descarte correto das embalagens é obrigatório e a disposição destes postos de coleta facilita esse descarte. A lei só permite que o produtor guarde recipientes vazios de agrotóxicos até um ano. Depois disso, é preciso que ele faça a logística reversa”, reforça Luis, lembrando que o Brasil é referência mundial em se tratando de logística reversa, o que reforça o compromisso do produtor brasileiro com a defesa e proteção do meio ambiente.

O Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira destaca que o objetivo da ação de coleta itinerante é facilitar o recolhimento dos recipientes, em atendimento ao que determina à Lei Federal nº 9.974 de junho de 2000, que dispõe sobre a logística reversa de embalagens de agrotóxicos. Além do apoio da Asplan, a ação conta com a participação da Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Nordeste (ARPAN), Federação Nacional das Associações de Centrais e Afins (FENACE), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP) do Governo da Paraíba.

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Presidente da Asplan fala sobre uso de defensivos na agricultura brasileira e diz que ainda há muita desinformação a esse respeito

“O Brasil virou celeiro do mundo, já lidera a exportação mundial de sete alimentos e com três safras/ano também é o maior mercado consumidor de defensivos agrícolas, mas, essa posição se dá por conta do volume, já que o Brasil tem duas ou três safras/ano, enquanto que nos outros países, a exemplo dos Estados Unidos, União Europeia, Rússia, China, Índia entre outros, só têm uma safra/ano. Então, o Brasil só é o maior mercado de defensivos quando se medir por esse critério do volume que se usa por safra, nunca e em nenhuma hipótese, por uso indiscriminado. Aliás, não há uso desnecessário de defensivos numa agricultura técnica e de precisão”, esclarece o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais. Para ele, “ainda há muita desinformação ou informação de má fé quando se trata deste assunto e é preciso combater isso”.

Segundo José Inácio, que é Engenheiro Agrônomo, produtor e já está na quarta geração de produtores canavieiros da família, a questão do uso de defensivos no Brasil virou um problema mais ideológico de que de defesa do meio ambiente e da saúde das pessoas. “É preciso lembrar que a agricultura de larga escala, aquela que alimenta de fato as pessoas, que coloca os produtos na mesa do consumidor, não tem substituto para os defensivos numa produção de larga escala. Então, não se deve falar mal sem ter conhecimento”, afirma ele. José Inácio lembra, no entanto, que existem estudos e pesquisas em andamento por empresas do setor para ampliação de produção de insumos biológicos que hoje só cobrem apenas 5% do mercado.

O dirigente canavieiro reitera que o discurso de que os agroquímicos deveriam ser substituídos por insumos biológicos ainda não se sustenta na atualidade. “A agricultura tropical precisa de defesa vegetal química e o Brasil não usa produtos que não são aprovados em outros países por transgressão, mas, porque a Europa, por exemplo, já aprovou produtos novos que são mais eficazes e o Brasil não consegue aprovar por que o IBAMA e a ANVISA resistem à aprovação de novas moléculas e fórmulas então o produtor brasileiro não tem outra saída a não ser usar os produtos antigos que estão no mercado”, reitera José Inácio. Ele frisa que muitos produtos aprovados na Europa não são aprovados aqui, ou vice-versa, porque o produto para o qual ele é usado não é necessário, a exemplo da Soja que usa fungicida para ferrugem. “Para que a Europa usar algo que combate a ferrugem na soja se ela não tem essa cultura?”, questiona ele.

“Não adianta sair falando mal da agricultura brasileira sem conhecimento, porque além de uma injustiça com a classe produtiva, isso demonstra uma completa ignorância sobre a realidade do setor produtivo. A indústria de defensivos no Brasil é uma indústria séria, que tem muita tecnologia envolvida, emprega muita gente, tem muito investimento, fábricas, etc e os produtores não são irresponsáveis. Se há problemas em relação aos defensivos no Brasil, isso se deve a questão regulatória que não aprova novos produtos e não no setor produtivo que precisa usar defensivos agrícolas para garantir a comida na mesa dos brasileiros e de muita gente no mundo. A segurança alimentar da população depende de uma agricultura responsável e profissional e isso passa, necessariamente, pelo uso de defensivos porque a praga chega primeiro a cultura e precisa ser combatida adequada e eficientemente”, reforça José Inácio lembrando que o Brasil é referência no recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos com a logística reversa.

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Parceria Asplan/BB possibilitou que palestras técnicas fossem realizadas no local da Expofeira Paraíba Agronegócios 2024

O Circuito de Negócios Agro BB na Expofeira Paraíba Agronegócios 2024, que acontece de 15 a 22 de setembro, no Parque de Exposições Henrique Vieira de Melo, em João Pessoa, teve como uma das atrações, nesta quarta-feira (18), a participação de integrantes do Departamento Técnico da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) que fizeram apresentações sobre ações desenvolvidas pela entidade canavieira. O geotecnólogo, Thybério Luna, falou sobre o uso de drones e o agrônomo, Luis Augusto, abordou Safra, Projeto Campo Futuro, Renovabio e Preço de Cana. As apresentações dos Profissionais da Asplan aconteceram na Carreta Agro do BB, uma às 15h e a outra às 16h. Acompanharam o evento produtores canavieiros e profissionais do banco.

