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Produtores paraibanos conhecem detalhes do Plano Safra 2017/2018

Com um volume total de recursos de R$ 200,25 bilhões, dos quais R$ 91,5 bilhões estão disponíveis através do Banco do Brasil, o Plano Safra 2017/2018 tem 2,4% a mais em créditos do que a safra anterior e chega com a novidade da redução da taxa de juros nos principais programas, que variam de 1% a 2%. Esses e outros dados sobre o Plano Safra foi apresentado, nesta terça-feira (11), aos produtores paraibanos pelo gerente de mercado agropecuário do BB, Fábio Cardoso. A superintendente do Banco do Brasil na Paraíba, Maristela de Oliveira Salles, fez a fala de abertura do evento, enaltecendo a parceria com a Asplan e a disponibilidade do banco em estimular a agricultura local, especialmente, a cana-de-açúcar.

O evento, realizado no auditório da Asplan, contou ainda com a participação do secretário de Agricultura, Rômulo Montenegro, do superintendente da Sudema, João Vicente Sobrinho, do representante do Ministério da Agricultura, Manoel Otávio da Mota, além do presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a quem coube saudar os presentes e abrir o evento. “Estamos muito felizes de participar deste evento, pois sempre que se fala em recursos e investimentos, nós associamos a esperança de dias melhores e boas novas no campo. O Plano é um incentivo muito bem-vindo”, disse Murilo.

O secretário Rômulo Montenegro falou dos avanços no setor produtivo da Paraíba nos últimos anos, destacou a importância da atividade canavieira e do setor sucroenergético, reiterou que o governo estadual já vem se estruturando e implementando políticas públicas que estimulem o setor produtivo e que está aberto ao diálogo com as instituições bancárias para ampliar os avanços. “Para produzir mais e melhor o produtor precisa de estímulo e para ir adiante precisamos do apoio financeiro das instituições bancárias e ainda de uma política energética nacional que valorize o agronegócio, responsável hoje por 21% do PIB Nacional”, destacou Rômulo.

A redução de juros, a amplitude da abrangência do Plano que contempla todos os níveis de produtores do país e a expectativa de resultados do governo federal foram os enfoques da fala do representante do Ministério da Agricultura, Manoel Otávio da Mota. Segundo ele, a expectativa do governo, em disponibilizar 2,4% a mais de crédito que na safra anterior, é que esse volume seja utilizado. Já o superintendente da Sudema, João Vicente Sobrinho, destacou a atuação do órgão no fomento aos arranjos produtivos locais. “O atual governo estadual, de fato, tem um olhar voltado para o futuro, onde o agronegócio ocupa um lugar de destaque pela sua importância e amplitude, mas, o grande debate é como é que pode fazer? A burocracia na concessão de licenças não pode ser entendida como empecilho, mas como critério com vistas ao futuro”, disse ele.

“O Plano Safra abre muitas possibilidades para o produtor brasileiro e o Banco do Brasil, através da superintendência na Paraíba, está de portas abertas para o setor produtivo”, afirmou a superintendente do BB, Maristela de Oliveira Salles, que também agradeceu a parceria com a Asplan. Ela estava acompanhada de alguns, dos 108 gerentes de agências que atuam no estado.

Coube ao gerente de mercado agropecuário na Paraíba, Fábio Cardoso apresentar os detalhes do Plano Safra, a exemplo do volume de recursos, na ordem de R$ 72,1 bilhões que o BB disponibiliza para Custeio e Comercialização e, ainda, mais R$ 19,4 bilhões para Investimentos. Desse montante, segundo Fábio, R$ 14,6 bilhões são direcionados para Agricultura Familiar, R$ 15,5 bilhões para médios produtores e o maior volume de recursos, no total de R$ 61,4 bilhões, para Agricultura Empresarial. Ainda de acordo com ele, os clientes BB terão este ano mais comodidade já que todas as operações podem ser feitas via móbile. “O cliente só passa na agência para assinar o contrato”, garante Fábio, que agradeceu a parceria da Asplan, inclusive, na questão de coibir a inadimplência.

