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Meteorologista apresenta as perspectivas climáticas para 2016 e diz que as chuvas virão se o Atlântico Sul continuar a aquecer

palestra clima auditorioA palestra aconteceu nesta quinta-feira (10) no auditório da Asplan

Os produtores da cana-de-açúcar paraibanos participaram, na manhã desta quinta-feira (10), de mais um ciclo de palestras promovido pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Desta vez, o público conferiu as previsões climáticas para o ano de 2016 através da palestra do meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa),  Flaviano Fernandes Ferreira. O estudioso, que também é doutorando no assunto, comentou que há esperanças de que o ano de vem seja melhor em se tratando de chuvas para a região litorânea nordestina, mas adiantou que até março a quantidade de chuvas poderá estar dentro da normalidade ou um pouco abaixo da média.

Flaviano explicou que o sul do Oceano Atlântico está aquecendo e que isso é extremamente significativo para a evaporação da água e consequente formação de nuvens no litoral do Brasil. “A corrente sul-equatorial que vem da África está esquentando o Atlântico e, isso, junto à diminuição de temperatura do El Nino no Pacífico, pode trazer chuvas ao nosso litoral em meados de abril ou maio. É uma esperança”, frisou. Esse tempo, segundo ele, será necessário para que o El Nino deixe de exercer sua influência sobre o clima. “Até fevereiro, o El Nino ainda estará presente e isso tende a inibir a formação das chuvas. A expectativa é a de que em março ele já tenha se desfeito”, disse.

Além disso, as chuvas de janeiro a março também são fortemente influenciadas pela localização do vórtice, que são aquelas espirais próximas ao continente facilmente visualizada pelo leigo nos mapas meteorológicos. “Se o centro do vórtice estiver no continente, não teremos chuvas. Mas se ele estiver no oceano e suas bordas próximo ao continente, com certeza as chuvas se formarão”, detalhou o meteorologista da Aesa.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, as explicações não foram muito animadoras, mas atendeu à necessidade dos produtores que buscavam informação a respeito do assunto. “É importante para o produtor ter esse conhecimento para que ele possa se organizar melhor. Já sabemos que o ano que vem não começará com chuvas boas, mas também sabemos que há esperança de que as coisas melhores quando o Atlântico aquecer e o Pacífico esfriar, porque isso reduz também o El Nino. Vamos acompanhar isso com atenção e especial interesse”, disse o dirigente.

Máquina Colhedora- Cortadora de cana

Ao final da apresentação das perspectivas do clima para 2016, um representante da Associação dos Plantadores de Cana de Sergipe (Asplana), Helber Rodrigues, aprestou aos produtores paraibanos o desempenho de uma máquina colhedora e cortadora de cana (a Mec Colhe), melhorada pela MecMaq, que já vem vendo utilizada com sucesso em São Paulo e em Sergipe.

De acordo com o vídeo apresentado, que pode ser acessado no You Tube colocando-se o nome da máquina (Mec Colhe), o equipamento consegue colher 6 a 7 toneladas/hora de cana crua e 9 toneladas/hora de cana cortada. “E um ótimo trabalho e, ainda por cima, a cana sai limpa, o que é uma grande diferença das outras máquinas já disponíveis no mercado”, frisou o apresentador do equipamento.

O evento contou com a participação do presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Lima; o presidente da Associação de Plantadores de Cana do Rio Grande do Norte (Asplan), Renato Lima; o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana do Extremo Sul da Bahia, Jorge Monteiro; e o presidente do Sindicato dos Produtores de Cana de Pernambuco, Gerson Carneiro Leão, além da diretoria da Asplan PB e seu Departamento Técnico (Detec), representado pelo seu coordenador, o engenheiro agrônomo, Vamberto Rocha.

