Equipe do PECEGE/CNA esteve na Asplan para fazer novo levantamento de custos de produção de cana

Equipe do PECEGE/CNA esteve na Asplan para fazer novo levantamento de custos de produção de cana

Estudo avalia custos de produção e remuneração a fim de  fortalecer o acesso dos produtores a mecanismos que melhorem a gestão dos negócios e riscos da atividade

Representantes do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) estiveram nesta terça-feira (07), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), para colher dados e informações sobre custos de produção da cana-de-açúcar no estado. O levantamento, feito com apoio de representantes do Departamento Técnico da Asplan, tem a finalidade de constituir um sistema de produção adequado para todas as regiões do país, com a montagem de planilha de custos e receita mais representativa dos produtores de cada localidade. Nesta quarta-feira (08) e no próximo dia 10, a equipe de técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Companhia Brasileira de Custos Agropecuários (CBCA) e da PECEGE vão estar em Recife e Maceió, respectivamente, coletando os dados destes estados que, junto com a Paraíba, formam o painel da região produtiva do Nordeste alvo do projeto Campo Futuro. O último estudo na região ocorreu em 2013.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, explica que para tentar equilibrar receita e despesa, o produtor canavieiro do Nordeste em função, principalmente, da pior seca que atingiu a região nos últimos 40 anos, diminuiu o uso de tecnologias e inclusive diversificou a lavoura. “O custo de produção aumentou muito e a remuneração da matéria-prima não teve o mesmo avanço. A seca comprometeu muito o nosso negócio. No ano passado, até que os preços melhoraram um pouco, mas ainda ficaram abaixo dos nossos investimentos”, disse Murilo.

E é justamente para melhor subsidiar os produtores e promover a reversão da baixa produtividade e baixa rentabilidade nos negócios, que o projeto Campo Futuro atua, explica o assessor técnico da CNA, Rogério Avellar, que integra a equipe que está fazendo o levantamento de dados na PB, PE e AL junto com a representante da PECEGE, Débora Planello e o diretor da CBCA, João Rosa. A planilha elaborada por um programa específico, a partir das informações coletadas com os produtores, explica João Rosa, engloba todos os custos de produção, desde o preparo do solo, até a colheita, incluindo custos com mão de obra, insumos, etc.

“Os dados coletados durante esse trabalho de campo, é feito por outras equipes e em outras regiões do país, a partir de 15 painéis, o PECEGE disponibilizará através de um relatório completo, ou seja, um banco de dados do setor agropecuário, que inclui outras atividades além da cultura da cana-de-açúcar, cujo conteúdo traz informações estratégicas para a tomada de decisões”, afirma João Rosa. Antes da conclusão deste trabalho, no dia 26 de maio, em Recife, a PECEGE vai realizar um evento, denominado Expedição,  para debater o levantamento dos dados da região Nordeste. O debate, de acordo com Débora Planello, é gratuito e aberto ao público e as inscrições já estão abertas no endereço www.bit.ly/expedicao-guia-custos2017.

Sobre o PECEGE

O Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas – PECEGE, vinculado à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ da Universidade de São Paulo – USP, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA tem o objetivo de pesquisar e apresentar, de forma detalhada, os custos agroindustriais do setor produtivo. Os dados são coletados nacionalmente e agregados em três regiões: Centro-Sul Tradicional (SP e PR), Centro-Sul Expansão (MG, GO, MS e MT) e Nordeste (AL, PE, PB). Os resultados dos levantamentos contendo o detalhamento tecnológico, indicadores de produção, níveis de preços e evolução desses fatores são enviados para as entidades e também poderão ser acessados através do Portal de Informações Sucroenergéticas do PECEGE, disponível em www.pecege.esalq.usp.br/porta. Os levantamentos de custos, no que diz respeito à atividade canavieira, são feitos em usinas, associações de fornecedores de cana-de-açúcar, sindicatos, federações, fabricantes de equipamentos, centros de pesquisa, fornecedores de insumos e financiadores desses estudos.