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Corte mecanizado é discutido durante palestra na Asplan

deficO déficit de mão de obra especializada para o corte manual da cana-de-açúcar no setor canavieiro e a proximidade do fim do prazo para o processo de queima da matéria-prima por questões ambientais, estimulou a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) a promover debates sobre colheita mecanizada. Um dos debates aconteceu na tarde dessa quarta-feira (19), no auditório da entidade, em João Pessoa, com o relato do caso da Usina Tabu, que passou a adotar o método nesta safra 2013/2014. “A mecanização no setor da cana-de-açúcar é inevitável, pois as queimadas serão proibidas a partir de 2017”, destacou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso.

A experiência bem sucedida com o corte mecanizado da Usina Tabu, em Caaporã, foi relatada pelo engenheiro agrícola Silas Alves Monteiro da Silva com a palestra: “Corte mecanizado, solução para o déficit de mão de obra rurícola”. O debate contou com a participação de associados da Asplan e dos diretores Oscar Gouvêa, José Inácio e Raimundo Nonato, além do presidente Murilo Paraíso e vice-presidente Pedro Jorge. Na oportunidade, Silas Alves lembrou os problemas que o setor tem enfrentado e explicou as vantagens que a usina já identificou com o corte mecanizado, a exemplo da redução dos custos de produção. “A cortadeira realiza cortes inclusive em áreas de relevo acidentado, como encostas, e substitui, em média, o trabalho de 40 pessoas”, detalhou o engenheiro da Tabu.

De acordo com Silas Alves, em 7 horas de corte mecanizado foram contabilizadas na Usina Tabu, aproximadamente, 300 toneladas de cana-de-açúcar, com um custo de 7.93 litros de diesel/hora, o que corresponde a metade do valor gasto no corte manual. “Além disso, o gasto com a manutenção é pequeno e a empresa possui o diferencial de adaptar o equipamento as nossas expectativas”, ressaltou Silas Alves, explicando que no início dos trabalhos a usina pediu a empresa fornecedora da cortadeira que fizesse algumas adaptações técnicas, como o aumento do diâmetro da lamina de corte. Somado a todos os benefícios, a experiência com o corte mecanizado não apresentou danos ao solo, mantendo o processo de germinação, crescimento e brotação da cana uniforme.

Durante a apresentação de Silas Alves, foi exibido um documentário sobre a operacionalização da cortadeira utilizada pela Usina Tabu: a Centracana, da empresa Inovando Soluções Viáveis, cujo representante Félix de Castro Neto, também acompanhou a discussão e fez uma rápida explanação, que foi intercalada pela demonstração da empresa Ihara, fabricante de defensivos agrícola. Félix falou sobre a atuação da empresa no mercado e os aspectos técnicos e econômicos de aquisição da cortadeira, ressaltando que a empresa, que é especializada em desenvolver novas tecnologias para o setor sucroalcooleiro, garante total e permanente serviço de assistência técnica e treinamento de operadores para seus clientes, assim como o fornecimento de peças. “Mantemos um canal de comunicação permanentemente aberto com os clientes com o objetivo de desenvolver novas tecnologias que sejam convenientes para o setor sucroalcooleiro”, finalizou o representante da empresa.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, avaliou o debate como muito positivo. “Nestes fóruns, a gente debate questões que estão ligadas diretamente a nossa atividade e aprofundamos conhecimentos que, com certeza, repercutirão em ações que melhorarão nossa atividade de algum modo, por isso também eles são tão importantes”, destacou o presidente. A palestra dessa terça-feira (19) foi organizada pelo Departamento Técnico da Asplan (Detec).

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Setor canavieiro terá R$ 1,4 bilhão em linhas de crédito a partir deste ano

plantil canaAs linhas de crédito são destinadas para desenvolver pesquisas de inovação tecnológica

As empresas envolvidas com a cadeia de plantio e processamento da cana-de-açúcar poderão obter linhas de crédito para desenvolver pesquisas de inovação tecnológica por meio de uma nova modalidade: o Plano de Apoio Conjunto à Inovação Tecnológica Agrícola no Setor Sucroenergético (PAISS Agrícola). O Plano foi lançado nesta segunda-feira (17), na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), vai disponibilizar a partir deste ano e até 2018 R$ 1,4 bilhão para o setor. O dinheiro será liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Os recursos terão juros subsidiados de 4% ao ano, três anos de carência e prazo de dez anos para pagamento. No caso de investimentos de maior risco, os juros caem para 3,5% e a carência vai para quatro anos. A medida faz parte do Plano Inova Empresa, lançado em março do ano passado, com a intenção de aplicar R$ 32,9 bilhões em melhoramento tecnológico para ampliar a produtividade nos mais diversos setores.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, elogiou a iniciativa do Governo Federal. “A medida é muito positiva pois se constitui num aceno importante do governo no sentido de buscar uma saída para estimular o setor, que vem enfrentando, nos últimos dez anos, aumentos seguidos dos custos de produção sem que a remuneração da matéria-prima acompanhe essa evolução”, destacou Murilo. Dados da Única mostram que  nas últimas cinco safras, o custo de produção da tonelada de cana passou de US$ 15 para US$ 30.

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Canavieiros nordestinos homenageiam ex-ministro da Integração Nacional

alexandre lima2O ex-ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rosseff, Fernando Bezerra Coelho, foi homenageado nesta segunda-feira (17), na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). Na oportunidade, Bezerra recebeu a comenda de honra ao mérito canavieiro, uma premiação conferida pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), que representa 21 mil canavieiros da região. Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, que foi representado no evento pelo diretor adjunto da entidade, José Inácio de Morais, a homenagem foi justa, visto que o ex-ministro contribuiu para o fortalecimento da cadeia produtiva da cana no Nordeste quando esteve à frente do Ministério de Integração Nacional.

“Como ministro, Fernando Bezerra Coelho ajudou muitos canavieiros, tendo se destacado pelo serviço prestado ao fortalecimento da cultura da cana-de-açúcar nordestina, apoiando, inclusive, a instituição do programa de subvenção econômica em 2008”, disse o dirigente da Asplan, frisando que até o momento apenas dois políticos receberam a comenda de honra ao mérito canavieiro da Unida, que foi o atual ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, que recebeu a comenda no ano de 2009; e o presidente do Senado, Renan Calheiros, que recebeu a homenagem no ano passado também pelo auxílio à classe canavieira.

 Nos discursos proferidos, muitos agradecimentos e referencias aos benefícios alcançados pela classe graças à influência e trabalho do ex-ministro.  O presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco – AFCP e da Unida, Alexandre Lima, citou, inclusive, a implantação do Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenergético do NE, como uma importante contribuição do político para o segmento canavieiro. “O Comitê é o  canal institucional dos produtores nordestinos direto com o governo federal”, agradeceu Alexandre Lima.

Além dos representantes da Asplan, também estiveram presentes no evento os presidentes das Associações dos Plantadores de Cana dos estados Rio Grande do Norte, Renato Lima, e de Alagoas, Lourenço Lopes.

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