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José Inácio de Morais é reconduzido ao cargo de presidente da Asplan para o triênio 2021-2023 por aclamação

O atual presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, foi reconduzido para mais um mandato à frente da entidade. Na manhã desta sexta-feira (09), no auditório da entidade, foi feita a eleição e, em seguida, a posse dos novos dirigentes da Associação. Na presença de fornecedores associados, José Inácio foi aclamado junto aos membros da também da nova diretoria e responderá pela presidência por mais três anos (triênio 2021-2023). Na oportunidade, o dirigente agradeceu a confiança e falou dos novos desafios que o setor deve enfrentar nos próximos anos.

Segundo José Inácio, um dos desafios e fazer com que os produtores de cana tenham acesso aos créditos de carbono do RenovaBio, Programa Nacional dos Biocombustíveis, hoje restrito apenas aos industrias. “Nós, produtores, devemos ter acesso ao crédito financeiro do CBios. Não é sensato, ne justo deixar os produtores as margens deste ganho, já que a liberação de carbono tem início no próprio desenvolvimento da planta. Essa é uma questão de justiça. Se o benefício do sequestro de carbono tem início no campo, com as boas práticas, o fornecedor deve ter acesso a esse crédito. Queremos nossa parte e vamos lutar para conseguir”, disse o presidente.

José Inácio também destacou os desafios de incentivar os fornecedores para que invistam em sua produtividade. Essa, inclusive, é uma prática permanente da Asplan e que vai continuar durante seu próximo mandato. “Hoje a concorrência não está apenas no centro-sul, temos também o etanol americano”, comentou o presidente, frisando que o Departamento Técnico da Asplan (Detec) avançou muito nos últimos anos. “Neto Siqueira, que é nosso Diretor Técnico, está de parabéns”, disse ele, finalizando seu discurso falando do orgulho que sente ao representar a categoria. “Tenho orgulho também de dizer que aqui não existe disputa e sim unidade no trabalho realizado em prol dos associados. Obrigada pela confiança”, concluiu ele, que preside vai para seu terceiro mandato à frente da entidade.

E é essa unidade, aliada à sua experiência no setor canavieiro que leva o fornecedor Gabriel Rangel e apoiar José Inácio. “Para mim, que sou novo no segmento porque era meu avô que estava à frente dos negócios da família, é extremamente importante ter um presidente experiente lutando pelos nossos interesses. Ele mostra a que veio pela experiência e por conseguir unir todos diante dos desafios”, afirmou Gabriel.

O Diretor da Asplan, Oscar Gouvêa também ressaltou a experiência de José Inácio durante seu discurso, sendo, inclusive, bastante aplaudido quando se colocou não como um dos dirigentes da entidade, mas como fornecedor. “A gente tem muita sorte de contar com José Inácio porque ele é inteligente e tem contribuído para o sucesso de todo o setor. Agradeço por tudo que ele tem feito, pela sua dedicação, a exemplo da Cooperativa que ele ajudou a criar. Receba, do fornecedor e não do dirigente, toda a minha confiança”, frisou Oscar.

Com uma chapa democrática, composta por “velha guarda” e nova geração, a fornecedora, Ana Cláudia Santana, que está como 2ª vice-diretora secretária, também despontou como representante feminina no grupo. “Fico honrada e feliz por aqui representar a mulher em um segmento por tanto tempo majoritariamente masculino”, afirmou a fornecedora. Sua mãe, dona Rosa de Lourdes de Santana, que também esteve no evento prestigiando a cerimônia, frisou o seu apoio à recondução do presidente ao cargo. “A experiência dele conta muito para todos nós”.

Além do presidente que foi reconduzido ao cargo, também foram empossados Pedro Campos Neto (1º Vice-presidente); Raimundo Nonato Siqueira (2º vice-presidente); Eduardo Rabelo (Diretor Secretário);Frederico Madruga (1º Vice-diretor secretário); Ana Cláudia Santana (2ª vice-diretora secretária); Oscar de Gouvêa (Diretor Administrativo e Financeiro); Carlos Hein (1º vice-diretor administrativo e financeiro); Francisco Cleanto (2º vice-diretor administrativo e financeiro);Francisco Siqueira Neto (Diretor Técnico); e Alexandre Furtado Honório (vice-diretor técnico). Também assumiram os membros do Conselho Fiscal: Jorge da Costa (efetivo); Paulo Roberto Campos Filho (efetivo); e Hugo Malta de Resende Júnior (efetivo), bem como os suplentes e todo o conselho de representantes.

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Asplan realiza visita técnica na usina Vale Verde em Baía Formosa e constata eficácia no uso de controladores biológicos

A usina Vale Verde, localizada em Baía Formosa, é uma das unidades industriais que utilizam controladores biológicos no combate a pragas que atacam canaviais. Na semana passada, o biólogo da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Roberto Balbino realizou uma visita técnica para avaliar vários talhões de produção tanto na cana planta, quanto de soca, constatando assim a eficácia do uso de insumos biológicos, principalmente, no combate a Diatraea que é combatida pela Cotesia flavipes (Vespas). “Constatamos, in loco, que esse insumo biológico, produzido na estação de Camaratuba, de fato, tem combatido com sucesso e sem agredir o meio ambiente a Diatraea”, afirmou o biológo.

Nas avaliações in loco, Roberto frisou a importância do monitoramento precoce da lavoura para identificar o ataque da Diatraea e logo fazer o manejo adequado para o controle. “Essas visitas técnicas em campo, para avaliar as condições de levantamento e liberação são importantes, pois tornam o controle de pragas com a utilização dos insumos, mais preciso”, afirma o biólogo da Asplan.