O produtor e ex-presidente da Asplan, José Inácio de Moraes, que vai utilizar os recursos do Plano Safra para investimentos em cana-de-açúcar nas fazendas Santa Inês, em Mamanguape, e Sedução, em Itapororoca e na produção de bananas, na fazenda São José, em Curral de Cima, destacou a importância da retomada do relacionamento do Banco do Brasil com o setor. “Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o Banco do Brasil se distanciou do setor e ficou quase dez anos sem disponibilizar recursos para nós, numa decisão equivocada que, felizmente, foi revertida”, destacou José Inácio, lembrando a força do agronegócio que, mesmo em meio a grave crise que o Brasil atravessa, continua produzindo, gerando riqueza e emprego no campo.

O produtor Carlo Heim, que planta cana há 31 anos, não vai usar o Plano Safra, mas outra linha de crédito do BB para custeio, em sua fazenda na zona rural de Santa Rita, mas reiterou a importância da disponibilidade de crédito pela instituição. “Quando o BB deixou de disponibilizar recursos para cana-de-açúcar, as instituições privadas, principalmente o Bradesco, ocuparam esse espaço, mas nem sempre tinham taxas e prazos atrativos. É bom poder contar com o BB porque quanto mais opões o produtor tiver, melhor e melhor ainda com prazo e taxas de juros atrativas. No nosso caso, a falta de uma política que regulamente o preço, nos fragiliza, pois não temos a certeza de quanto vamos receber pela cana na época da venda”, finalizou ele.No final, todos se confraternizaram em meio a um coffe break.

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Plano Safra 2017/2018 será apresentado aos produtores de cana da Paraíba

As novidades anunciadas pelo Ministério da Agricultura para o Plano Agrícola e Pecuário ou Plano Safra 2017/2018, que entrou em vigor no último dia 03 de julho, serão apresentadas e aos produtores de cana-de-açúcar da Paraíba e os agricultores de outras culturas, na próxima terça-feira (11). A apresentação e detalhamento do Plano será feita por representantes do Banco do Brasil, no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), na Rua Rodrigues de Aquino, 267, Centro, João Pessoa, a partir das 9h30.

O Plano Safra, destaca o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, é lançado pelo governo federal no início do ano agrícola, em 1º de julho e tem o objetivo de ajudar os agricultores a custear a safra. “O crédito disponibilizado pelo Plano Safra, geralmente, tem taxas de juros menores e mais atrativas, o que é um estímulo para o produtor. Nesta apresentação da próxima semana, o produtor vai conhecer o detalhamento do Plano para esta safra e poderá tirar todas as suas dúvidas com os representantes do Banco do Brasil”, afirma Murilo.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, o Plano Safra 2017/2018 tem 2,4% a mais em créditos do que a safra anterior, com um volume total de recursos de R$ 200,25 bilhões, o maior volume da história. A apresentação na Asplan tem como foco os produtores paraibanos não apenas de cana-de-açúcar e outras culturas, mas, o evento é aberto ao público interessado.

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Variedades de cana mais usadas e que se adaptam melhor às condições de solo e clima da Paraíba ainda são as RB 92579 e 867515

Sempre que o mercado lança uma nova variedade de cana, como agora, com a RB 1443, que chega prometendo uma maior produtividade, reacende a esperança do produtor canavieiro de ter acesso a uma matéria-prima mais resistente às pragas e mais tolerante a escassez hídrica. Mas, estudos e pesquisas realizadas pela Ridesa/UFRPE, que foram apresentados nesta quinta-feira (06), durante o 3º Encontro sobre Variedades de Cana para a Paraíba, atestam que as novidades nem sempre são o que se apresentam e que as variedades mais promissoras para a região Nordeste e, especialmente, para a Paraíba continuam sendo a RB 92579 e RB 865715. O Encontro aconteceu no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).

O evento foi aberto pelo presidente da Asplan, Murilo Paraíso que deu as boas-vindas aos especialistas da Ridesa/UFRPE, Leonam José, Paulo Rocha e Amaro Epifânio que conduziram as palestras técnicas. Em seguida, o vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, enalteceu o trabalho da Ridesa e discorreu sobre o atual momento do setor produtivo canavieiro. “As pesquisas e experimentos da Ridesa/UFRPE têm ajudado muito o produtor de cana do Nordeste, que passa por um momento delicado, com uma estimativa de redução de receita que beira os R$ 20,00 por tonelada de cana em relação à safra passada”, disse Nonato.

