Votação do PRS que põe fim ao Funrural é adiada mais uma vez

Votação do PRS que põe fim ao Funrural é adiada mais uma vez

A votação do Projeto de Resolução do Senado 13/2017, que põe fim ao Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural), foi adiada mais uma vez. O PRS, de autoria da senadora Kátia Abreu (PMDB/TO), já entrou na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, onde é votado em caráter terminativo, seis vezes. Desta vez, o adiamento se deu por solicitação do relator da matéria, senador Jader Barbalho que, por precaução, diante da incerteza de aprovação do Projeto preferiu adiar a apreciação mais uma semana. A expectativa é de que na próxima quarta-feira (16) o PRS seja votado na CCJ.

O advogado Jeferson Rocha, que também atua na defesa da ação contra a cobrança do Funrural pela parte dos produtores ligados a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), lamentou o novo adiamento, mas, explicou que ele foi necessário como estratégia para que a matéria, quando votada, seja aprovada. “Não tínhamos certeza de que aprovaríamos a matéria por maioria simples ou que não teríamos recurso, por isso, o relator achou prudente retirar o Projeto da pauta hoje, já que o governo trabalha contra o produtor neste caso”, argumenta o advogado.

Se o PRS for aprovado, sem recurso na CCJ do Senado, o Funrural, deixa de existir. “Basta que ele seja votado na Comissão por maioria simples. Como é um Projeto terminativo, não precisa ir a plenário, salvo se tiver algum recurso”, esclarece o advogado, lembrando que o Senado deve cumprir a Constituição e retirar o Funrural do ordenamento jurídico.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, lembra que a extinção do Funrural é um desejo antigo dos produtores paraibanos que pagam, em juízo, o tributo. “Além de reduzir a nossa carga tributária, a extinção do Funrural vai significar para os associados da Asplan a possibilidade de sermos ressarcidos por tudo o que pagamos indevidamente”, afirma Murilo.