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Produtores canavieiros da Paraíba serão recebidos pelo Governador Ricardo Coutinho nesta quinta-feira

ricardocoutinhoA distribuição de cana semente, a situação das estradas dos municípios canavieiros, a recuperação do setor sucroenergético do Nordeste e questões fundiárias são assuntos da pauta a ser abordada no encontro

Dirigentes da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) têm um encontro marcado com o governador do Estado, Ricardo Coutinho, nesta quinta-feira (23), às 10h. O grupo representante dos produtores de cana paraibanos que será recebido pelo governador na Granja é formado pelo presidente da Asplan, Murilo Paraíso, pelo direto-secretário da entidade, Raimundo Nonato, além dos diretores Oscar de Gouvêa e José Inácio de Morais.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, explicou que a pauta da audiência é constituída de reivindicações e propostas que visam o desenvolvimento para a mais importante cultura no Estado. Dentre os pleitos dos produtores destacam-se as obras de recuperação das estradas dos municípios canavieiros para melhor garantir o escoamento da produção de cana-de-açúcar, o retorno do programa de distribuição de cana semente no Brejo e Litoral paraibanos, a recuperação do setor sucroenergético do Nordeste, entre outros itens.

Para Murilo Paraíso, presidente da Asplan, a expectativa para o encontro é a melhor possível. “Já tivemos outras audiências com o governador e saímos destes encontros bastante otimistas pelos encaminhamentos, pelo acolhimento de nossas reivindicações e porque em todas elas sentimos que o governador acredita em nossa agricultura e tem projetos para desenvolvê-la”, concluiu Murilo. Além dos produtores de cana-de-açúcar participarão da audiência representantes da indústria sucroalcooleira paraibana.

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Moagem de cana dos fornecedores da Asplan para as usinas na safra 2013/2014 já chega a 85%

moagemcanaO processo de moagem da cana-de-açúcar referente à safra 2013/2014 dos fornecedores ligados à Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já atingiu 85%, o equivalente a 1.406.551,442 toneladas. Toda essa matéria-prima produzida pelos 1.700 fornecedores/associados já foram processadas nas oito usinas sucroalcooleiras do estado, sob a fiscalização de 18 agentes tecnológicos contratados pela Asplan. O trabalho teve início em agosto em algumas unidades e noutras em setembro. A expectativa é que a safra termine em fevereiro. Os dados são do Departamento Técnico da Asplan (Detec).

“É importante salientar que o atraso do inicio desta safra em relação a anterior ocorreu por conta do péssimo desempenho do inverno de 2012 e o inverno de 2013 ter começado a se consolidar só a partir de maio, retardando portanto a época ideal de corte da cana para moagem”, explica o Coordenador do Detec, Vamberto de Freitas Rocha. Segundo Vamberto, dificilmente será atingida a mesma moagem  da safra 12/13 que, comparando com a 2011/12, já teve uma redução de 25%, repercutindo de uma forma bastante negativa na atividade dos produtores de cana-de-açúcar. “Daí a importância das ações efetivadas do Estado como todo para recuperar uma das culturas que mais gera emprego e renda na Paraíba”, complementa o presidente da Asplan, Murilo Paraiso.

Moagem e fiscalização

A moagem da cana na Paraíba, assim como a respectiva fiscalização, acontece durante 24 horas nas usinas Japungu, Miriri, Monte Alegre, Giasa, Agroval, Tabu, São João e Pemel, que concluirão os trabalhos gradativamente. De acordo com o geotecnólogo da Asplan Thybério Luna, a primeira usina a encerrar as atividades da safra 2013/2014 deve ser a Miriri, enquanto que a Japungu e a Agroval deverão moer até o final de fevereiro, devido à demanda de produção de cana própria.

