23 de abril de 2013

Canavieiros conhecem particularidades do Canal das Vertentes e cobram medidas mais urgentes para salvar os campos da seca

projeto segurança hidricaPara os produtores, o projeto, que só conferirá segurança hídrica ao estado daqui a dez anos, deve abarcar pequenas obras que consigam garantir a água em um curto espaço de tempo

A diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) conheceu, na última quinta-feira (18), o que será a maior obra hídrica da Paraíba já concebida nos últimos 30 anos: o Canal das Vertentes Litorâneas – Araçagi-Acauã. A apresentação, feita pelo diretor executivo da Arco Projetos (empresa responsável pelo projeto), o engenheiro George Cunha, aconteceu na sala de reuniões da Asplan. Também chamada de “Complementar”, a obra é uma exigência do governo federal para que os municípios possam receber a água que vem do rio São Francisco. Para os produtores de cana da Paraíba, bem como para o Secretário Executivo de Agricultura  da Paraíba, Rômulo Montenegro, e o deputado estadual, Francisco Quintans, também presentes na ocasião, o anuncio da obra não diminui a angústia dos produtores em relação aos problemas de irrigação em suas propriedades. “Esta é uma obra enorme, com longo prazo de tempo. O que precisamos é de pequenas intervenções para irrigar as terras agora”, disse o presidente da Asplan, Murilo Paraíso.

Segundo engenheiro George Cunha, quando o Canal das Vertentes Litorâneas estiver pronto, daqui a cerca dez anos, a água sairá da barragem de Acauã, percorrerá 112 km em canais e abastecerá 38 municípios paraibanos com água para consumo doméstico e para irrigação. “A vazão no canal será de 10m³ por segundo até o Rio Gurinhém e 2,5m³ perto de Camaratuba, já quase no estado do Rio Grande do Norte. Isso é muita água e é um volume que servirá tanto para o consumo doméstico como para irrigar cerca de 15.500 hectares ao longo do Canal”, explicou George Cunha, destacando que o canal vai integrar e perenizar as bacias do Rio Gurinhém, do Rio Miriri, do Rio São Salvador, do Rio Mamanguape, do Rio Araçagi e do Rio Camaratuba.

Embora depositem confiança na obra, que tem o objetivo de fornecer sustentabilidade hídrica a várias bacias que cortam o Vale do Paraíba e o Brejo, os produtores de cana-de-açúcar, porém, esperam que o governo também atue de forma mais localizada para salvar as plantações e o gado em um curto espaço de tempo. “O que preocupa o produtor é a seca que já se instalou. Essa é uma obra de grande importância, com certeza, mas vai fornecer segurança hídrica somente daqui a cerca de dez anos. Nesse momento seria mais conveniente construir pequenas barragens ao longo do Rio Paraíba, por exemplo, para garantir a produção e o abastecimento de água”, afirmou o diretor tesoureiro da Asplan, Oscar Gouvêa, defendendo que o produtor precisa de obras estruturantes de curto prazo. “São obras mais simples e que dariam alguma segurança até outras obras maiores ficarem prontas”, concluiu o diretor.

Ao final da reunião, ficou definido que a Asplan entrará em contato com a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos para marcar uma audiência com o secretário João Azevêdo Lins. O intuito é conhecer outros detalhes do projeto e averiguar a possibilidade de o Governo do Estado, com a anuência do Ministério da Integração, realizar as pequenas obras propostas durante a apresentação do projeto na entidade. “É salutar esta discussão, mas é preciso que saibamos mais sobre a política de uso dessas águas e a demanda de irrigação dos produtores que possuem plantações ao longo do canal para, depois, propormos melhorias que venham a beneficiar todos”, concluiu o presidente da Asplan, Murilo Paraíso.

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Asplan participa 1º Encontro dos Produtores de Cana do Nordeste em Maceió

encontro produtores muriloRepresentantes da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já confirmaram presença no 1º Encontro dos Produtores de Cana do Nordeste, que será promovido pela Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), nesta terça e quarta-feira (dias 23 e 24), no auditório da associação, em Maceió (AL). Na oportunidade, serão discutidos os sistemas de irrigação mais eficientes para a produção agrícola abordando o uso racional da água, cujo tema é: Água como fator de sustentabilidade na produção de cana de açúcar.

De acordo com a programação, a abertura do evento será feita pelo presidente da Asplana, Lourenço Lins Ferreira Lopes, na tarde da terça-feira, às 14h30, quando terá início ao ciclo de palestras com os seguintes temas: Utilização do sistema de irrigação ala móvel na Usina Paisa, tendo com expositor o agrônomo Rômulo Patriota Cota (gerente da Paisa); Sistema de irrigação ala móvel na pequena produção na Usina Pindorama – Fazenda Konrad, com José Bartolomeu Higino de Carvalho, agrônomo e consultor da Asplana, e, por fim, a palestra sobre o Custo de implantação e manutenção do sistema de irrigação ala móvel, com o agrônomo Jackson Gama Oliveira, da empresa Raesa.

Além do ciclo de palestras, o 1º Encontro dos Produtores de Cana do Nordeste também envolverá uma visita de campo à Usina Coruripe, na quarta-feira, a partir das 7h, onde será proferida a palestra Sistemas de irrigação utilizados na Usina Coruripe (Aspersão convencional e Carretel, Pivot e Gotejo), com o agrônomo Pedro Carnaúba, gerente de irrigação e drenagem da Coruripe.

De acordo com o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, além do vice-presidente da Associação Pedro Jorge e dos diretores Oscar Gouvêa, José Inácio e Raimundo Nonato, também compõem a comitiva paraibana que participará do evento promovido pela Asplana, aproximadamente,20 associados da região canavieira do estado. “Será um momento importante na troca de experiências de sucesso com a irrigação para os produtores que buscam alternativas sustentáveis para enfrentar o longo período de seca que estamos atravessando”, concluiu Murílo.

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