16 de setembro de 2014

Biomassa oriunda da cana-de-açúcar é alternativa para geração de energia

garrasA crise de abastecimento de água no país vem se agravando. Com isso, o risco iminente de racionamento, inclusive de energia, vem assustando os brasileiros. Levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA) revela que seis das principais bacias hidrográficas do país sofrem com escassez de chuva, afetando cerca de 40 milhões de brasileiros (20% da população do país). Diante desse cenário e da crise no setor sucroalcooleiro – com a queda no consumo do álcool combustível – surge como oportunidade a produção de energia elétrica oriunda do bagaço da Cana-de-açúcar, utilizado como biomassa. 

O Brasil está em momento de necessidade de diversificar a matriz energética, hoje concentrada nas hidrelétricas, que respondem por 76% da geração de energia no país. Dados comparativos mostram que, de 2012 para 2013, houve crescimento de 35% da energia gerada pelas usinas à biomassa, que utilizam bagaço de cana e outros produtos. A Cana-de-açúcar é biomassa que pode ser transformada quase que totalmente em energia elétrica aproveitável através de processos industriais.

 Entre abril e novembro- exatamente o período sem chuvas – é quando as usinas moem a cana para produzir açúcar e Etanol e, consequentemente, podem gerar energia elétrica graças à queima do bagaço. Esse recurso poderia ser mais bem aproveitado, poupando água das represas no período crítico de Estiagem, evitando o risco de racionamento de energia. 

O Brasil tem condições de produzir volume considerável de eletricidade por meio da biomassa. Se todas as quase 350 usinas utilizassem o bagaço da cana para gerar energia, juntas poderiam gerar 15.300 megawatts (MW), o equivalente a mais do que gera a Usina de Itaipu. Porém, a realidade é que hoje esse tipo de energia equivale a apenas 5% do total consumido no país. 

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), só em São Paulo a representatividade da bioeletricidade ofertada à rede elétrica pelas usinas paulistas poderia chegar a quase 50% se houvesse política de incentivo para investimentos nessa fonte. Se isso ocorresse, a oferta para a rede seria quatro vezes superior à realizada na safra passada e, o que seria melhor, com biomassa existente nos canaviais, apenas promovendo o retrofit das usinas e o aproveitamento parcial da palha na geração. 

Ponto importante também a ser considerado é o papel da bioeletricidade na produção de Etanol, que está em situação temerária. A dívida do setor sucroalcooleiro ultrapassou R$ 60 bilhões e houve demissão em massa de 60 mil empregados devido ao fechamento de pelo menos 60 usinas. O congelamento do preço da gasolina não torna atraente para o consumidor a compra do álcool combustível.  

“Com essa política de  não  dar incentivos à indústria sucroenergética nacional, o governo deixa de aproveitar o que temos disponível, ou seja, um combustível limpo, que é o álcool, e a biomassa, que se constitui numa vasta possibilidade de geração de energia. O Brasil carece de uma política setorial bem estruturada para que possamos explorar o pleno potencial dessa fonte renovável e sustentável”, argumenta o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso. Ele lembra que na Paraíba já há indústrias utilizando a energia da biomassa, mas, ainda de forma muito insipiente para o potencial instalado.

E há soluções viáveis para isso. A criação de diferenciação tributária entre os combustíveis renovável e fóssil – seja através do restabelecimento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), seja por meio da instituição de outro tributo federal de natureza ambiental para a gasolina; o estímulo à busca de maior eficiência dos motores de veículos flex no uso do Etanol hidratado como combustível (aumentando assim a competitividade do biocombustível em relação à gasolina); e a adequação dos leilões de energia elétrica, viabilizando a bioeletricidade oriunda da biomassa da Cana-de-açúcar mediante a valorização dos atributos ambientais, elétricos e econômicos são algumas destas soluções.

Desde a descoberta do pré-sal, tem prevalecido desprezo institucional pelo setor sucroalcooleiro, uma incoerência populista, enquanto os biocombustíveis são cada vez mais levados a sério em mercados mais livres e desenvolvidos. O setor é muito promissor. A união dos produtores é o melhor caminho para cobrar do poder público maior incentivo ou para fazer uma revolução na gestão agroindustrial.

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Facilidades para produtores rurais adquirir um Land Rover

 

landroverModelo Freelander 2 tem condições especiais de aquisição e descontos que chegam a 12%

Os produtores rurais que declaram o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) podem adquirir, a partir deste mês, o modelo Freelander 2 por intermédio do programa de vendas corporativas com benefícios especiais disponibilizados pela Land Rover. 

