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Fogo de dia em canaviais paraibanos é criminoso e não tem a participação de produtores nem de industriais locais

Fogo de dia em canaviais paraibanos é criminoso e não tem a participação de produtores nem de industriais locais

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nergisaAs queimadas foram pauta de uma reunião entre representantes da Energisa, da Asplan e do Sindálcool nesta quinta-feira (09)

Representantes da Energisa, do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool (Sindalcool) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) reuniram-se nesta quinta-feira (10) para debaterem a questão das queimadas nos canaviais paraibanos. Durante o encontro, o grupo comprovou que o fogo realizado durante o dia e passível de atingir as redes de alta tensão é criminoso e feito por pessoas não qualificadas, que não tem ligação com os produtores nem com as indústrias sucroenergéticas locais.

Segundo as informações apresentadas, os danos à rede elétrica por causa das queimadas  têm acontecido principalmente no período que vai de outubro a fevereiro – época mais seca do ano – durante o dia e nos finais de semana, o que comprova a intenção criminosa, visto que não há fogo programado para corte de cana nesse horário e dias.

De acordo com o diretor da Asplan, Oscar de Gouvêa, que participou da reunião junto com o presidente da Associação, Murilo Paraíso, os produtores e industriais não realizam queimadas que não sejam programas e com amplo aparato de segurança, planejamento, além de equipamentos apropriados, como carros-pipa. “Nós só realizamos queimadas programadas, sempre no período noturno onde os ventos são bem menores, com equipamentos apropriados, com carros-pipa, tratores e pessoal de apoio e sempre protegendo as linhas de alta tensão”, afirma o dirigente da Asplan. Ainda segundo ele, o fogo feito de dia é sempre criminoso e ilegal e de difícil controle.

“Nós desconhecemos quem faz isso e porque motivo”,  destacou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso. Ele lembra que fogo sem programação é prejuízo certo atingindo diretamente o valor da tonelada de cana, uma vez que compromete o ATR, ou seja, os açúcares a serem recuperados.

A reunião aconteceu na sede da Energisa, em João Pessoa e contou ainda com a participação do diretor presidente da Energisa Paraíba, André Theobald e do presidente executivo do Sindalcool, Edmundo Barbosa, além de executivos da empresa de concessão de energia da Paraíba.