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Paraíba começa na próxima segunda-feira a moer safra 2022/2023 de cana-de-açúcar

A partir da próxima segunda-feira (18) começa a moagem da safra 2022/2023 de cana-de-açúcar na Paraíba. A primeira indústria a começar a processar a matéria-prima, que dá origem ao álcool ou açúcar, será a Japungu, localizada em Santa Rita. A Tabu, que fica em Caaporã, deve ser a segunda unidade industrial a começar a moagem, iniciando os trabalhos na quarta-feira (20) e a Giasa, instalada em Pedras de Fogo, tem previsão de iniciar a moagem no dia 26 de julho. As demais unidades sucroenergéticas paraibanas – Monte Alegre, Miriri, Agroval e De Pádua – devem iniciar a moagem em agosto.

Como neste primeiro momento as indústrias normalmente moem apenas cana própria, o trabalho dos agentes tecnológicos da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) só vai começar em agosto. O Coordenador de Fiscalização da Associação, Edvan Silva, explica que a equipe que vai atuar nas usinas paraibanas vai passar por um treinamento, entre os dias 25 e 29 deste mês, e iniciarão o trabalho de acompanhamento na primeira quinzena de agosto. “Nossa fiscalização atua 24h, todos os dias da semana, durante toda a safra. Para tanto, contaremos com o apoio de uma equipe de 15 fiscais, um coletor de amostras e um laboratorista, além da coordenação dos trabalhos, que é feita por mim”, destaca Edvan. Ele lembra que a fiscalização feita pela equipe diz respeito especificamente a questão do ATR. “Esse é um trabalho de parceria com as indústrias já que fazemos parte da mesma cadeia produtiva”, reitera Edvan.

 

Sobre a safra passada

A produção de cana-de-açúcar na Paraíba na safra 2021/2022 atingiu um volume de 5.687.959 toneladas de cana moída, que se transformaram em 120.856 toneladas de açúcar e 354.232 metros cúbicos de álcool. Do volume total de cana produzido na safra passada, 39% foram de matéria-prima própria de indústrias, o equivalente a 2.204.221 toneladas de cana e 61% de cana fornecida por produtores, num total de 3.483.738 toneladas. A produção de açúcar foi dividida em 98.603 toneladas de Cristal, 19.702 de VHP e 2.551 toneladas de açúcar Demerara. Do volume total de álcool, 223.294 metros cúbicos foram de Anidro e 130.930 de Álcool Hidratado. O setor canavieiro paraibano é o que mais emprega no campo atingindo um volume de cerca de 40 mil trabalhadores em épocas de safra.

 

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Livro sobre a história da produção canavieira de Pernambuco será lançado no próximo dia 18 na sede da AFCP

No Brasil, o plantio da cana-de-açúcar se iniciou em São Vicente, no ano de 1532, trazida da Ilha da Madeira, por Martim Afonso de Souza. Foi em Pernambuco, porém, que ela floresceu, encontrando condições ideais para seu desenvolvimento nas terras úmidas em massapê. Pernambuco era a capitania mais rica, tinha as maiores fazendas e era a mais poderosa. Desse estado saiu a maior produção de açúcar do mundo. De 1500 até hoje, muitas questões aconteceram em torno do cultivo da cana-de-açúcar e Pernambuco sempre esteve presente e se destacou nesse universo canavieiro. E quem quiser saber um pouquinho mais sobre essa questão tem uma excelente oportunidade no próximo dia 18, quando será lançado o livro “Cana-de-Açúcar em Pernambuco – o que você já sabe e que vai saber agora”.

A obra, escrita pelos engenheiros agrônomos Marcos Aurélio Cavalcante dos Santos e Benon José de Barros Barreto, será lançada na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, no bairro da Imbiribeira, em Recife, a partir das 17h. Editado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), o livro é dividido em 17 capítulos que abordam desde a origem da matéria-prima até sua chegada ao solo pernambucano, com dados sobre produção rural, processamento, caráter econômico, topografia, questões climáticas, melhoramento genético, preços, variedades, além de histórias e curiosidades sobre o setor.

“Com mais de 60 anos de prática e vivencias neste universo canavieiro, sou um entusiasta da cana-de-açúcar, essa cultura que atravessou séculos e se mantém altiva e pujante não apenas no Nordeste, onde tem uma expressiva participação econômica e social, mas em várias partes do país e em Pernambuco encontrou local propício para se desenvolver e é sobre isso que o livro trata”, afirma Benon Barreto, que aos 86 anos ainda se mantém ativo, vivendo e produzindo em meio ao universo que ajudou a perpetuar com sua obra. “Longe de ser uma tese, mas, sim, uma pesquisa repleta de sutilezas, feita por quem vive o setor na prática, esse é um trabalho que mapeia pontos esclarecedores”, complementa Marcos Aurélio.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, o lançamento do livro é um evento muito importante, tanto pelo conteúdo da obra, quanto pelos autores do livro. “Dr. Benon e Marco Aurélio têm história e bagagem no universo canavieiro, de forma que a expectativa é de ter um bom material bibliográfico e de boa referência sobre nosso setor”, afirmou o dirigente canavieiro que vai prestigiar o lançamento do livro junto com vários produtores da Paraíba. “Estaremos lá prestigiando esse momento único”, finalizou José Inácio.