O especialista Djalma Euzébio, da UFRPE, fez uma retrospectiva sobre a seleção e experimentos da instituição que há 27 anos estuda variedades de cana-de-açúcar, enaltecendo a importância das pesquisas na região. “A cana que se desenvolve melhor nos tabuleiros e solos arenosos do Nordeste são as variedades desenvolvidas pelas universidades de Alagoas e Pernambuco, em função das condições ambientais mais específicas”, disse ele, destacando a RB 867515 como exceção, já que é uma variedade que se adapta em diferentes regiões.

A palestra de Leonam José, da RIDESA/UFRPE, “Censo Varietal e indicadores de safra”, enalteceu a supremacia das variedades RB que são utilizadas, atualmente, em 65% dos canaviais do Brasil, que totalizam nove milhões de hectares de cana. Na Paraíba e Rio Grande do Norte, segundo apresentação do especialista, 90% da colheita na safra 2016/2017, foram de variedades RB e, ainda frisou que a variedade SP 813250 apresenta frequentemente problemas de ferrugem na planta.

Leoman também apresentou um gráfico com histórico das 11 últimas safras que registraram redução significativa no percentual de renovação. “Isso é ruim para a produtividade, uma vez que deixa o canavial mais velho”, disse ele.

Em seguida, Paulo Rocha e Amaro Epifânio abordaram o tema “Resultados Experimentais e Variedades em Destaque”. Paulo apresentou avaliações de diversas unidades industriais, com dados de TCH, TPH, PC, ATR, TATR.ha, de clones variados, em situações de cortes diferentes enaltecendo a importância do trabalho de pesquisa e experimento que requer tempo, observação regular, medições técnicas e avaliações permanentes. Epifânio se ateve na questão da seleção e plantio de variedades, apresentando resultados do programa de melhoramento genético da cana-de-açúcar. Segundo ele, as variedades RB 101130 e RB 081510 serão as próximas variedades a serem avaliadas, enquanto a RB 021754 e RB 041443 já começam a apresentar bons resultados.

Na parte dos debates, o consultor, Benon Barreto, Djalma Euzébio Neto, da UFRPE, o produtor Neto Siqueira e Hugo Rodrigues, da usina Monte Alegre S/A abordaram assuntos diversos sobre variedades e seus resultados. A rápida liberação comercial da cana transgênica no Brasil foi um dos assuntos abordados. Na opinião de Djalma Euzébio, o melhoramento clássico das variedades ainda é o melhor caminho, inclusive, sob o ponto de vista de investimentos. “Nossos experimentos custam R$ 5,00 por hectare/ano. No CTC esse valor é estimado em R$ 155,00 e há uma estimativa no mercado de que o valor para a cana transgênica seja algo em torno de R$ 350,00”, afirmou ele.

No final do encontro, o vice-presidente da Asplan, agradeceu as informações repassadas pelos técnicos da Ridesa/UFRPE e reiterou sua preocupação com a redução da safra na Paraíba que sofreu uma redução de 40%, nos últimos 30 anos. “Isso nos preocupa, pois se não tomarmos uma providência onde vamos chegar e olha que estamos falando de uma atividade muito importante. É preciso que o governo atente para isso para que não ocorra na Paraíba o que houve com a cultura do Sisal e do Algodão. Hoje, só a cana sobrevive, mas é preciso criar políticas de incentivo ao setor”, finalizou Nonato.

O 3° Encontro sobre variedades de cana é uma ação do Departamento Técnico da Asplan (DETEC) que promove eventos técnicos periódicos que abordam assuntos de interesse dos produtores canavieiros paraibanos. “As informações apresentadas e debatidas neste encontro ampliaram os nossos conhecimentos e nos darão subsídios importantes para melhorarmos nossa atuação enquanto produtores”, destaca o coordenador do DETEC, Vamberto Rocha.

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