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Asplan prestigia homenagem a Dr. Murilo Tavares de Melo fundador do grupo Olho D’Água com inauguração de barragem em Aliança

Otimizar a oferta de água para manter a regularidade das safras de cana-de-açúcar, assegurando a alta produtividade de suas indústrias. Foi com esse objetivo que o Grupo Olho D’Água, que possui 50 mil hectares de área agriculturável, dos quais 70% já são beneficiados com irrigação, inaugurou nesta quarta-feira (9), a Barragem Dr. Murilo Tavares de Melo. Localizada no município de Aliança (PE), a barragem homenageia o patriarca que, em 1994, começou as atividades do Grupo Olho D’Água,  que é uma referência em cultivo de cana e produção de açúcar e etanol nas regiões Norte e Nordeste. Uma delegação da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) prestigiou a inauguração do novo reservatório de água que tem capacidade para 17,8 milhões de metros cúbicos de água.

A barragem, que foi construída em menos de um ano, tem uma extensão de coroamento de 240 metros, um volume total de solo de 350 mil metros cúbicos e altura de 26 metros e faz parte da primeira etapa de um grande projeto de irrigação para 4 mil hectares, dos quais 1,2 mil hectares serão irrigados por gotejo, e outros 2,8 mil por aspersão. Dos R$ 74,2 milhões do custo da obra, R$ 58,8 milhões são recursos financiados pelo Banco do Nordeste (BNB).

O diretor do Departamento Técnico (DETEC) da Asplan, Neto Siqueira, que integrou a comitiva dos produtores de cana paraibanos que foram prestigiar o evento, enaltece a visão empreendedora do Grupo e de seu fundador. “Dr. Murilo Tavares de Melo é uma referência no setor industrial canavieiro, um homem de muita visão e coragem, que deixou um legado importantíssimo para o setor e que continua a inspirar seus descendentes e o setor sucroenergético não apenas no Nordeste, mas em todo o país”, destacou Neto.

Informações veiculadas na Imprensa destacam que as três usinas do Grupo respondem por uma capacidade industrial de moagem 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, pela produção de 300 mil toneladas de açúcar refinado, cristal e demerara, por 170 milhões de litros de etanol, álcool e aguardente e a geração de 80 mil MWh de energia ao ano.

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Produtores canavieiros paraibanos assistem palestras sobre aumento de produtividade e rentabilidade da ICL e Vertt Agrícola

“O caminho da eficiência e rentabilidade é o único que garante o sucesso de um empreendimento”. Essa frase tão bem empregada no mundo dos negócios também se adéqua perfeitamente à agricultura que está, cada vez mais, focada em soluções que potencializem os ganhos de produção. E foi justamente esse o foco de um encontro promovido pelo Departamento Técnico (DETEC) da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) em sua sede, em João Pessoa, nesta terça-feira (8). Desta vez, o momento foi partilhado com representantes da ICL, empresa líder global de fertilizantes em nutrição controlada, e a Vertt Agrícola, representante de Produtos Agrícolas.

O Consultor de Desenvolvimento de Mercado da ICL, Muriel Panosso, apresentou dados globais da ICL e falou do Polyblen, um fertilizante de solo com grânulos constituídos de nitrogênio e potássio revestidos por uma camada de enxofre e de polímeros que é liberado gradualmente, de acordo com a necessidade da cultura. Ao falar das vantagens do uso do produto, ele destacou a qualidade granulométrica do Polyblen, inclusive, fazendo uma demonstração de seu padrão que, segundo estudos, está acima da média usual de seus  concorrentes. Ele também apresentou resultados de experimentos realizados em lavouras de cana-de-açúcar que atestam ganhos de produtividade com uma diferença superior a 15 toneladas/hectare. “Há um estudo desenvolvido pelo professor Pedro Henrique Cerqueira Luz, da USP, em uma usina do interior paulista que comprova um ganho de produtividade de 16% com o uso do Polyblen comparado ao tratamento convencional”, afirmou o consultor, lembrando que não há produto similar no mercado. Ainda segundo Muriel, o produto tem fórmulas específicas para cada tipo de cultura.

Em sua participação, o consultor da ICL ainda falou sobre as vantagens do uso do Phusion, um fertilizante fosfatado com quatro tecnologias e oito nutrientes no mesmo grânulo, sobre o Longevus, um condicionador de solo que propicia ganhos de produtividade tanto na cana planta, algo em torno de 10,2%, quanto na cana soca, com índices que chegam a 13,5%, e ainda sobre a tecnologia foliar Supera. “A agricultura caminha para a eficiência e rentabilidade e nós temos a nutrição assertiva na boca da planta, respeitando as demandas e fases de cada cultura”, destacou Muriel, lembrando ainda que a ICL detém o selo ‘Mais Integridade’ outorgado pelo MAPA.

Em seguida, o diretor da Vertt Agrícola, Paulo Henrique, falou das vantagens do uso do Fast Result, um produto formado por basicamente fósforo e nitrogênio, que possibilita a redução de uso de 50% da dose de glifosato e dispensa adjuvantes. Paulo também apresentou resultados de experimentos feitos em campos de várias usinas, a exemplo da Monte Alegre e Miriri, na Paraíba, e Cucaú e Estivas, em Pernambuco, que comprovam a eficácia do uso do Fast Resulte a superioridade de resultados comparado a9o uso de outros produtos. Ele também apresentou detalhes de uma campanha de vendas que tem, entre outras vantagens, a possibilidade de prazo médio de pagamento de produtos de 120 dias, mas com pedidos feitos até o dia 30 de novembro.

