7 de maio de 2014

Asplan promove debate sobre Norma da ABNT que uniformiza processo de avaliação do preço de pagamento de cana-de-açúcar

debate 1A Norma foi publicada no dia 26 de março e suas regras valem para a safra 2014/2015

A Norma 16.271, homologada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT, desde o dia 26 de março, que aperfeiçoa e uniformiza o processo de avaliação da cana-de-açúcar, foi apresentada e debatida na manhã desta terça-feira (06), entre integrantes da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e representantes das oito unidades industrias que produzem açúcar e álcool no Estado. Válida em todo o território nacional, a Norma já poderá ser aplicada na safra 2014/2015.

O consultor técnico da Asplan, Francisco Dutra, explica que a Norma não apenas uniformizou, mas aperfeiçoou o processo de avaliação da qualidade da matéria-prima. “Toda a cadeia produtiva saiu ganhando com essa Norma, já que ela uniformizou os procedimentos técnicos e operacionais, beneficiando todo o setor, desde produtores até industriais, com regras mais claras e objetivas e avaliação da qualidade da cana”, atesta Dutra. Um destes avanços, segundo ele, foi a introdução do sistema de homogeneização das amostras para determinar sua qualidade e, consequentemente, seu valor.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, a homologação de uma Norma Técnica, que busca aperfeiçoar o processo de avaliação da cana-de-açúcar é um fator positivo para todo o setor. “Como as novas regras valem para produtores e industriais de todo o país, e respeita os procedimentos específicos, como por exemplo, de equação de fibra e outros, a uniformização dos processos de avaliação da qualidade da cana atinge toda a cadeia produtiva o que acaba beneficiando todo o segmento”. argumenta Murilo.

O coordenador do Departamento Técnico da Asplan, Vamberto Rocha, lembra que o uso da Norma é voluntário, mas poderá ser obrigatório quando assim for exigida por instituições públicas e privadas. Participaram da reunião na Asplan, os representantes das indústrias São João, De Pádua (antiga Pemel), Miriri, Monte Alegre, Agroval, Giasa, Tabu e Japungu. Na ocasião, foi sugerido que mais reuniões desta natureza devam ser agendadas, criando-se um ‘Fórum de Contatos’ permanente, entre produtores e industriais. A proposta foi aceita pela direção da Asplan, que ficou de definir um calendário de encontros a começar já em agosto, época da pré-safra na Paraíba.

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Custo de produção da cana-de-açúcar supera valor recebido pela matéria-prima na Paraíba

tecnicos reuniaoDefasagem entre custo de produção e recebimento por tonelada do produto atinge a marca de R$ 30,00

Representantes do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) estiveram nesta segunda-feira (05), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), para colher dados e informações sobre custos de produção da cana-de-açúcar no estado. O levantamento, feito junto com representantes do Departamento Técnico da Asplan, constatou que a diferença do custo de produção da tonelada de cana frente ao que se recebe pela matéria-prima, entre 2012 e 2014, atingiu a marca de R$ 30,00 de defasagem.

Segundo o coordenador do Departamento Técnico da Asplan, Vamberto Rocha, o custo para se produzir uma tonelada de cana-de-açúcar na Paraíba, atualmente, é de R$ 93,00, enquanto que a média recebida pelo fornecimento da mesma quantidade da matéria-prima foi de apenas R$ 62,00. “Trabalhamos com uma diferença negativa de cerca de R$ 30,00”, lamenta Vamberto. Ele explica que para tentar equilibrar receita e despesa, o produtor canavieiro, nos últimos anos, tem diversificado a cultura, está cada vez mais endividado, diminuindo o uso de tecnologias e se valendo do adiantamento das indústrias e do pagamento da subvenção para sobreviver. O custo de produção engloba o valor da mão de obra, dos insumos utilizados e os custos com a colheita da cultura.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, reforça que o setor involuiu e que é preciso que haja políticas públicas permanentes para estimular a produção canavieira, principalmente, no Nordeste. “A situação piorou nas duas últimas safras, tivemos seca, chuva fora de época, nos deparamos com uma política federal que não privilegia o álcool que é um combustível limpo, lidamos com aumentos nos insumos, na mão de obra, ou seja, nos custos da produção, e o valor recebido pela matéria-prima está abaixo dos investimentos”, desabafa Murilo. Ele lembra que nesta quarta-feira (07), em Brasília, será votada a MP 635 que é muito importante para o setor canavieiro. “Essa MP inclui uma emenda que assegura o pagamento de uma nova subvenção econômica para os canavieiros do Nordeste”,

Sobre o PECEGE

O Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas – PECEGE, vinculado à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ da Universidade de São Paulo – USP, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA tem o objetivo de pesquisar e apresentar, de forma detalhada, os custos agroindustriais do setor canavieiro para os sistemas de produção de fornecedores de cana e usinas produtoras de cana, açúcar e etanol. Os dados são coletados nacionalmente e agregados em três regiões: Centro-Sul Tradicional (SP e PR), Centro-Sul Expansão (MG, GO, MS e MT) e Nordeste (AL, PE, PB). Os resultados dos levantamentos contendo o detalhamento tecnológico, indicadores de produção, níveis de preços e evolução desses fatores podem ser acessados pelos participantes da pesquisa através do Portal de Informações Sucroenergéticas do PECEGE, disponível em www.pecege.esalq.usp.br/porta. Os levantamentos de custos são feitos em usinas, associações de fornecedores de cana-de-açúcar, sindicatos, federações, fabricantes de equipamentos, centros de pesquisa, fornecedores de insumos e financiadores desses estudos.

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Asplan promove assembleia para debater e deliberar sobre falta de pagamento aos produtores pela Usina São João

murilo paraisoO Presidente da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, está convocando todos os associados da entidade que fornecem ou forneceram cana-de-açúcar para Companhia Usina São João S/A e detêm créditos dos seus fornecimentos e que se encontram sem receber os respectivos valores, para participar de uma Assembleia Geral Extraordinária, que será realizada no próximo dia 14 de Maio,  com início às 9h00, em primeira convocação, ou em segunda convocação, às 10h00. A reunião será realizada no auditório da Asplan, na Rua Rodrigues de Aquino, 267, em João Pessoa.

Na ocasião, explica o presidente da Asplan,  será discutido, votado e definidas as  medidas cabíveis e necessárias para que os produtores que forneceram para a Usina São João, não fiquem prejudicados no seu direito de receber os seus créditos pelo fornecimento da matéria-prima à empresa. “É de suma importância que todos os produtores que se sintam prejudicados participem da Assembleia, porque iremos, na ocasião, definir que medidas vamos tomar para garantir o direito de recebimento dos créditos que ainda não foram pagos”, destaca Murilo.

Para tornar pública e legítima a Assembleia, a Asplan publicou neste domingo (04), uma nota de convocação, em um jornal local de grande circulação. A convocação também está divulgada no site da entidade www.asplabpb.com.br. Para maiores informações, o associado pode entrar em contato pelo fone 3214-6424.

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