Produtores de cana da Paraíba conhecem opções de crédito para investimento e custeio no setor rural da Sicredi

Produtores de cana da Paraíba conhecem opções de crédito para investimento e custeio no setor rural da Sicredi

Qual o produtor que não quer ter acesso a crédito, seja para custeio ou investimentos, com taxas atrativas e prazo para pagar? E se esses recursos vierem atrelados a taxas justas e distribuição de resultados ao final do exercício? Estamos falando de uma instituição sólida, que atua no mercado há mais de 100 anos, tem quatro milhões de associados, está em 22 estados, incluindo a Paraíba, onde está presente em 167 municípios, tem R$ 110 bilhões em ativos e R$ 17,3 bilhões de patrimônio. Essa realidade descrita acima é da Sicredi Evolução, instituição financeira cooperativa, cujos representantes estiveram nesta quinta-feira (12), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), para apresentar suas vantagens do Cooperativismo de Crédito ofertadas para o agronegócio, nas modalidades de Custeio, Investimentos, Comercialização e Industrialização.

O gerente de negócios agro da Sicredi Evolução, Aurélio Pizanot Timm, o gerente de desenvolvimento de negócios, Henrique Lucena e a gerente de negócios, Thalita Medeiros, mostraram aos associados da Asplan as vantagens e opções que o fornecedor de cana terá ao optar pela captação de recursos com a instituição, que tem longo histórico de relacionamento com o agronegócio e é o segundo repassador de crédito agrícola do país, ficando atrás apenas do Banco do Brasil. “Atuamos no mercado cooperativo há 117 anos, temos taxas justas, possibilidade de flexibilização nas operações e respondemos por 20% do mercado de crédito rural paraibano”, afirmou Henrique Lucena.

O presidente da Asplan, José Inácio de Moras, foi quem abriu a reunião dando as boas-vindas para os representantes do Sicredi, lembrando que a entidade já trabalha com outras instituições financeiras, mas, que a Associação não privilegia nenhuma delas e que o potencial dos associados vai além da cana, já que muitos diversificam seus negócios com outras culturas, criação de camarão, de bois, etc. “O importante para a gente é ter relacionamento e linhas de crédito que tenham taxas atrativas, juros baixos, prazo bom e facilidade de consolidação dos projetos”, disse José Inácio. Ele destacou que o Banco do Brasil, até então, é a instituição com mais negócios com o setor, até pela tradição no relacionamento, que o BNB tem taxas muita atrativas, por causa dos recursos subsidiados, mas que por força de normativas que ainda não foram modificadas, não consegue ser muito utilizado pelos produtores e que a Asplan está aberta para todas as instituições que queiram fomentar o agronegócio, especialmente, o setor canavieiro. “Nossa entidade tem 62 anos, a cana tem mais de 400 anos de existência e nós precisamos de recursos”, disse o presidente.

Ainda segundo José Inácio, a reunião foi muito produtiva e serviu para que o produtor tivesse orientações importantes de como pode obter recursos junto à Cooperativa de Crédito e acesso aos seus diversos serviços. Na modalidade do Pronamp, por exemplo, foi explicado que o produtor tem um teto de R$ 1,5 milhão, com uma taxa de 6% para empréstimos e para investimento, um teto de R$ 430 mil, com uma taxa de 7% e uma carência de até três anos, com um prazo de oito anos. Na modalidade ‘Demais Produtores’, para custeio, o Sicredi disponibiliza recursos até R$ 3 milhões por ano agrícola, por beneficiário, com uma taxa de 8%. Para aquisição de insumos, a instituição pratica um prazo maior, de 14 meses, com uma taxa de 0,99%, já para crédito para fomento, o prazo é de 48 meses, com taxas que podem ser mensal (0,89%), semestral (0,95%) e anual (0,99%).

Mas, o que chamou mais atenção na explanação, foi a possibilidade de antecipação de recursos, a partir da alienação da safra, com uma taxa de 0,99%. “Com o aval da indústria, o produtor pega o empréstimo via cooperativa, o Sicredi fica com o direito aos recebíveis e no final da safra, se após a quitação da operação houver saldo a mais, o fornecedor recebe essa diferença”, explicou Aurélio. Uma reunião entre fornecedores e representantes das indústrias ficou de ser agendada para ver de que forma essa operação poderá ser viabilizada, através de um convênio com as usinas.

No final, o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, reiterou que o encontro foi uma excelente oportunidade para o produtor conhecer as linhas da Cooperativa e, a partir daí, ver o que melhor se adequa às suas necessidades, enfatizando que uma grande vantagem da Sicredi é ter agentes de negócios no próprio estado e próximo da realidade do produtor. “Lamentavelmente, o Banco do Brasil que durante muitos anos manteve uma superintendência na Paraíba, agora não tem mais. Agora, está tudo centralizado em Brasília”, disse José Inácio, que a exemplo dos associados presentes ficou entusiasmado com mais uma opção de aporte de recursos para o setor. O diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, sugeriu aos representantes da instituição que estudassem a possibilidade de abrir um posto de serviço no prédio da Asplan. A proposta ficou de ser estudada mais para frente.