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Custo do etanol no Brasil ainda é o mais baixo do mundo

Custo do etanol no Brasil ainda é o mais baixo do mundo

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preco baixoMesmo assim, o Governo Federal não incentiva efetivamente sua produção

Segundo dados da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) publicados pelo Valor On Line, o Brasil continua a ter o menor custo de produção de etanol em grande escala do mundo. No Brasil, a produção de um litro de etanol custa cerca de US$ 0,18, enquanto que em países desenvolvidos pode variar de US$ 0,20 a US$ 1,38. Na China esse custo varia entre US$ 0,28 a US$ 0,46 e na Índia pode chegar a US$ 0,44. Em meio a isso, o comércio de etanol também tende a crescer em boa parte no fluxo entre Estados Unidos da América – EUA e Brasil. Os americanos poderão importar 14,6 bilhões de litros de etanol, sobretudo do Brasil, até 2022.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, se o custo já é um dos baixos do mundo, o que falta é incentivo para a produção interna. “Há mercado para a produção do combustível dentro e fora do país, o que falta é o Governo Federal perceber isso, levar a sério e incentivar o produtor e a indústria nacional com uma política que fortaleça o setor sucroenergético”, defendeu o dirigente, lembrando que parte do setor hoje depende de ações pontuais como a subvenção econômica do governo para repor perdas e sobreviver.

Ainda segundo a Unctad, o etanol agora representa 1% do uso global de energia, em um contexto marcado pelo uso de tecnologia de segunda geração, preocupações sobre as mudanças climáticas e pressões econômicas desenhando o futuro desse segmento. Nos últimos anos, os EUA se tornaram o maior país produtor de etanol do mundo, em parte por causa da redução da oferta do biocombustível feito a partir da cana no Brasil. A agência projeta avanço de 70% da produção global até 2022. Nesse horizonte, os três maiores produtores serão os Estados Unidos, com fatia de 48%, o Brasil (28%) e a União Europeia (7%). “O Brasil ainda poderia ficar com uma fatia maior desse mercado, se tivesse incentivos”, rebateu Murilo Paraíso.