Exames admissionais para a safra 2019/2020 começam já neste mês de julho

Exames admissionais para a safra 2019/2020 começam já neste mês de julho

Com o intuito de evidenciar o estado de saúde físico e mental de um futuro funcionário, o exame admissional é indispensável. Embora seja um exame médico simples, ele é obrigatório e requerido por empresas antes de consolidar a contratação de seus empregados com carteira assinada. Assim, a Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) também disponibiliza a seus associados o serviço, tendo em vista as contratações temporárias para o corte de cana a ser iniciado agora no segundo semestre do ano, para a safra 2019/2020. A safra na Paraíba, terceiro maior produtor de cana-de-açúcar no Nordeste, deve ser iniciada em agosto.

Os exames admissionais começarão a ser feitos no final de julho. Cerca de 80% desses exames são realizados nas próprias fazendas, visto que o trabalhador geralmente reside nas proximidades da propriedade. Um cronograma de visitas é montado pela Asplan, que organiza os dias e horários para que o médico do trabalho esteja nas propriedades dos associados realizando os exames.

O médico do trabalho, Dr. Tarcísio Campos, é o profissional que está à frente desse serviço na Asplan. Ele destaca que não é só a qualificação profissional que precisa ser levada em consideração na hora da contratação. A saúde do futuro funcionário também precisa ser avaliada e monitorada para garantir a integridade e a qualidade do trabalho realizado. Os exames admissionais, bem como os demissionais, estão estabelecidos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e funcionam como uma espécie de proteção tanto para empregados como para empregadores.

“Esse é um exame importante porque precisamos verificar se o funcionário está bem para exercer a atividade que ele se propõe. O corte da cana, por exemplo, é uma atividade que demanda força. Se a pessoa tiver hérnia de disco, por exemplo, não se adequa a função. Não podemos contratar pessoas com doenças existentes que possam colocar em risco a saúde dele e comprometer também o trabalho a ser desempenhado”, explicou Dr. Tarcísio Campos.

O médico destacou que no caso do trabalhador rural, em especial o que atua no corte da cana, doenças na coluna ou doenças de pele são muito perigosas. “No caso da doença de pele, um dos riscos da atividade é justamente a irradiação solar. Embora usem Equipamentos de Proteção Individual – EPI, inclusive protetores, o sol no Nordeste é forte e não se pode brincar com isso”, frisou o médico, lembrando também que para funções como tratorista, empilhadistas, entre outras que operam máquinas, exames complementarem podem ser solicitados como a audiometria, exame oftalmológico e eletrocardiograma. Os associados que se interessar, é só procurar a Asplan para incluir a sua propriedade no cronograma de visitas do médico do trabalho. O serviço é gratuito para os produtores associados.