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Paraíba fará estudo pedoclimático para fortalecer políticas públicas voltadas a produção de grãos, cana-de-açúcar e fruticultura

Paraíba fará estudo pedoclimático para fortalecer políticas públicas voltadas a produção de grãos, cana-de-açúcar e fruticultura

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pal01Detalhes do estudo, que deve ser iniciado em sessenta dias, foi dado pelo secretário da SEDAP, Rômulo Montenegro, durante palestra na sede da Asplan, nesta quinta-feira.

O conhecimento das variáveis agroclimáticas de uma região é de fundamental importância para todas as atividades humanas desenvolvidas, principalmente para a agricultura. Foi partindo dessa premissa que o Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, decidiu fazer um estudo que vai fortalecer as políticas públicas voltadas para o incentivo à produção de grãos e forragens, cana-de-açúcar e abacaxi, nas regiões do Agreste e Mata da Paraíba, com foco em um melhor aproveitamento dos recursos hídricos disponíveis oriundos do Eixo Leste da Transposição, mais especificamente na área de influência do Canal das Vertentes Litorâneas Acauã-Arçagi.

O estudo, que será desenvolvido através da formalização de um Termo entre a SEDAP e a Embrapa Solos, com apoio da Emepa e Emparn, foi o principal tema debatido nesta quinta-feira (07), na Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), durante um evento promovido pelo Departamento Técnico (DETEC) da entidade. O secretário da SEDAP, Rômulo Montenegro fez uma palestra sobre o assunto, auxiliado pelo técnico Danielson Lemos, da SEDAP, e pelo representante da Embrapa, José Coelho Filho.

O evento foi aberto pelo vice-presidente da Associação, Raimundo Nonato, que falou da importância do estudo para um planejamento estratégico das culturas na Paraíba. “Atualmente, nós não dispomos de um estudo de viabilidade pedoclimática e o Governo está de parabéns por essa iniciativa que vai possibilitar o fortalecimento e incentivo à produção”, disse Nonato. Ele explicou ainda as ausências do secretário João Azevedo, que seria o outro palestrante do evento, justificando que ele teve que viajar com o governador para compromissos em Brasília e do presidente da Asplan, Murilo Paraíso, que não pôde comparecer porque tinha feito uma cirurgia odontológica.

O secretário Rômulo Montenegro detalhou como será realizado o estudo, falou sobre sua importância e do grande passo que a Paraíba dará com essa iniciativa,  destacou os avanços que o setor agropecuário paraibano teve nos últimos anos e explicou que a utilização racional das águas da Integração do Velho Chico na PB passa, necessariamente, por esse levantamento. “O estudo vai nos subsidiar a utilizar com mais lógica e racionalidade as águas da Integração numa área potencialmente agrícola de 5.138 km², que pode ser irrigável, que compreende  33 municípios e três cadeias produtivas que serão os grãos, cana-de-açúcar e fruticultura”, disse Rômulo Montenegro. Segundo ele, a expectativa na área de grãos, por exemplo, é passar dos atuais 2 mil hectares de cultivo para 10 mil.

Segundo o secretário, o Termo que formalizará a realização do trabalho deverá ser assinado nos próximos 60 dias e o estudo, que vai fornecer uma radiografia técnica do ambiente, nos aspectos de solo, água, vegetação e clima, numa área de 15.700 hectares de terra, deve demorar cerca de 30 meses para ser concluído. Ele está orçado em R$ 1,6 milhão e serão custeados pela Embrapa, que vai arcar com a maior parte dos custos, ou seja, R$ 975,466 mil com um desembolso do governo estadual, através da SEDAP, de R$ 674,575 mil. “O governo está olhando adiante e investindo no futuro, pois esse trabalho que estamos começando só estará concluído daqui a 30 meses e será, de fato, muito importante para o fortalecimento das políticas públicas voltadas à produção em nosso estado”, finalizou o secretário.

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