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Paraíba tem discreta redução de produção de cana-de-açúcar e fecha safra 2021/22 com um volume de 5.687,959 toneladas de cana moída

A produção de cana-de-açúcar na Paraíba na safra 2021/2022 atingiu um volume de 5.687.959 toneladas de cana moída, que se transformaram em 120.856 toneladas de açúcar e 354.232 metros cúbicos de álcool. Em relação à safra passada, a produção canavieira teve um decréscimo de apenas 5%. Do volume total de cana produzido, 39% são de matéria-prima própria de indústrias e 61% de cana fornecida por produtores. Esses dados são referentes ao somatório de cana de fornecedores ligados a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) ao volume dos acionistas de indústrias sucroalcooleiras locais. Na safra passada (2020/2021) a produção paraibana ficou em 6.080.490 toneladas de cana, enquanto a de 2019/2020 fechou em 6.059.540 toneladas.

Das 5.687.959 milhões de toneladas de cana processada na atual safra, nas sete indústrias da Paraíba, os fornecedores ligados a Asplan responderam pelo volume de 3.483.738 toneladas, sendo a outra parte da produção – 2.204.221 –  correspondente à cana própria de usinas. Todas as sete unidades industriais moeram cana de fornecedores paraibanos nesta safra. Outras duas unidades fora da Paraíba também absorveram a produção local que foram a Olho D’água, em Camutanga (PE) e Baia Formosa, em Baia Formosa (RN). A produção de açúcar foi dividida em 98.603 toneladas de Cristal, 19.702 de VHP e 2.551 toneladas de açúcar Demerara.  Do volume total de álcool,  223.294 metros cúbicos foram de Anidro e 130.930 de Álcool Hidratado.

“Essa safra foi marcada pelo aumento do preço da tonelada de cana, que começou com R$ 165,75 e se manteve, numa média de R$ 172,68, finalizando com R$ 181,98, mas, esse aumento foi anulado com aumento dos custos com insumos agrícolas, alguns deles chegando até a dobrar de preço, outros aumentaram 30% ou 40%, anulando essa lucratividade, mas, mesmo assim a Paraíba vem conseguindo manter a média de produção de cana-de-açúcar nas últimas safras”, argumenta o presidente da Asplan, José Inácio de Morais. José Inácio lembra que a destinação de cana produzida na Paraíba para usinas de PE e RN não estão contabilizadas como safra na Paraíba, o que evidencia que a produção no Estado pode ter sido um pouco maior que 5,6 milhões de toneladas.

Mas, apesar de a safra 2021/2022 ter tido uma remuneração melhor, com uma média de R$ 172,68 por tonelada de cana, na Paraíba houve uma perda de produtividade por parte dos fornecedores, de cerca de 15%, em média, o que comprometeu a lucratividade. “O volume de chuvas não foi o esperado e isso afetou diretamente a produtividade. Em regiões como Sapé, Itapororoca, Sobrado, Cuité de Mamanguape e Capim, por exemplo, a redução de chuvas foi de 30%. Além disso, a quantidade de ATR também caiu, pois na safra anterior, o ATR médio, foi 133 e nesta safra  ficou em 130, caindo três quilos por tonelada de cana, além da alta dos insumos e dos combustíveis impactou negativamente na lucratividade dos produtores”, reitera José Inácio.

O diretor do Departamento Técnico da Asplan (DETEC), Neto Siqueira, explica que embora a safra tenha tido uma discreta redução de volume de produção em relação a anterior, na questão produtividade, os fornecedores tiveram um grande impacto negativo. “Essa redução média de 15% na produtividade, representa um decréscimo de cerca de oito toneladas de cana por hectare, o que significa muito no computo geral da safra. O fornecedor não tem tanta irrigação quanto necessitaria ter e não dispõe de outros mecanismos que possibilitam um aumento de produtividade, diferente das indústrias que usam vários outros recursos para conseguir aumentar sua produtividade”, reitera Neto, reforçando que o aumento do preço da tonelada de cana nessa safra, teve o contraponto do aumento dos custos de produção, uma coisa anulando a outra e que essa safra também ficou marcada pela ampliação da utilização de ativos biológicos tanto por fornecedores, quanto pelas usinas.

Classificação do produtor

Para efeito de classificação do produtor canavieiro paraibano, denomina-se como micro produtor quem produz até 1000 toneladas/safra. Os classificados como pequenos produzem entre 1000 e 5 mil toneladas. Os médios se classificam entre quem produz de 5 a 10 mil toneladas, enquanto que é considerado grande produtor quem fornece acima de 10 mil toneladas. Na Paraíba, 66,44% dos fornecedores de cana associados da Asplan são considerados micro produtores. Os pequenos representam 22,40% do universo de produtores canavieiros, enquanto que os médios correspondem a 5,43% e os grandes a 5,72% do universo total de fornecedores ligados à Asplan. A safra 2021/2022 começou em julho do ano passado e foi encerrada em abril último, mas os dados consolidados só foram divulgados recentemente.

Fotos: Walmar Pessoa e News Comunicação

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