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Dirigentes de Associações ligadas ao setor canavieiro se reúnem nesta terça-feira (30) para discutir morosidade da liberação da subvenção

A portaria da Presidência da República que autoriza a liberação da subvenção da cana-de-açúcar e a equalização para o etanol, anunciada desde o dia 16 de maio pela equipe econômica do Governo Federal, ainda não foi publicada e a classe canavieira continua preocupada com a demora de recuperação de seus canaviais. Pensando em resolver o problema e pressionar o Governo para o fim dessa morosidade na liberação da subvenção, representantes de diversas entidades ligadas ao setor canavieiro nordestino estarão reunidos nesta terça-feira (30), no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). O encontro ocorrerá a partir das 10h.

Vale lembrar que em maio deste ano, quando esteve em Pernambuco, a presidente Dilma anunciou o pagamento de R$ 12,00 por tonelada de cana e R$ 0,20 por litro de etanol para quem apresentou perdas na safra passada durante evento na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). Segundo informações da associação de Pernambuco, a presidenta Dilma Rousseff, mesmo tendo anunciado o benefício, deixou de dizer, em Brasília, onde o Governo iria buscar o dinheiro. Agora a equipe econômica está propondo nova medida provisória para indicar a fonte financeira.

O pagamento da subvenção destinada ao produtor canavieiro do Nordeste será utilizado para amenizar o prejuízo de mais de 30% na queda da produção da safra, em função da maior seca dos últimos 40 anos. Segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, os produtores de caba aguardam ansiosos a publicação do decreto. “Essa ajuda é muito significante para todos nós, que tivemos perdas consideráveis na safra passada, por isso estamos na expectativa da publicação do decreto que vai estabelecer os prazos e detalhes do pagamento”, disse Murilo.

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Caixa Econômica Federal fará apresentação de linhas de crédito para canavieiros no auditório da Asplan

É com o objetivo de debater temas de interesse do segmento produtivo do Nordeste, principalmente no tocante ao custeio e à renovação de canaviais na região, que representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) estarão, a partir das 10h, da próxima quinta-feira (25), na Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). A grande novidade, segundo o Diretor Tesoureiro da associação, Oscar Gouvêa, é que agora a Caixa também fará o atendimento aos produtores de cana no que se destina aos financiamentos feitos hoje por instituições como o Banco do Brasil (BB) e Banco do Nordeste (BNB). Na oportunidade do encontro na Asplan, os representantes da Caixa Econômica farão uma apresentação de suas linhas de créditos voltadas ao segmento.

Os representantes da Caixa Econômica estivaram na Asplan na última quarta-feira (17) para organizar detalhes do evento com a diretoria e gerência da entidade. Para o Diretor Tesoureiro da Asplan, Oscar Gouvêa, a notícia é motivo de contentamento para os produtores de cana da Paraíba. Ele acredita que o interesse pelo assunto, principalmente diante os últimos acontecimentos (como a seca), deve levar muitos produtores ao auditório da entidade para conhecer as linhas que se encaixam em seu orçamento e atendem às suas necessidades. “A Caixa não nos adiantou nada até agora, mas virá fazer o anuncio de sua participação no financiamento direcionado ao produtor rural e fazer uma apresentação de todas as linhas de crédito destinadas ao segmento. Acreditamos que será algo bom”, disse Oscar.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, também aposta que a participação do banco traga boas perspectivas e fortaleça a cadeia primária da produção do etanol brasileiro, que se inicia no campo. “Há muito os canavieiros pediam por isso. A retenção dos financiamentos por parte de poucos bancos dificulta e restringe as opções dos produtores, que acabam seguindo uma linha de crédito que nem sempre está atualizada e corresponde s sua realidade. Tudo isso também é bom porque estimula a melhoria dos programas em cada um dos bancos que oferecem os financiamentos. Quem sai ganhando com isso é o banco que cativa e o produtor que ele fideliza”, comentou o dirigente da Asplan.

