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Safra 2012/2013 dos fornecedores de cana do Estado registra uma diferença de quase 30% em relação ao ano anterior

safra20122013A safra total de cana-de-açúcar do Estado também registrou queda em relação a safra passada

A produção de cana-de-açúcar referente à safra 2012/2013 dos 1.700 fornecedores ligados à Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) contabilizou um resultado final de 2 milhões e 292 mil toneladas, referente a 43,64% de toda a produção paraibana, que foi de 5 milhões e 252 mil toneladas. Os 53,36% restantes correspondem à cana própria de usinas e de seus respectivos acionistas. O processo de moagem no estado foi iniciado em agosto do ano passado e terminou no final de abril último. A quantidade moída pelos fornecedores ligados à Asplan foi 27% inferior ao total contabilizado na safra 2011/2012, quando os mesmos fornecedores moeram 3 milhões e 280 mil toneladas de cana. Ano passado, a Paraíba moeu 6,7 milhões de toneladas de cana. A quantidade foi 21,7% maior que a registrada este ano.

As perdas, segundo o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, estão diretamente relacionadas à grande seca que abalou a região Nordeste. “Em 2012 fomos surpreendidos pela seca. Houve um desarranjo na nossa produção. Estamos convivendo com a falta de brotação e a morte de diversas soqueiras, um quadro que praticamente não aconteceu na safra anterior. Temos produtores que chegaram a ter 50% de perda em seus campos. A situação é crítica”, justifica Murilo Paraíso.

Segundo o Departamento Técnico da Asplan (Detec), 95,45% dos fornecedores ligados à associação é formado por micro e pequenos produtores. “Isso reforça o que sempre dizemos que a maior parte dos plantadores de cana da Paraíba são micro e pequenos produtores e, mesmo com perdas, chegamos a uma quantidade que representa quase metade de toda a safra de cana-de-açúcar moída no Estado este ano”, destaca Murilo.

O presidente da Asplan lembra ainda que o estado paraibano detém a terceira maior produção de cana-de-açúcar do Nordeste, atrás apenas de Alagoas e Pernambuco, destacando a importância dos incentivos federais para que os pequenos produtores consigam seguir em frente. “Precisamos apoiar mais os nossos pequenos e médios produtores de cana porque são eles os que mais necessitam de ajuda nesse momento para retomar a produção”, frisa o dirigente, lembrando que a normalização das chuvas em 2013 ainda não foi suficiente para repor as perdas. A Paraíba possui um total de oito unidades industriais sucroalcooleiras, que produzem açúcar e álcool.

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Canavieiros da Paraíba ficam surpresos com decisão da presidente Dilma de vetar subvenção para produtores do NE atingidos pela seca

dilmavetaO veto da  presidente Dilma Rousseff ao pagamento do subsídio econômico que seria destinado aos 21 mil produtores nordestinos de cana-de-açúcar atingidos pela maior seca dos últimos 40 anos, causou indignação e surpresa na classe produtiva paraibana. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (08), no Diário Oficial da União. “Foi uma notícia desastrosa para toda a classe, pois contávamos com essa subvenção para amenizar o nosso prejuízo”, lamentou o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso.

As justificativas para o veto estão na publicação do DOU e destaca o limite orçamentário do Governo como um dos principais fatores. A União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), entidade que representa os órgãos de classe do setor nos estados da região Nordeste, questiona a justificativa. “A presidente mostrou-se insensível com a classe produtora, que amargou prejuízos por causa da seca, e vislumbrava na subvenção um alento para amenizar a situação”, destacou o presidente da Unida, Alexandre Lima. Para ele, “e no mínimo limitado, vetar o subsídio para os produtores nordestinos de cana sob a justificativa de questões orçamentais”.

A subvenção econômica para o setor não é uma política nova do governo federal. Ela foi criada pela própria Dilma ainda enquanto era ministra da Casa Civil no segundo governo Lula. Há três anos, o produtor recebe subvenção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), oriundo da fonte orçamentária OC2 do Ministério da Agricultura.  Até o ano passado, a subvenção equivalia a R$ 5,00 por tonelada de cana fornecida às usinas, até o limite de mil toneladas por produtor. Este ano, a proposta aprovada pela Câmara Federal elevava esse valor para R$ 10,00 por tonelada, mantendo o mesmo limite por produtor. A proposta da subvenção para os produtores de cana está inserida na MP 587.

 Para Alexandre Lima ainda há uma esperança. “O Congresso Nacional pode vetar o veto da presidente e é isso que vamos solicitar dos nossos parlamentares”, finaliza o dirigente da Unida.

 

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