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Termo de cooperação técnica para revitalização de Gramame e Abiaí é assinado durante lançamento do Fórum Permanente de Proteção as bacias

murilo joseFórum de proteção dos rios foi lançado nesta terça-feira (24), na sede do MPPB, em João Pessoa

O estudo que fará o diagnóstico e monitoramento ambiental das bacias dos rios Gramame e Abiaí, cujo objetivo é criar uma base de dados sobre os principais problemas que estão interferindo na qualidade da água que abastece a Grande João Pessoa, custará cerca de R$ 654 mil. Os recursos para custear o projeto será rateado entre órgãos públicos e privados, empresas e a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan)  que se disponibilizaram a contribuir com a revitalização do Gramame e Abiaí. Nesta terça-feira (24), o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, participou da solenidade de  lançamento do Fórum Permanente de Proteção do Gramame,  da assinatura do termo de cooperação técnica que vai viabilizar o diagnóstico ambiental das bacias e ainda do lançamento do edital de concurso para criação da logomarca do selo que será concedido aos parceiros da revitalização. O evento aconteceu na sede do MPPB, na capital paraibana.

O projeto, que será desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a partir de janeiro de 2016, foi solicitado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB) e  Ministério Público Estadual (MPPB). Além da Asplan, são parceiros do projeto a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Secretaria de Meio Ambiente do Município de João Pessoa (Semam), Coteminas, Compel, Rumos Engenharia, Biosev e Agro Industrial Tabu.

O procurador da República, José Godoy Bezerra de Souza, que realizou, recentemente,  uma palestra na Asplan, destaca que os principais objetivos do projeto é identificar o uso e ocupação do solo às margens dos rios, os principais fragmentos de Mata Atlântica existentes na área, contabilizar e identificar as áreas de preservação permanente que precisam de restauração, incluindo margens, riachos e nascentes, além de localizar fontes de contaminação, identificar presença de metais e agrotóxicos, entre outros fatores. Numa etapa posterior, cobrar das indústrias que poluíram as bacias o devido ressarcimento e reparos ambientais. “Queremos preservar o meio ambiente na Paraíba desde já, e não só pensar nas gerações futuras”, disse Godoy.

“A Asplan apoiou o projeto desde o início, porque entendemos que é de suma importância a revitalização das bacias do Rio Gramame e Abíai, que passa pela identificação dos  problemas que estão interferindo na qualidade da água que abastece a Grande João Pessoa e a busca de soluções que revertem esses impactos”, argumenta Murilo Paraíso que participou da solenidade no MPPB acompanhado do diretor da Associação, Oscar Gouvêa e do coordenador do Departamento Técnico da entidade, Vamberto Rocha.

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“Semente de cana” que promete aumentar produtividade estará disponível na safra 2018/2019

cana sementeokA partir da safra 2018/2019, os plantadores de cana-de-açúcar do Brasil poderão ter à disposição uma importante inovação tecnológica, ou seja, a utilização da “semente de cana” (célula de cana clonada), cuja pesquisa está em desenvolvimento nos laboratórios do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), localizado em Piracicaba (SP). A expectativa do mercado é que a novidade provoque uma verdadeira revolução nos índices de produtividade do setor. A informação foi dada pelo presidente do CTC, José Gustavo Teixeira Leite, durante encontro recente com o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, na sede da entidade, em Brasília.

O melhoramento genético da cana, cujas pesquisas estão sendo feitas pelo CTC, com investimentos no valor de R$ 4 bilhões, permitirá o surgimento de novas variedades mais produtivas da cana, com maior teor de sacarose, tolerância à seca e resistência às pragas. A primeira variedade transgênica deverá ser colocada no mercado em 2017, antecedendo à “semente de cana” que tem previsão de estar à disposição dos produtores dois anos mais tarde.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (ASPLAN), Murilo Paraíso, recebeu a notícia com muita alegria e expectativa. “Creio que com a utilização desta nova variedade será possível melhorar significativamente a produtividade já que ela é resistente a seca e a pragas, além de ter maior teor de sacarose”, destacou Murilo.

Segundo o presidente do CTC, em termos de biotecnologia, a cana-de-açúcar está 17 anos atrasada em comparação com os exemplos de sucesso obtidos com as sementes transgênicas desenvolvidas no país para as culturas de milho e soja. “A partir da utilização da “semente de cana” vai ser possível melhorar muito a produtividade do setor, porque a forma de plantio do produto tem quase as mesmas características de 400 anos atrás, em relação ao desenvolvimento tecnológico”, assegura o executivo do CTC, destacando que dentre as metas do CTC, detalhadas ao presidente da CNA, está dobrar a produtividade da cana por hectare, nos próximos dez anos.

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