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Governo do Estado distribuirá 8.400 toneladas de cana-semente para produtores do Brejo e Litoral paraibanos

A ação é o primeiro passo para a instalação de um banco de sementes de cana na Paraíba. O projeto é inédito no estado e prevê a distribuição contínua de sementes para elevar a produtividade dos canaviais

A partir da safra 2013/2014 os produtores de cana-de-açúcar da Paraíba contarão com uma novidade que deve revitalizar a atividade de canavieira no estado. Trata-se de um projeto do Governo do Estado, que através da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), pretende formalizar o que se chama de “banco de sementes” na Paraíba. Para esta safra, deverão ser distribuídas 8.400 toneladas de cana-semente para cerca de 700 produtores do Brejo e Zona da Mata (Litoral) paraibanos. A iniciativa do governo resulta de um pleito da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) que, em audiência com Governador, Ricardo Coutinho, apresentou, no ano passado, a situação desastrosa dos produtores de cana paraibanos em função dos estragos causados pela pior seca dos últimos anos.

Segundo o Secretário Executivo de Estado da Agricultura, Rômulo Montenegro, a ideia do projeto, que também é inédito na Paraíba, é distribuir, até a primeira quinzena de agosto, 12 toneladas de cana para cada produtor selecionado conforme a avaliação técnica da própria Sedap e entidades a ela vinculadas. A quantidade, de acordo com Rômulo, é satisfatória para que cada produtor possa plantar agora e depois ainda devolver as 12 toneladas na próxima safra. Aliás, salienta o secretário, essa é a pretensão do projeto: entregar a semente ao produtor para que ele possa revitalizar seus campos e, na próxima safra, o mesmo produtor devolver a quantidade de sementes que pegou para que estas também sirvam para outros produtores.

O raciocínio realizado, afirma Rômulo, é de que 12 toneladas de semente de cana são suficientes para plantar um hectare na Paraíba, sendo que, este mesmo hectare, na próxima safra, deve representar cerca de 60 toneladas de cana. “Essa é uma ideia do banco de sementes de cana que vai gerar a melhoria de nossa produtividade sem aumentar a área de plantio no estado e sem aumentar as despesas tanto do governo quanto dos produtores. Esperamos que o projeto seja contínuo e que beneficie diversos produtores de cana, assim como o governo já faz com o banco de sementes de feijão, de sorgo, milho, batata, entre tantas outras culturas”, lembra o secretário.

Para o banco de sementes de cana terão prioridade os pequenos produtores, os fornecedores de cana dos engenhos do Brejo paraibano e os produtores pertencentes à Agricultura Familiar. Rômulo Montenegro destaca que o Brejo possui cerca de 16 engenhos de cachaça e rapadura, e cerca de 150 mil pessoas dependem da safra de cana-de-açúcar. Por esse motivo, das 8.400 sementes de cana disponíveis inicialmente no banco de sementes, 50% serão destinadas à região. “É uma região culturalmente e socialmente dependente da cana. Por isso, o governo vai destinar 50% dessas sementes para a região. As demais sementes serão distribuídas na Zona da Mata, litoral paraibano”, disse.

Outro aspecto importante da oficialização do banco de sementes é que o governo também distribuirá variedades de cana já conhecidas e aprovadas pelos produtores da Paraíba: a RB 92-579 e a RB 86 – 7515, que são plantas que se adaptam bem ao clima e solo da região. Ao todo, de acordo com o engenheiro agrônomo e Gerente Executivo de Abastecimento da Sedap, Benélio Francisco de Araújo, serão distribuídas 4.440 toneladas da RB 579 e 3.960 toneladas da RB 7515. Benélio salienta que embora as sementes sejam resistentes, o governo também está se preocupando em realizar a entrega da cana ainda durante o tempo de plantio de mudas. “Estamos apenas finalizando a parte burocrática e de licitação da empresa que fará essa distribuição para dar início à ação nas primeiras semanas de agosto”, afirma o engenheiro agrônomo, acrescentando que a expectativa é de que cada cidade que tenha produtor de cana beneficiado pelo projeto receba um polo de distribuição das cana-semente.

Para acompanhar a divulgação dos beneficiados, os produtores podem se informar através da Asplan, que encaminhou a lista dos produtores de cana paraibanos associados à Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) para triagem técnica. Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, a distribuição de sementes fortalecerá a produção de cana no estado após a grande seca que abalou a atividade na Paraíba. “Com essa ajuda, os pequenos produtores poderão adquirir boas variedades e elevar sua produtividade sem custos. Isso, sem dúvida, é uma ótima notícia. Por isso, também desejamos que o banco de sementes seja permanente, até para ajudar o produtor em um momento difícil seja ele causado por seca ou por uma praga”, finaliza Murilo.

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