De acordo com o coordenador do Departamento Técnico da Asplan (Detec), o engenheiro agrônomo, Luis Augusto, a procura para produção de cana-de-açúcar com baixo impacto ambiental e a parceria existente há vários anos entre a Vale Verde e a Asplan para o fornecimento de insumos biológicos, mostra o quanto é importante o trabalho desenvolvido em Camaratuba. “Constatamos a eficácia do combate as pragas e conseguimos achar brocas parasitadas por Cotesia, que é o nosso controlador biológico. Isso é muito gratificante, pois confirma a qualidade da nossa Cotesia e o nosso compromisso com os nossos parceiros de que o nosso controlador é eficiente, contribuindo há décadas com a produção sustentável de cana não apenas na Paraíba, mas, na região Nordeste”, reforça Luis.

Sobre a Estação

A Estação Experimental de Camaratuba é mantida pela Asplan, através de convênios com o Ministério da Agricultura, Instituto Nacional de Meteorologia e Secretaria de Agricultura da Paraíba. Nos dois laboratórios da Estação são produzidos dois insumos biológicos capazes de controlar duas das principais pragas que atacam os canaviais: a Broca Comum e a Cigarrinha da Folha: Cotesia flavipes (Vespas) e Metahizium anisopliae (Fungo), Os insumos produzidos na Estação são registrados e aprovados para uso da agricultura orgânica e distribuídos, gratuitamente, para os produtores de cana associados e ainda vendidos no mercado paraibano, pernambucano e do Rio Grande do Norte.

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Cooperados da CooafSul decidem iniciar moagem mesmo com negativa de crédito fiscal do Governo

Terceira usina pernambucana a ser revitalizada e retomar as operações graças a iniciativa conjunta de produtores de cana-de-açúcar cooperados, a CooafSul, antiga Estreliana, localizada em Ribeirão, Zona da Mata Sul do Estado, decidiu, mesmo após negativa de crédito fiscal da Sefaz, iniciar a moagem da safra. O apoio de deputados estaduais ao pleito da cooperativa, garantido em sessão plenária realizada nessa terça-feira (22), e a recente autorização da ANP para que a indústria possa produzir e negociar etanol, foram decisivos para que a operação fosse iniciada mesmo sem ter assegurado o crédito presumido definido em lei, que permite uma concessão fiscal de 18,5% para CooafSul. “Não entendemos essa negativa, já que outras usinas cooperativistas que funcionam nos mesmos moldes da CooafSul  – a Coaf e a Agrocan – têm esses benefícios”, argumenta o presidente da AFCP, Alexandre Lima, confiante que o governo reavaliará essa decisão.

O presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), José Inácio de Morais, elogiou a decisão da CooafSul começar a moer e reitera a força do sistema cooperativado. “Nós já temos dois exemplos de sucesso em Pernambuco com indústrias que estavam fechadas e voltaram a produzir e que estão fazendo a diferença no mercado surcroenergético não apenas de Pernambuco, mas do Nordeste, porque os reflexos positivos destes empreendimentos de sucesso repercutem além fronteiras. Eu não tenho dúvidas de que a CooafSul vai ser também um sucesso e tenho esperança que o governo pernambucano reveja essa decisão absurda e descabida de negar os benefícios de isenção fiscal que a cooperativa tem direito”, disse José Inácio, desejando que a CooafSul tenha êxito em sua trajetória.

A usina cooperada foi concebida graças a união de 629 fornecedores de cana da Mata Sul e tem capacidade para gerar e manter 2,7 mil empregos e destinar em forma de imposto, via ICMS, R$ 9,5 milhões com a produção de etanol. Durante a sessão da Alepe, o deputado Antônio Moraes lembrou que o crédito fiscal para a cooperativa tem sido benéfico, inclusive, para estimular a produção de cana dos produtores de assentamentos rurais pernambucanos, como do Miguel Arraes, na área onde ficava as terras da usina Catende. “Hoje, os assentados produzem 200 mil toneladas de cana para a Agrocan. Antes da reativação da usina, eles só produziam 20 mil toneladas”, destacou o parlamentar.

O deputado Clovis Paiva, presidente da Comissão do Setor Sucroalcooleiro da Alepe, disse que acredita que o governador Paulo Câmara achará a solução para a Estreliana. “Somos da base de apoio do governo, mas estamos solidários ao setor e esperamos que o governador garanta este crédito para CooafSul poder tocar a usina cooperativista pelos próximos 10 anos”, reiterou ele. Já o deputado Henrique Queiroz Filho lembrou que a cana em Pernambuco é social, dado o grande volume de emprego e renda que gera às famílias da Zona da Mata, mas, também é lucrativa para os cofres do estado, dado os recursos gerados com ICMS. Ele citou o exemplo da Coaf e Agrocan. “Elas empregam cerca de 8 mil pessoas e já geraram R$ 61 milhões em ICMS para o Estado através da produção de etanol, que é mais rentável em tributos para Pernambuco”, disse o deputado.

O presidente da CooafSul, José Carlos César, está otimista em relação a uma mudança de postura do governo Paulo Câmara. “Vamos dar esse voto de confiança ao Poder Legislativo e ao governo, afinal, o governador Paulo Câmara foi o criador dessas leis em defesa do cooperativismo de usinas através dos produtores de cana, como fez com a Coaf e com a Agrocan. Vamos iniciar a moagem da Estreliana, na esperança de que o governo revisará a questão em favor de todos os envolvidos nesta grande cadeira produtiva e benéfica para Pernambuco”, informou José Carlos.

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