Representantes da Unida, Asplana e Asplan se reúnem com Dilma para pedir atenção ao processo da subvenção que se encontra parado
O encontro, articulado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, acontece hoje, em Maceió, e tem o objetivo de pedir celeridade nos trâmites do processo do pagamento da subvenção
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), preocupado com os problemas enfrentados pelos produtores de cana-de-açúcar do Nordeste, devido ao atraso na liberação da subvenção federal, está articulando uma reunião dos dirigentes da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) com a presidente Dilma Rousseff. A pauta será sobre o fim da morosidade do governo federal para a definição da fonte de recurso do benefício, sancionado desde julho, mas que até agora não foi sequer encaminhado. O encontro que também contará com a participação do presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, e de Rômulo Montenegro, da secretaria de Agricultura do estado, deve ser realizado no final da tarde desta quinta-feira (09), em Maceió, durante a visita da presidente Dilma à cidade alagoana.
“Agradecemos a articulação política do senador Renan e vamos solicitar a presidente a imediata liberação da fonte de recurso do subsídio, uma vez que a lei do benefício foi sancionada há quatro meses, mas até hoje, mesmo com todas as idas à Brasília, especificamente nos Ministérios da Agricultura, Fazenda e do Planejamento, nada acontece”, diz o presidente da Unida. Alexandre Lima. Segundo ele, a morosidade no pagamento da subvenção tem sido recorrente no governo federal, prejudicando 23 mil produtores de cana do Nordeste.
O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, afirma que essa demora em publicar o decreto e definir a fonte de custeio da subvenção tem deixado os produtores preocupados e apreensivos. “O governo não avança com os trâmites que assegurarão o pagamento da subvenção. A classe está endividada e descontente, pois contava com mais agilidade e compreensão do governo em função da situação dos produtores que amargaram grandes prejuízos com a seca, perda de produtividade e a baixa remuneração da matéria-prima”, desabafa Murilo.