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Judicialização pelas distribuidoras e maior oferta fez oscilar preço de CBios mas valor tende a se normalizar afirma presidente da Unida

“Essa oscilação de preço do CBios já era esperada em função da judicialização feita pelas distribuidoras que entraram no STF com o pedido de inconstitucionalidade em relação a obrigatoriedade de compra dos Créditos de Descarbonização, o que é temporário, já que elas são obrigadas a comprar os créditos para compensar as emissões das vendas de combustíveis fósseis. Além disso,  com o acordo feito entre os industriais e produtores, o Programa Renovabio se fortalece, com a tendência de normalizar estes valores no mercado em breve”. Essa afirmativa foi feita nesta sexta-feira (5), pelo presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-açúcar (Unida) e da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, Pedro Campos Neto.

Ele fez referência ao preço médio das negociações dos CBios que fecharam em junho a R$ 77,83, patamar que é 21% abaixo da média de 2024. No último dia 10 de junho o valor negociado ficou em R$ 66,50/CBios, o menor valor desde setembro de 2022. Na média do primeiro semestre, o preço do CBio foi de R$ 98,80, contra uma média de R$ 113,8 em 2023.

“As distribuidoras deixaram de adquirir os créditos individuais a que faziam jus, aliada a elevada oferta de créditos no mercado, o que contribuiu para reduzir os valores do CBios, mas a tendência é que os preços voltem a subir porque as distribuidoras de combustíveis são obrigadas a comprar os créditos e isso, inevitavelmente, mantém o mercado aquecido”, reitera Pedro.

De acordo com o relatório da B3, onde os créditos são negociados, a emissão de CBios em junho avançou 24,8% ante o mesmo mês do ano passado, com 3,45 milhões de títulos de créditos de descarbonização emitidos. No acumulado deste o início do ano, atingiu 20,8 milhões, ou 25,2% acima do mesmo período de 2023. O total de créditos que as partes obrigadas terão que “aposentar” até 31 de dezembro é de 46,4 milhões de CBios, somando a meta anual compulsória de 2024 e os créditos não entregues em 2023.

Fonte: https://www.terra.com.br/economia/preco-dos-cbios-encerra-junho-com-baixa-de-21-ante-media-do-ano-aponta-itau-

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Asplan tem consultoria técnica para orientar seus associados sobre questões relacionadas à energia elétrica

Desde Janeiro de 2020 que a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) disponibiliza, gratuitamente, uma assessoria técnica e orientativa para os associados resolverem suas pendências junto à concessionária de energia elétrica. São orientações referentes à redução de custos com energia, que vão desde simulações de tarifas, orientações sobre projetos elétricos e solares, cobranças indevidas nas faturas, isenções de tributos para a classe rural, recadastramentos de tarifas mais baixas, descontos especiais direcionados aos produtores rurais, entre outras questões referentes a economia e racionalização de custos no tocante a energia.

Esse serviço é feito pela consultora Girleide Michely que tem ampla experiência na área. Ela lembra que o produtor rural de cana-de-açúcar, devidamente cadastrado e legalizado como tal, tem isenção de 100% de ICMS em suas faturas de energia. “Apesar de ser um direito, muitos produtores ainda nem sabem desta isenção”, afirma a consultora. Há outros casos, segundo ela, em que o produtor pode economizar até 30% do valor da fatura e também há a possibilidade da Energisa, que tem parceria com o governo federal, através do programa Desenrola Brasil, disponibilizar negociações de débitos com descontos e condições especiais.

Ainda dentro da consultoria, Girleide Michely orienta o produtor sobre elaboração de projetos elétricos para irrigantes, faz simulação tarifária e pesquisa de campo. “Há casos que a gente identifica que é possível reduzir os gastos com energia, bastando apenas redimensionar os equipamentos existentes na propriedade ou mesmo elaborando um projeto mais compatível com a realidade e necessidade do imóvel rural”, reitera a consultora que, mais recentemente, ampliou sua atuação e também começou a realizar orientações sobre projetos solares para produtores rurais. “Nós damos orientações sobre indicação de obra para energia solar com redução de custos para o fornecedor que além de ser mais acessível, ainda é mais rápido de ser executado”, reintera ela.

Os serviços da consultoria estão disponíveis para todos os associados da Asplan, independente do porte do produtor, mediante agendamento pelo telefone (83) 99930-1753. Os atendimentos são realizados no prédio anexo a sede da entidade, que pertence à Asplan, na SL 107, destinada exclusivamente para essa finalidade. “Nós identificamos que havia essa possibilidade de ajudar nossos associados em relação a redução de custos com energia elétrica e contratamos os serviços da consultora Michely que tem feito um trabalho primoroso e tem ajudado muito nossos associados nessa questão energética”, destaca o presidente da Asplan, José Inácio de Morais.