Os agentes/fiscais tecnológicos disponibilizados pela Asplan monitoram todo o processo de moagem da cana-de-açúcar, sobretudo o cumprimento das normas técnicas estabelecidas entre empresas processadoras de cana e fornecedores, como a pesagem da matéria-prima e o seu pagamento pela ATR (Açúcar Total Recuperável), até a trituração, a leitura do Brix (teor de sacarose) e da Pol (pureza do caldo extraído) da cana. “Nosso objetivo é de garantir uma avaliação precisa da qualidade da matéria-prima fornecida às usinas e que o fornecedor de cana não seja prejudicado no momento do recebimento de seu pagamento”, explicou Thybério, acrescentando que o produtor que tiver, por exemplo, a ATR (açúcar) de sua cana abaixo da média, deve procurar de imediato a Asplan, mais especificamente o Detec, para estudar a causa para o baixo rendimento e aprimorar a qualidade de sua matéria-prima.

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Produtores de Cana do Nordeste se reúnem para debater direcionamentos para a defesa do setor em 2014

dirigentes1A importação do álcool dos EUA e o apoio ao comitê temático interministerial  foram os destaques da reunião, que aconteceu nesta quarta-feira (15), em Recife

Presidentes das associações nordestinas de cana-de-açúcar se reuniram nesta quarta-feira (15), em Recife, para discutir qual o direcionamento que as entidades tomarão em 2014 quanto a diversos assuntos que afligem o setor, a exemplo das dívidas dos produtores, da crise do álcool e a falta de incentivo do Governo Federal para a atividade canavieira no país. Durante o encontro, dois temas bastante atuais se destacaram: o repúdio à importação de álcool anidro feita dos Estados Unidos (EUA) e a descrença da classe em relação ao soerguimento da atividade sem estímulo do poder público.  O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, esteve presente na reunião e apoiou todos os encaminhamentos.

Na oportunidade, Murilo assinou, junto a outros representantes de entidades de classe do Nordeste, uma representação contra a importação de álcool. O documento solicita à Agencia Nacional de Petróleo (ANP) o fim da importação para evitar uma crise maior no setor. “Os produtores de cana estão sendo prejudicados com essa importação porque ela está acontecendo justamente durante a safra. O resultado é que com a compra de álcool fora do país, o preço do combustível está despencando e nós, consequentemente, também temos prejuízo”, argumenta o presidente da Asplan, lembrando que em meio a isso, o setor ainda enfrentou a seca e consequente queda da produção.

No documento enviado à ANP se detalha o modelo de remuneração do setor e o dano econômico provocado pela internalização do etanol vindo do exterior. “Tal modelo valoriza a cana a partir dos seus produtos finais, ou seja, pelos valores do mix de produção das unidades industriais: etanol e açúcar. Dessa forma, com a importação do etanol, ocorrerá uma depreciação dos valores produzidos da região nordestina e, consequentemente, dos valores da tonelada de cana. Tal fato é somado com a política do Governo Federal em manter o preço da gasolina estável. No que resulta na perda de competitividade do combustível renovável e na deterioração dos preços recebidos pela cana”, afirma o documento.

Também durante o encontro, os dirigentes assinaram um documento em que apoiam o “Comitê Temático Interministerial para a Reocupação do Setor Sucro Energético da Região Nordeste” no âmbito da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O comitê tem o objetivo de propor ações de médio e longo prazo para o soerguimento do setor. Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, o governo federal precisa intervir para estabilizar os preços dos combustíveis, descortinando um horizonte mais promissor para o setor. Ele acredita que se o Brasil não tiver preço que viabilize a atividade, o setor canavieiro nunca vai se recuperar, visto que hoje existe um grande endividamento das usinas e dos próprios fornecedores de cana, o que impede o soerguimento da atividade por ela mesma.

“A situação está se agravando. A cana é a maior e mais expressiva cultura local, mas ela não consegue se erguer sozinha porque já está bastante comprometida com as dívidas e a própria seca que castiga a região ano sim ano não. O setor sucroalcooleiro  depende de incentivos do governo para se recuperar. Por isso estamos lutando contra essa importação arbitrária do álcool e apoiando o comitê temático para tratar desses assuntos na Sudene. Precisamos de um programa forte por parte do governo federal para recuperar o preço da cana e mantê-lo ao ponto dele remunerar o setor”, defendeu Murilo.

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