O “novo” Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) deverá ser regulamentado até novembro e a partir de janeiro de 2015 poderá novamente se tornar a principal fonte de financiamento de máquinas agrícolas no país. Essa afirmação do ministro da Agricultura, Neri Geller, animou os produtores de cana-de-açúcar da Paraíba que vem nas taxas de juros oferecidas pelo programa um incentivo para aquisição de máquinas agrícolas, principalmente usadas. Hoje, a taxa praticada pelo Moderfrota é de 4,5% ao ano.
Criado em 2000, o Moderfrota perdeu espaço nos últimos anos para o Programa de Sustentação ao Investimento (PSI), administrado pelo BNDES. A pedido da indústria instalada no país, a presidente Dilma anunciou um novo aporte para revitalizar o Moderfrota já nesta safra 2014/15. “Apesar de ser uma boa opção para aquisição de equipamentos, o programa serve basicamente para financiar a aquisição de máquinas usadas. É preciso fortalecê-lo para torná-lo mais atrativo para o produtor”, destaca o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso.
Em entrevista a Imprensa, o ministro Geller disse que o fortalecimento do Moderfrota depende do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN) e que a intenção do Governo é financiar também equipamentos para agricultura de precisão e modelos mais modernos de colheitadeiras. Segundo o ministro, a intenção do governo é apostar no Moderfrota, que é um programa permanente, e não no PSI, que é provisório e tem de ser renovado todos os anos.
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) atestam que de janeiro a julho, as montadoras venderam às revendas 39,3 mil unidades de máquinas agrícolas, 19% menos que em igual período do ano passado.