Não podemos deixar de plantar e renovar os canaviais mesmo na atual conjuntura adverte o dirigente canavieiro e produtor José Inácio

Não podemos deixar de plantar e renovar os canaviais mesmo na atual conjuntura adverte o dirigente canavieiro e produtor José Inácio

A cultura canavieira no Nordeste que, nos últimos sete anos enfrentou momentos difíceis, principalmente, em relação a remuneração paga pela matéria-prima e que tinha boas perspectivas de soerguimento na atual safra, se deparou com as implicações da pandemia, o que ampliou a crise já vivenciada pelo setor nos últimos anos. Mas, mesmo em meio a esse cenário, o produtor canavieiro não pode abrir mão de plantar e renovar seu canavial. Essa ressalva foi reforçada na noite desta segunda-feira (01), pelo presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, em live promovida pela FMC Agrícola com representantes do segmento canavieiro de várias regiões do país.

No início de sua participação na live, José Inácio lembrou que a média de produtividade do produtor nordestino em relação ao do Sudeste sempre foi menor. “A média histórica, por hectare, aqui na região é de 50 toneladas por hectare, enquanto que no Sudeste essa média histórica fica entre 85 e 90 toneladas. Mas, temos conseguindo aumentar essa produtividade para 70 toneladas e temos experiências exitosas com irrigação na região, a exemplo da Japungu, que chega a 110 toneladas”, destacou José Inácio.

Ele também reiterou que o produtor nordestino não está tendo uma remuneração a altura de seu investimento e que estava com uma grande perspectiva de começar a reverter esse quadro negativo na atual safra, mas que a pandemia frustrou essa expectativa. Contudo, ele reforçou a necessidade do produtor não deixar de fazer a renovação de seu canavial. “O ideal é renovar 16.66% da área a cada ano e mesmo em meio a essa crise, não devemos deixar de fazer isso sob pena de no ano que vem o canavial está ainda mais comprometido e necessitar de um investimento ainda maior”, disse ele, lembrando que o produtor precisa diminuir custos, rever processos, eliminar as deficiências, mas não deixar, em nenhuma hipótese, de plantar.

Além de José Inácio, participaram da live promovida pela FMC, Haroldo Torres, da Pecege, Caio Carbonari, da FCA/Unesp e Evandro Piedade, da Associação de Piracicaba. “A dinâmica dos herbicidas no ambiente” foi tema de uma das palestras da liveque teve como temática central “Cenário atual e oportunidades para os fornecedores de cana-de-açúcar”. Durante a transmissão, as apresentações reforçaram a importância do uso correto da tecnologia disponível e dos produtos usados na lavoura com vistas a melhoria da produtividade nos canaviais. A live foi encerrada com uma apresentação do programa Gennesis, da FMC, sobre manejo integrado da cana e com a apresentação da campanha institucional de comunicação da FMC que parte do conceito ‘Onde tem cana tem energia’, destacando a importância do universo canavieiro.