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Jornada Técnica promovida pela Bayer e Semear atualiza informações sobre manejo de isoporização e de plantas daninhas na cana-de-açúcar

Uma manhã de aprendizado e ampliação de conhecimentos sobre manejo de isoporização e de plantas daninhas em cana-de-açúcar. Essa foi a tônica do evento promovido pela Bayer e Semear Agronegócios nesta quinta-feira (19), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, para associados, produtores e representantes das indústrias do setor na Paraíba. As palestras foram conduzidas pelos professores doutores Nilceu Cardoso e Renan Cantalice. Houve ainda uma apresentação de resultados de campo com o representante técnico de vendas da Bayer, Fabrício Alvim.

Coube ao vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, dar as boas-vindas aos palestrantes, promotores do evento e ao público que prestigiou o momento. “Estou aqui, em nome do nosso presidente José Inácio que não pôde estar presente em função de outro compromisso, para externar nossa alegria e satisfação de estar participando de um momento como esse que nos atualiza sobre as inovações tecnológicas do setor que nos ajudam a produzir mais e melhor”, disse Nonato.

Em seguida, José Gomes, da Semear Agronegócios, agradeceu o espaço cedido pela Asplan para realização do evento e destacou a importância de encontros como esse. Na sequência, o professor doutor Renan Cantalice, da UFAL, abordou a temática do manejo de plantas daninhas em cana-de-açúcar. “Quando se fala em manejo, pensa-se logo em herbicida, porém, antes disso, é preciso conhecer a cultura e observar as oportunidades porque planta não tem regra e é preciso se adequar a cada situação e, sobretudo, entender a espécie que se tem que atacar”, afirmou ele, lembrando que o manejo de plantas daninhas tem um custo elevado e pode representar de 20 a 30% dos custos de produção.

O professor doutor lembrou ainda que a fase do plantio é a etapa mais importante no tocante ao combate de plantas daninhas e que as vezes o produtor negligencia essa questão. “A dessecação é fator primordial no manejo de plantas daninhas, mas as vezes ela é negligenciada, contudo é preciso relembrar que há um momento ideal para combater as ervas daninhas”, reforçou ele, lembrando que é preciso ter longevidade para ter mais lucratividade. O palestrante abordou ainda a questão da proliferação do camalote, reiterando que localizar e mapear as áreas onde ele aparece é o princípio do manejo produtivo e que é preciso conhecimento técnico e organização para um manejo eficiente e eficaz.

O agrônomo da Asplan, Luis Augusto, fez uma interferência neste momento, para alertar que o camalote já foi identificado em algumas propriedades da Paraíba e que é preciso que o produtor fique vigilante, pois ele é de difícil controle, sendo, atualmente, essa espécie de capim a principal praga de cana-de-açúcar. Nonato também fez um aparte neste momento, lembrando da importância da ATR. “É muito importante ter uma boa produtividade, mas, mais importante que isso é ter uma alta ATR, porque a gente recebe pelo ATR. É preciso se preocupar com a produtividade, mas, sobretudo com a qualidade de nossa cana”, disse ele.

Na sequência, Fabrício Alvim, apresentou resultados de campo com a utilização dos produtos Bayer em propriedades da Paraíba, Alagoas e outros estados, principalmente, utilizando o Indaziflam e Isoxaflutol, e os produtos Alion, Provence, Gladium e Ethrel. Os experimentos apresentados foram realizados nas usinas Giasa, Monte Alegre, JB, Trapiche, Petribu, São José e Fazenda Riacho, em Alagoas.

Coube ao Engenheiro Agrônomo, produtor, consultor e pesquisador, Professor Doutor Nilceu Cardoso, fazer a última palestra do evento sobre isoporização em cana-de-açúcar. Mas, ele foi além e deu uma aula de conhecimento sobre a planta, passando pela fenologia da cultura, desde sua brotação até a maturação, modelagem de crescimento, sobre peculiaridades, tais como, interações da planta e condições climáticas, abordando aspectos da matriz de produção, desde o plantio, do cultivo até a colheita, falou sobre teor de sacarose, abordando aspectos do acúmulo de açúcares e características genéticas. Neste aspecto, ele reiterou que: “quem reduz a taxa de crescimento primeiro, em função de restrições ambientais, tende a acumular açúcares em maior quantidade”.

A palestra dele também abordou o uso do moderador vegetal Ethrel, um produto com mais de 40 anos no mercado, que é usado em diferentes culturas e finalidades. “Mais do que um inibidor, o Ethrel é um biossinalizador, que inibe a isoporização e estimula a pré-maturação”, disse ele, lembrando que a aplicação do produto depende do estágio de desenvolvimento do canavial e do balanço hídrico da plantação.

O diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, encerrou o evento, destacando o alto nível das palestras e lembrando a importância do produtor acompanhar a evolução tecnológica e conhecer mais profundamente a sua cultura. “Já se foi o tempo que era só plantar e esperar a chuva. Hoje, quem quiser ter produtividade e lucratividade tem que entender a fenologia da planta, o mercado e investir em produtos que agreguem valor a cultura, além de se manter bem informado sobre tudo o que diz respeito à cana-de-açúcar”, disse ele. O evento foi encerrado com um almoço.

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