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O sorgo desponta como alternativa para a produção de biomassa diante da expectativa de queda na moagem da cana

sorgoNúmeros da Datagro estimam que a safra 2014/2015 apesentará uma queda de pelo menos 6% na moagem da cana-de-açúcar em relação à safra 2013/2014. O fato, consequentemente, gerará menos bagaço (biomassa) para a produção de energia ou etanol celulósico. Mas, algumas alternativas estão surgindo para transpor esses obstáculos. Uma delas é a plantação de sorgo, cultivado no período da entressafra. A planta, além de suprir a necessidade de biomassa da usina e se adaptar muito bem ao clima quente e solo do país, tem um ciclo muito reduzido, de apenas 120 dias, e não exige mudanças ou adequações nos parques industriais uma vez que as indústrias já trabalham com o processamento de sacarose.

Duas espécies têm sido utilizadas: o sorgo registrado ano passado pelo Ministério da Agricultura como “Palo Alto” e o sorgo sacarino malibu. Esta última, inclusive, acumula açúcar para a produção de etanol de primeira e segunda geração, apresentando-se como uma alternativa bem interessante para o produtor de cana tanto como complemento na produção quanto na melhoria do solo. “Temos várias vantagens no sorgo. Mas, a curta produção de apenas 120 dias e a plantação em áreas de renovação realmente são que mais entusiasmam o produtor”, disse o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso.

O setor canavieiro renova seus campos entre 12% e 16% todos os anos e parte desse território fica ocioso entre novembro e março, existindo alternativas atraentes de utilização desses espaços. “Muitas usinas poderão manter ou até ampliar sua oferta de biomassa e matéria-prima produzindo sorgo”, comentou o presidente da Asplan, frisando que projetos que colocavam o sorgo como alternativa complementar ao cultivo da cana-de-açúcar já existia desde os tempos do Proálcool.  No Centro-Sul, a cultura já vem sendo desenvolvida há algum tempo, com sua colheita acontecendo nas vésperas da colheita da cana. No Nordeste, experiências já podem ser vistas nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe.

Sobre o sorgo

A planta tem seu maior desenvolvimento nos meses mais quentes do ano, que proporcionam um ambiente ideal para o crescimento da planta, que tem tamanho médio de 2,5 metros. Apesar de ter uma produção menor, a planta tem menor exigência hídrica que a cana-de-açúcar (algo em torno de 400mm), baixo custo de produção e prazo bem mais curto para colheita, algo em torno de 120 dias, enquanto que a cana-de-açúcar demora de 1 a 1,5 ano.

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NORCANA chega ao seu fim tendo cumprido o seu papel de repassar informações importantes ao setor canavieiro

norcana03A terceira edição da NORCANA, feira promovida pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), chegou ao seu fim nesta quinta-feira (18), em Recife. A diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) prestigiou todo o evento, que teve seu início na terça-feira (16). Para o presidente da entidade, Murilo Paraíso, a feira e as palestras promovidas pela AFCP geraram uma ótima oportunidade de negócios e divulgação de novos panoramas econômicos do setor com a participação de pesquisadores de renome. O vice-presidente da Asplan, Pedro Jorge e o diretor, José Inácio de Moraes também participaram do evento no dia da abertura.

“Ficamos satisfeitíssimos com a nossa participação na NORCANA. Foi muito bom assistir às apresentações, por exemplo, do Dr. Marcos Fava Neves, professor da USP, que nos falou sobre um cenário difícil para o setor no próximo ano em função da crise da Petrobras e da falta de políticas públicas de incentivo ao consumo e fabricação do álcool”, disse o dirigente, citando outros momentos também. “O corte mecanizado também é uma preocupação do setor e a organização do evento está de parabéns por ter incluído esse tema na NORCANA”, comentou.

No último dia da NORCANA, o público assistiu a diversas palestras sobre corte mecanizado. A primeira delas foi a palestra do Dr. César Cândido, gerente de Motomecanização da Usina Trapiche sobre “Mecanização de Encosta com o trator TK”, que aconteceu às 14h. Em seguida, às 15h, apresentou-se Marcos Ferreira, da Usina Olho D’Água, com a palestra “Corte de Cana Mecanizado”. Para encerrar a programação, o público ainda assistiu à palestra de Shirlan de França Medeiros, do Grupo Carlos Lyra, sobre “Eucaliptocultura: uma alternativa econômica para a Zona da Mata”. O evento chegou ao fim já à noite, com uma confraternização entre os participantes durante um coquetel.

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Agronegócio tem saldo positivo de US$ 7,48 bilhões em agosto

agronegocioO agronegócio brasileiro está tendo um papel decisivo para evitar a deterioração ainda mais rápida da balança comercial e a desaceleração mais forte da economia. Em agosto, as exportações do agronegócio somaram US$ 8,89 bilhões e as importações, US$ 1,41 bilhão. O resultado é um saldo positivo de US$ 7,48 bilhões só no mês passado. As exportações de janeiro a agosto deste ano alcançaram US$ 67,61 bilhões.          O aumento do volume exportado tem reduzido boa pane do efeito negativo da redução dos preços, de modo que os resultados do comércio exterior do agronegócio continuam muito altos, compensando largamente o mau desempenho das exportações de outros setores, sobretudo o industrial.

Nos oito primeiros meses de 2014, a balança comercial do País – resultado de tudo o que foi exportado e importado no período – acumulou um saldo positivo de apenas US$ 249 milhões. Já o superávit do agronegócio alcançou, no mesmo período, US$ 56,36 bilhões. Pela comparação desses números pode-se imaginar como estaria o comércio exterior brasileiro caso o agronegócio não continuasse a apresentar um desempenho tão positivo como tem apresentado.

Para alcançar esses resultados, a despeito da queda dos preços internacionais e, sobretudo, das persistentes dificuldades de transportes e Logística decorrentes dos atrasos dos programas de Infraestrutura do governo federal, o setor Agrícola brasileiro precisou atingir um alto nível de eficiência. A disposição do empresariado rural de assumir riscos, investindo mesmo em períodos de incertezas, resultou numa Agricultura altamente produtiva e, por isso, competitiva. A crise que afeta duramente o setor industrial continua distante do campo.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, destaca que o agronegócio nacional vem cada vez mais se fortalecendo, mas ainda carece de políticas específicas e mais efetivas, principalmente, voltadas para o setor sucroenergético. “O governo ainda falha em não priorizar a matriz energética nacional como deveria e ainda não tem políticas que privilegiem a produção de um combustível limpo e renovável como o álcool, nem dá o apoio necessário às indústrias sucroenergéticas. Quando essa falha for corrigida, o país terá outro vetor de desenvolvimento”, afirma o dirigente da Asplan.

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