O agrônomo da COAF, Geraldo Barros, fez uma breve explanação, reforçando a importância do uso adequado e correto dos produtos disponíveis no mercado, enaltecendo que a busca pela longevidade do canavial será sempre mais assertiva que a renovação. “Os altos custos que a renovação requer sempre serão muito maiores”, enfatizou ele.

E, finalizando o evento, o agrônomo Luis Augusto, do DETEC da Asplan, reforçou a importância de momentos como esse. “Primeiro quero agradecer a todos que participaram deste evento técnico e nos trouxeram informações relevantes sobre produtividade e rentabilidade na agricultura, especialmente, da cultura da cana-de-açúcar, ampliando os nossos conhecimentos e lembrar que os produtos precisam ser testados e nós vamos acompanhar os resultados para poder repassar as informações aos associados da Asplan”, disse Luis. O diretor técnico do DETEC, Neto Siqueira e o primeiro vice-presidente da Asplan, Pedro Neto, que prestigiaram o momento, avaliaram como muito proveitoso o compartilhamento de informações sobre manejos, tecnologias e experimentos.

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A safra 21/22 foi dramática e a perspectiva para 22/23 é de positividade, mas, com margens mais achatadas afirma João Rosa

“A safra 2021/22 foi dramática, com um nível de utilização de capacidade instalada caindo de 90% para 75%, deixando ¼ das indústrias ociosas por falta de cana-de-açúcar, com impactos consideráveis nos custos de produção em torno de 40%. A safra 2022/23 deve ser mais positiva, mas com margens mais achatadas”. Essa afirmação foi feita pelo gestor do Pecege Projetos e Consultoria, João Rosa, durante a palestra ‘Gestão de Custos Sucroenergéticos: análise das safras 21/22 e 22/23’, proferida na sede da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), nesta quarta-feira (19), em João Pessoa. O evento foi uma realização do Departamento Técnico (DETEC) da entidade, com apoio das empresas Crop e da Fertilizantes Yara Brasil.

O estudo que balizou o achado destes dados foi feito com um universo de 58 grupos agroindustriais, representantes de 116 unidades em diversos locais do país e encontra-se na fase de consolidação. Os resultados finais, segundo João Rosa, serão divulgados no dia 17 de novembro, durante um evento online. De acordo com o levantamento, a diferença dos custos de produção entre as regiões Sul/Sudeste e Nordeste não foram relevantes nesta safra e estão quase que praticamente igualados. Dados preliminares levantados pelo Pecege e apresentados por João Rosa aos produtores paraibanos mostram que os custos de produção de cana na safra 21/22, no Nordeste, ficou em 147, enquanto que no Centro/Sul ficou em 148. Na preparação do solo, por exemplo, enquanto no Centro/Sul foi de 2.749, no Nordeste o resultado preliminar aponta um valor de 2.187. No investimento do plantio por hectare, a diferença é ainda menor ficando em 6.977 no Centro/Sul e 6.794 no Nordeste.

Comparando os valores de referência dos dados das safras 20/21 com a 21/22, os custos operacionais de produção de cana por tonelada aumentou de 103 para 148. O estudo mostra ainda que na safra 21/22 o custo que mais pesou na produção de cana em relação à formação do canavial foi o da operação, respondendo por 51%, seguido dos custos com mudas (21%) e fertilizantes (14%). Nos tratos com soca, o custo com a operação também foi o que mais pesou, respondendo por 44%, seguido de fertilizantes (31%) e fungicidas (21,1%).

Sobre as perspectivas apontadas, a Pecege trabalha para a safra 22/23 com um valor para formação do canavial entre 13 a 20 mil, de tratos com cana soca, de  3,5 a 6 mil, de um custo operacional em R$/tonelada de 160 a 170, com uma produtividade/TCH de 75, uma ATR de 136 e com uma perspectiva de moagem de 543 milhões de toneladas. Em relação ao custo x preço, o gestor do Pecege lembrou que na safra 21/22 o custo se elevou e o preço se elevou ainda mais e que a perspectiva na safra 22/23 é que o custo aumente e o preço, por sua vez, lateralize/caia.

“A grande questão é não focar na quantidade de cana produzida, mas no ATR por hectare alcançado e lembrar que a cana tem ciclos de oscilação históricos para cima e para baixo e que para se manter com equilíbrio no mercado é preciso fazer um planejamento de cinco anos para frente”, disse João Rosa, lembrando que o produtor ao invés de querer atingir três dígitos de TCH, precisa focar nos dois dígitos de TAH e não deve confundir produtividade com ‘produtivaidade’ e que o custo em R$/ha, no geral, pouco tem a dizer.

No final da palestra, o diretor técnico do DETEC, Neto Siqueira, agradeceu a participação do representante da Pecege e reiterou a importância do produtor se planejar previamente e estar atento ao bom uso da tecnologia e das ferramentas disponíveis para melhorar sua lavoura e seus resultados. “Essa será uma safra técnica e daqui em diante quem não acompanhar a evolução tecnológica, as práticas modernas de produção, nutrição, etc, não vai conseguir resultados satisfatórios”, afirmou Neto, lembrando que o DETEC da Asplan está à disposição dos associados para orientações, apoio técnico e suporte no que o produtor precisar. No final da palestra, os presentes participaram de um almoço na sede da Asplan.

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