Dilma estendeu sua agenda na Fiepe, e deve se reunir com representantes do setor canavieiro para tratar da subvenção. Presidente da Asplan estará presente
Após o anúncio do setor canavieiro de que realizaria um protesto na visita da presidente Dilma Rousseff a empresários na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), nesta sexta-feira (21), o Ministério do Comércio e Indústria sinalizou ao presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e coordenador da manifestação, Alexandre Lima, o aceno da presidenta de se reunir com representantes do setor para rever a questão do pagamento da subvenção do setor canavieiro do NE e do RJ. O articulador da reunião com o setor, que acontece nesta sexta-feira (21), às 14h, na sede da Fiepe, foi o ministro Armando Monteiro.
Diante do aceno do Governo Federal de retomar o diálogo sobre a subvenção, explica o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, o setor canavieiro suspendeu a manifestação agendada. “Como a presidenta acenou com o diálogo, não havia mais sentido fazer a manifestação. Vamos aguardar o desdobramento desta reunião, com a esperança de que ela nos reserve boas notícias”, destaca Murilo, lembrando que o pagamento da subvenção está pendente a mais de um ano e corre o risco de caducar, caso não seja resolvido rapidamente.
Os presidentes das Associações de Plantadores de Cana de todo o NE e do Rio do Janeiro devem participar da reunião em Recife. Eles representam cerca de 30 mil produtores que serão beneficiados com o pagamento da subvenção que equivale a R$ 12,00 por tonelada de cana entregue à indústria, na safra 2012/2013, com o limite máximo de 10 mil toneladas para cada um.
“Esperamos que a presidente garanta o pagamento da subvenção, para reafirmar o seu compromisso com o setor quando sancionou a lei da subvenção há quatro meses das eleições presidenciais”, afirma Alexandre Lima. Ele explica que o Governo tem pouco tempo para realizar os trâmites burocráticos para fazer o pagamento dos 30 mil beneficiados. “Nas edições anteriores do subsídio, foram necessários quatro meses. Se a presidenta não autorizar o começo do pagamento já a partir de setembro, a reunião desta sexta-feira será pouco produtiva já que ficaremos excluídos de receber o benefício contido da lei 12.999”, afirma Alexandre.