As vantagens de compra e pós-venda oferecidas pela marca envolvem faturamento direto da Jaguar Land Rover — com descontos que podem chegar até 12%, atendimento na rede de concessionários com executivo de vendas especializado, serviços e preços diferenciados, além de empréstimos especiais nos concessionários participantes. 

A linha Freelander 2 é equipada com motor 2.2 SD4 turbodiesel de 190 cv de potência que oferece desempenho impecável, consumo eficiente e renomada autonomia. O propulsor está em acordo com as atuais normas brasileiras de emissões e pronto para receber o combustível S50 ou S10. Além dos produtores rurais, podem participar também deste programa as empresas de pequeno, médio e grande porte e locadoras.

 “O  Freelander 2, com motores diesel ou gasolina, é ideal para pessoas que precisam de conforto, economia e resistência no dia a dia, especialmente em deslocamentos rurais. Portanto, esse oportunidade cai bem para quem exerce uma atividade agrícola e precisa andar em terrenos difíceis”, lembra o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso. A Concessionária Land Rover na Paraíba fica na BR 230. KM 12,9, Estrada de Cabedelo.

 

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Produtores de cana do NE participarão da 3ª edição da NORCANA

norcanaO evento, que acontece em Pernambuco, a partir desta terça-feira, terá três dias de palestras e apresentação de soluções tecnológicas para o setor canavieiro

Os canavieiros nordestinos tem um encontro marcado na terceira edição da NORCANA, uma grande feira promovida pela Associação de dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFPC), visando o aproveitamento das oportunidades de negócios e divulgação de novos panoramas econômicos para o setor. O evento terá início no dia 16, às 12h, com a abertura da Feira e se estenderá até o dia 18, na sede da AFPC, no bairro da Imbiribeira, em Recife. A NORCANA 2014 contará com a presença do presidente e vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, e Pedro Jorge Coutinho, bem como dos diretores da entidade, Oscar Gouvêa, José Inácio de Morais e Raimundo Nonato.

Uma das primeiras atividades da Feira acontecerá na terça-feira (16), às 18h. Na ocasião, o público – composto por diversos produtores de cana, parceiros do setor, industriais, representantes de órgãos de classe e diversas autoridades do setor privado e público relacionadas ao setor – assistirá a uma palestra do engenheiro agrônomo, Dr. Marcos Fava Neves, professor da Universidade de São Paulo (USP). Ele tratará dos “Desafios e oportunidades para o setor sucroenergético do Nordeste”.

A NORCANA, além de ser uma ótima oportunidade para que o produtor tenha contato direto com fornecedores industriais, autoridades e parceiros do setor, também contribui para a troca de experiência entre produtores de todo o Nordeste. “São vários os desafios que enfrentamos nos canaviais como a mecanização agrícola, da falta de recursos, da seca e da necessidade de aquisição de novas variedades, e este é um momento interessante para sabermos o que outros produtores estão fazendo para enfrentar tudo isso e se preparar para as próximas safras”, disse o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, que além de participar do evento, no dia 17 também participará de reuniões da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil – Feplana e da União de Fornecedores de Cana do Nordeste – Unida.

Programação

O primeiro dia de evento, começará com a abertura dos estandes às 12h para visitação do público. Às 17h, acontecerá a primeira palestra do evento: “Previsão Meteorológica”, com a Dra. Francis Lacerda, pesquisadora do IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco. Às 18h, acontecerá o coquetel oficial de abertura. Na quarta-feira (17), o público também terá acesso à feira a partir das 12h. Às 14h, o público assistirá a uma apresentação do gerente comercial da Ubyfol no Nordeste, Danilo Ferreira de Lima, sobre “Nutrição Complementar em Cana-de-Açúcar e Pastagem”. O evento segue com a palestra “Cadastro Ambiental Rural – CAR”, às 15h, ministrada por João Carlos de Petribu de Carli – da Confederação Nacional da Agricultura – CNA, e com a palestra “Perspectivas para o Mercado de Pecuária de Corte”, apresentada por Maurício Palma, sócio da Divisão da Agropecuária da Agroconsult, às 16h.

No dia 18, último dia da NORCANA, o público assistirá, a partir das 14h, a apresentação do Dr. César Cândido, gerente de Motomecanização da Usina Trapiche sobre “Mecanização de Encosta com o trator TK”. Em seguida, às 15h, falará Marcos Ferreira, da Usina Olho D’Água, sobre “Corte de Cana Mecanizado”. Para encerrar a programação, o público assistirá à palestra de Shirlan de França Medeiros, do Grupo Carlos Lyra, sobre “Eucaliptocultura: uma alternativa econômica para a Zona da Mata”. O evento chegará ao fim com uma confraternização dos participantes durante coquetel, às 18h.

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