A apresentação do geotecnólogo focou na importância, agilidade e vantagens do uso do drone para identificar falhas no campo, manchas, matas, mapear áreas de APPs, etc. “O uso do drone agiliza muito a identificação de questões importantes numa propriedade propiciando ganhos para quem o utiliza”, disse Thybério. Ele lembrou que muitas vezes o proprietário anda no canavial, vê um paredão muito bonito de cana, mas quando se faz o voo com drone se identifica que há falhas ou manchas no talhão e isso tem um impacto significativo na produtividade.

A Asplan, explicou Thybério, começou a mapear áreas com GPS em 2005  e de lá para cá evoluiu esse trabalho de geoprocessamento com a aquisição de drones e outros programas. O primeiro drone da associação tem capacidade para mapear 50 hectares por voo. Já o segundo equipamento, que é bem mais sofisticado e detém melhores recursos tecnológicos, faz de 120 a 130 hectares por voo. Cada voo demora, em média, 15 minutos.

A apresentação de Luis Augusto iniciou com uma breve apresentação histórica da Asplan, que tem mais de 60 anos de atuação na defesa dos produtores canavieiros paraibanos, com cerca de 1.300 associados, sendo a maioria de pequenos e médios produtores. Ele lembrou ainda que houve na safra 2023/24 um recorde de produção, mas, também uma queda de ATR, com cerca de 10 kg de perda por tonelada de cana, fato que ele atribuiu a interferência climática, mas também a falhas na colheita que termina destinando muitas impurezas junto da matéria-prima. “E isso se deveu muito pela dificuldade de disponibilidade de mão de obra, fato que vem se agravando safra a safra”, afirmou ele.

Sobre a previsão de moagem da safra atual, ele disse que não houve precipitações que estavam sendo esperadas e que o cuidado agora é para a cana não perder tanto peso. “O recorde de safra que a gente esperava alcançar novamente, de 7,6 milhões de toneladas na safra passada, não deverá se concretizar e trabalhamos com a estimativa de perca de 10% a 15% em relação à safra anterior, caso esse verão se prolongue mais”, disse Luis. Em seguida, ele falou da metodologia desenvolvida pela PECEGE que, anualmente, levanta junto a Asplan os dados de produção para elaboração dos resultados da safra. Na apresentação, ele mostrou a simulação de como os dados são tabulados e fixados os custos operacionais do produtor. “A melhoria da produtividade, com o uso de tecnologia, de irrigação, a renovação de canaviais, etc, impacta diretamente nos resultados”, enfatizou o agrônomo que também abordou as vantagens do Programa Renovabio.

O diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, teve uma participação no evento, destacando o uso dos bioinsumos produzidos pela Asplan pelos produtores canavieiros paraibanos. “Os bioinsumos, aliados às tecnologias disponíveis no mercado, o uso de drones e pulverizadores, de adubos foliares, também  impactam na produtividade, tendo produtores conseguindo chegar até 70 toneladas por hectare, conseguindo também aumentar seu ATR”, disse Neto, lembrando que hoje o produtor não vende mais tonelada de cana por hectare, mas açúcar por hectare. Neto destacou ainda a disponibilidade do DETEC para ajudar o produtor associado nas suas  mais variadas demandas no campo. “Estamos à disposição”, finalizou Neto Siqueira.

A produtora canavieira Ana Cláudia Tavares, que participou do evento junto com seu esposo, também produtor, Marcos Américo, elogiou a iniciativa das palestras e  destacou a importância do evento ter sido realizado no espaço da carreta Agro do Banco do Brasil. “A gente sabe que o Banco do Brasil é a maior instituição quando se fala em fomento ao agronegócio e sem os recursos para financiamento de compra de insumos e equipamentos e aquisição de novas tecnologias, nós, produtores não teríamos condição de ter acesso a todos esse bens, então foi importante esse evento ter sido realizado em parceria com o BB porque fortalece os vínculos da instituição com a Asplan e, consequentemente, isso traz benefícios para os associados”, disse ele.

E por falar em benefícios, há uma parceria em andamento entre a Asplan e o BB que vai mudar as regras de operações de crédito entre as duas instituições, com ganhos muito significativos para os produtores associados à Asplan. “Em breve, vamos divulgar essa novidade”, afirma a Assistente Técnica da Asplan, Fernanda Vasconcelos, que também estava presente ao evento da Expofeira, junto com o Engenheiro de Segurança do Trabalho da Asplan, Alfredo Nogueira Neto. O segundo vice-presidente, Raimundo Nonato, e o diretor tesoureiro da Associação, Oscar de Gouvêa, também acompanharam as apresentações.

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