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Queimadas ilegais em canaviais prejudicou 435 mil paraibanos nos últimos cinco anos

palestra incendioIncêndios ilegais prejudicam as redes de alta tensão e à população que sofre com a interrupção no fornecimento de energia elétrica. 

Entre 2010 e 2015, a Energisa identificou 114 interrupções de energia e desligamento da rede de alta tensão causadas por queimadas ilegais em canaviais da Paraíba. Por conta disso, 161 mil clientes, 435 mil pessoas e quatro indústrias sofreram transtornos com a interrupção de energia. Essa prática ilegal realizada por terceiros é considerada criminosa e geralmente acontece durante o dia, quando o fogo é difícil de controlar. Produtores de cana-de-açúcar e unidades industriais usam apenas fogo controlado e programado durante a noite e dias da semana, respeitando as linhas de transmissão.

Para reduzir ou mesmo acabar com essa prática ilegal, a Energisa, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e do Açúcar (Sindalcool) resolveram unir forças e formalizar uma parceria para coibir essa ação e, consequentemente, preservar a colheita segura e produtiva da cana-de-açúcar e a integridade da rede elétrica de alta tensão. A parceria inclui a realização de reuniões periódicas,  o mapeamento geo-referenciado das linhas de alta tensão localizadas em áreas de cultivo da cana-de-açúcar, corte antecipado da cana em baixo da rede elétrica, a adoção de algumas medidas protetivas, a divulgação de campanhas educativas na mídia impressa local, confecção de material educativo, além da iniciativa de expandir o projeto de ‘Eficiência Energética’ da Energisa às comunidades que têm maior incidência de incêndios.

Já dentro desta programação da parceria, nesta terça-feira (27), o gerente do Departamento de Manutenção e Transmissão da Energisa, Tercius Cassius, os engenheiros Francisco Célio e Nadja Trigueiro, e os coordenadores de Projetos, Carla Petrucci e Thyago Tanouss, participaram de um evento direcionado aos produtores de cana-de-açúcar, na sede da Asplan. Durante o encontro, Nadja Trigueiro detalhou a composição da fatura, explicou as diferenças de cobranças pela classificação dos clientes, falou sobre tarifa por demanda, apresentando oportunidades de enquadramento em perfil tarifário para redução da conta de energia elétrica. Francisco Célio explicou como funciona, quem tem direito, quais as vantagens e horários e como produtor pode requerer a Tarifa Irrigante ou Tarifa Verde.

Na sequência, Carla Petrucci falou sobre as oportunidades de redução da conta de energia elétrica relacionadas aos programas de eficiência energética, iniciando pelo projeto ‘Nossa Energia’, que existe desde 2010 e beneficia 247 mil consumidores na Paraíba. Neste caso, vai haver atuação nas comunidades próximas do setor canavieiro local. Outro programa, a ‘Conta Cidadã’ premia com bônus na conta de energia clientes cadastrados que encaminham material reciclável para os postos de coleta e ainda sobre os projetos de eficiência energética. Thyago Tanouss abordou o acesso à rede de distribuição e mini e microgeração de energia e Tercius Cassius encerrou as apresentações abordando essa parceria inédita, que já mapeou 186 km de linhas de alta tensão em canaviais na Paraíba e já formalizou um acordo entre as partes estabelecendo o respeito de 20 metros de distância de cada lado de postes de alta tensão, onde deve ser feito o corte antecipado da cana, antes da queima do canavial.

Segundo o diretor da Asplan, Oscar Gouvêa, essa ação conjunta é uma ajuda mútua onde todos se beneficiam.  “Com a formalização desta parceria entre a Energisa, Asplan e Sindalcool, vamos unir forças para juntos coibirmos essa prática ilegal que além de prejudicar a população ainda nos coloca, injustamente, como agentes causadores deste problema quando, na realidade, nós não temos nada a ver com essas queimadas ilegais”, afirma o diretor da Asplan.

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CNA defende política de desenvolvimento econômico especifico para produtores rurais do Nordeste

cns 201510A adoção de uma nova política de desenvolvimento econômico específica  para produtores rurais do Nordeste poderá resolver problemas crônicos da região e permitir um crescimento contínuo e sustentável, com distribuição de renda. Esse entendimento do Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, foi elogiado pelo presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso.

