Presidente da Asplan participa de instalação do comitê do Plano AgroNordeste na PB e faz críticas a exclusão da região do litoral

Presidente da Asplan participa de instalação do comitê do Plano AgroNordeste na PB e faz críticas a exclusão da região do litoral

Região que concentra boa parte da cultura canavieira da Paraíba, além de outras atividades produtivas que geram emprego e renda, a região litorânea do estado ficou de fora do Plano AgroNordeste, que irá contemplar somente 29 municípios do Cariri Oriental e Ocidental. No lançamento do primeiro comitê estadual de coordenação do Plano AgroNordeste, ocorrido na última quarta-feira (09), em João Pessoa, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Moais, fez  críticas à exclusão do Litoral no referido Plano. “O Plano tem bons objetivos, mas peca por deixar de fora uma região que abriga setores produtivos importantes”, disse o dirigente canavieiro.

José Inácio lembrou que, a exemplo do que fez a Sudene, que excluiu o setor canavieiro de suas atividades e investimentos, o Plano AgroNordeste, também comete um pecado ao excluir o Litoral de suas ações. “É no Litoral que se concentra boa parte da cultura canavieira no Nordeste, além de vários arranjos produtivos que geram renda e emprego e que precisam de aporte para se desenvolverem e, erroneamente, essa região fica de fora do Plano. O governo federal volta a errar na estratégia de não fomentar a região litorânea e também a cultura da cana-de-açúcar no Plano, pois esse é o setor que mais emprega e gera renda na região”, destacou o presidente da Asplan.

José Inácio lembrou também que, durante a atuação da Sudene, o setor de cana-de-açúcar não teve apoio nenhum, ficando à margem dos investimentos, mas, mesmo assim sobreviveu a vários governos, se manteve firme e hoje é o setor que mais gera empregos, algo em torno de 35 mil postos de trabalho, na Paraíba, em épocas de safra como agora. “Penso que o governo erra na estratégia de excluir a região litorânea do Plano e contemplar apenas o Cariri Oriental e Ocidental”, reiterou José Inácio, lembrando que não há mais monocultura de cana na região, uma vez que a maior parte dos produtores canavieiros também são agropecuaristas, criam camarão e têm outras atividades. Jose Inácio lembrou ainda que mais de 80% dos produtores associados da Asplan se enquadram no perfil de pequenos e médios produtores, que são alvo do Plano AgroNordeste, mas que boa parte deles ficarão fora do Plano.

Sobre o AgroNordeste na PB  

O comitê estadual de coordenação do Plano AgroNordeste da Paraíba, que foi instalado essa semana, tem a missão de fazer os levantamentos necessários para definição dos projetos que serão desenvolvidos nas regiões contempladas com o Plano, que é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. O diretor geral do programa AgroNordeste na Paraíba é Danilo Forte. Em nível local, o AgroNordeste vai atuar em 29 municípios do Cariri Oriental e Ocidental, que vão contar com a oferta de assistência técnica e gerencial do Senar. A coordenação estadual do AgroNordeste contará com representantes do Senar-PB, Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sebrae e  Embrapa.