“Já reivindicamos esse tratamento diferenciado há muito tempo, principalmente, pelas diferenças regionais desfavoráveis, sendo o clima, a topografia, o grau de mecanização e o endividamento, as mais significativas”, argumenta Murilo. Ele lembra que a incapacidade financeira dos pequenos e médios produtores rurais de quitarem os financiamentos contratados junto aos bancos, em muitos casos, está inviabilizando a atividade de produção rural.

O presidente da CNA, João Martis, reforça essa argumentação do dirigente da Asplan. “É preciso um modelo econômico específico para a região, tendo em vista que medidas pontuais como a renegociação da dívida dos produtores, ação necessária e urgente para atender os agricultores, não resolvem mais o problema”, destaca Martins.

A questão do endividamento dos produtores nordestinos junto aos bancos, especialmente no caso do Banco do Brasil e do Nordeste, foi discutida nesta semana durante encontro do presidente da CNA com o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB). João Martins informou ao parlamentar paraibano que a CNA está elaborando um documento contendo proposta, a ser encaminhada ao Governo Federal, com subsídios para solucionar, em definitivo, questões essenciais que se arrastam há décadas e impedem o crescimento sustentado da economia regional.

O presidente da Asplan lembra ainda que é  preciso um esforço conjunto de toda a classe política nordestina, especialmente dos deputados federais e senadores,  no sentido de proporem e aprovarem leis com esse tratamento diferenciado em relação  ao produtor nordestino. “Além da bancada nordestina no Congresso Nacional propor novos caminhos, é preciso chamar atenção dos demais parlamentares do país para a importância da busca de uma solução definitiva para o problema do endividamento dos produtores rurais do Nordeste  que se arrasta há décadas e nunca foi resolvido”, desabafa Murilo.

Um resumo dos estudos que estão sendo feitos pela CNA mostra o nível de comprometimento dos pequenos produtores rurais da região  junto aos bancos. Segundo dados da Confederação, em 2008, existiam 35 mil produtores inscritos na dívida ativa, correspondendo a R$ 8 bilhões. Em 2015, o número de agricultores subiu para 150 mil e o volume da dívida atingiu R$ 15 bilhões, levando-se em conta dados consolidados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A maior parte dos devedores é pequeno produtor rural, com dívidas de até R$ 50 mil.

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Asplan, Energisa e Sindalcool se unem para reduzir queimadas criminosas em canaviais na Paraíba

queima canaIncêndios ilegais prejudicam as redes de alta tensão e à população com a interrupção no fornecimento de energia elétrica

Representantes da Energisa,  da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e do Açúcar (Sindalcool) já definiram a pauta de um encontro onde será debatido assuntos de interesse dos produtores de cana-de-açúcar da Paraíba e formalizado um Termo de Compromisso entre a Energisa, Asplan e Sindalcool, que vai dar início a uma parceria para coibir queimadas ilegais de canaviais. O encontro, que acontece no dia 27 de outubro, a partir das 11h30, logo após o projeto ‘Caminhos da Cana II’, acontecerá no auditório da Asplan, na Rua Rodrigues de Aquino, 247, Centro, em João Pessoa.

De acordo com a programação do evento, a representante da Energisa, Nadja Trigueiro, inicia os debates com uma explanação sobre a formatação da conta de energia. Em seguida, Fabrício Sampaio, da Energisa vai falar sobre ‘Ações Sociais e eficiência energética’. Thyago Tancuss vai falar sobre ‘Acesso às redes de distribuição’ e Tércius Cassius encerra as apresentações falando sobre ‘Campanha contra queimadas criminosas de canaviais’.

Segundo o diretor da Asplan, Oscar Gouvêa, várias reuniões entre a entidade e a Energisa, já aconteceram, com o objetivo de debater essa questão das queimadas clandestinas e suas consequências. “Agora, com a formalização desta parceria, vamos unir forças para juntos coibirmos essa prática ilegal que além de prejudicar a população ainda nos coloca, injustamente, como agentes causadores deste problema quando, na realidade, nós não temos nada a ver com essas queimadas ilegais”, afirma o diretor da Asplan. De acordo com Oscar Gouvêa, o fogo programado para o corte da cana é feito sempre à noite e em dias de semana.

A ideia do evento, explica o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, é possibilitar que as empresas parceiras apresentem suas sugestões que se transformarão num plano de manejo conjunto para coibir essa prática ilegal de queima do canavial, a ser aplicado ainda na atual safra.

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