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Previsões meteorológicas apontam para um ano de chuvas abaixo da média histórica na Paraíba, mas não necessariamente de seca

mario mirandaEstudioso da UNIVASF, Mário Miranda, afirma que, embora apresentem variações no espaço e no tempo, as chuvas em 2013 podem ser razoavelmente distribuídas.

Nestes últimos dias, nuvens carregadas que se espalham pelo interior do estado trouxeram a chuva para João Pessoa e algumas cidades no interior e litoral da Paraíba. Contudo, antes de a chuva cair, a temperatura chegou, neste domingo (17), próximo aos 35ºC, o que mostra que as pancadas de chuva, apesar de mais frequentes daqui por diante, não devem modificar a situação climática da região. O meteorologista Mário de Miranda, coordenador do laboratório de meteorologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF explica que as previsões apontam, inclusive, para chuvas abaixo da média histórica na Paraíba. Contudo, ele destaca que, como se trata de uma previsão, a situação pode mudar.

 “As previsões são de que no período de fevereiro a abril ocorram chuvas abaixo da média histórica. Em condições normais, os dados mostram que a estação chuvosa no litoral da Paraíba vai de março a agosto e em alguns anos se estende até setembro, então, vamos aguardar um pouco para ver como se comporta o clima até o início de março”, diz o meteorologista Mário Miranda, lembrando que mesmo em anos atípicos a maior concentração de chuva ocorre entre os meses de abril e julho. “Como um todo, o ano de 2013 será de chuvas abaixo da média histórica, mesmo nesses meses de maior concentração de precipitações”, afirma o especialista.

Embora em menor volume, Miranda frisa, no entanto, que nem sempre as chuvas abaixo da média histórica significam secas. Segundo ele, a previsão pode muito bem significar que em alguns meses as precipitações podem ocorrer com maior volume e em outros não, e mesmo assim as chuvas serem razoavelmente distribuídas ao longo do ano. Ou seja, as chuvas não serão homogêneas e deverão apresentar variações no espaço e no tempo – pode chover mais em algumas áreas e não chover em outras – mas, ainda assim, o volume de água em um determinado momento pode compensar a falta em outra situação.

Assim, mesmo as previsões meteorológicas sendo pouco animadoras, o setor canavieiro paraibano ainda guarda uma ponta de otimismo já que elas não apontam para outra seca. “Já sofremos demais no ano passado e este ano estamos vendo que, mesmo que as chuvas abaixo da média ainda podemos ter uma precipitação mais distribuída. Vamos acreditar em um futuro mais promissor para 2013 e torcer para que isto aconteça pelo menos durante a época da estação chuvosa que aqui no estado começa em março e vai até agosto, quando também estamos preparando nossos canaviais para a próxima safra”, afirma o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso.

Seca em 2012

Produtores de cana-de-açúcar de seis estados nordestinos, inclusive da Paraíba, sofreram com perdas de até 35% nos canaviais em função da seca que abalou a região em 2012. Endividados e ainda amargando as perdas, a maior parte dos produtores está encontrando dificuldades para renovar a área de plantio e investir na compra de insumos para o preparo da terra. A safra 2012/2013 na Paraíba já registra um déficit de pelo menos 25%. Para o dirigente da Asplan, em 2013, a simples previsão que não aponta para mais uma seca, já é, por si só, uma ótima notícia para a categoria. “Não podemos perder mais nada”, finaliza Murilo Paraíso.

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Produtores de cana acreditam que alteração da mistura de álcool à gasolina não resolve os problemas do abastecimento energético no país

MuriloParaisoPara o presidente da Asplan-PB, Murilo Paraíso, melhor que o vai e vem da mistura seria o Brasil regulamentar o setor com  metas de produção para o abastecimento interno de álcool

“Mais uma vez o governo está fugindo da discussão de políticas públicas que regulamente o setor energético no Brasil”. Foi com essa afirmação que o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, recebeu a notícia de que o governo federal vai elevar a mistura do álcool anidro à gasolina de 20% para 25%, a partir de 1º maio. Para o dirigente, apesar de o governo entender que dará para aumentar o percentual do álcool misturado à gasolina sem prejuízo dos níveis regulares de etanol no mercado, a medida é mais um paliativo para se esquivar da discussão de políticas públicas que regulamente o setor energético nacional. No final, é o consumidor é quem paga alto tanto pela gasolina como pelo álcool que também pode sofrer reajuste nas bombas.

De acordo com Murilo, ao invés de elevar ou reduzir o percentual de álcool misturado à gasolina, o governo deveria ter um controle maior sobre o fornecimento energético, estabelecendo metas de produção do álcool para o abastecimento interno, garantindo, portanto, os preços finais ao consumidor. “Do contrário, enquanto o governo não chama para si a responsabilidade de determinar metas de produção, são os consumidores que continuarão sendo surpreendidos por oscilações de preços dos combustíveis e o país sempre vai conviver com a possibilidade de desabastecimento, com aumento demasiado dos preços do álcool e esse vai e vem eterno do aumento e diminuição da mistura à gasolina, numa tentativa de baixar o preço desta”, defendeu o dirigente.

O equilíbrio do preço do álcool, para Murilo, está na garantia de oferta assegurada. A regulamentação do setor sucroalcooleiro, segundo ele, é indispensável para o fortalecimento da matriz energética nacional. “Com a implantação de um marco regulatório determinado pelo governo federal, o Brasil teria cotas mínimas para a fabricação de álcool e açúcar e assim também teria estoques reguladores como medida de segurança contra uma eventual escassez da oferta do etanol no mercado interno”, defendeu o dirigente da Asplan, lembrando que a medida beneficiaria também o produtor de cana, que poderia antecipar a venda da matéria-prima ao término da safra, através do sistema de warrantagem.

O vai e volta da mistura

O percentual atual de 20% de álcool misturado à gasolina está em vigor desde fevereiro de 2010, quando o governo federal decidiu reduzir a mistura de 25% para 20% visando a economia de 100 milhões de litros de etanol por mês. A medida serviu para forçar a baixa do preço do álcool comercializado nos postos de combustíveis e manter a oferta do produto no mercado. Agora, o governo pretende retomar a mistura de 25% de álcool à gasolina para reduzir o impacto no preço final do combustível ao consumidor. Segundo o que vem sendo divulgado na imprensa nacional, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que os produtores de etanol garantem que vão dar conta de ofertar o excedente de álcool.

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Primeira cerveja de cana do Brasil está sendo fabricada em Belo Horizonte

cervejaConsiderada a terceira bebida mais conhecida do mundo, atrás apenas da água e do chá, a famosa cerveja possui sabores variados e agora, mais um foi incorporado a sua lista: o de cana-de-açúcar. Pois é. Além dos tipos pilsen, stout, bock, trappiste, de trigo, os apreciadores de cerveja em breve contarão com a primeira cerveja de cana-de-açúcar do mundo, que está sendo fabricada na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Uma garrafa de 375 mililitros da bebida, que possui teor alcoólico entre 6,5% e 8%, deve ficar em torno de R$ 17,00 para o consumidor final depois que for lançada oficialmente. Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, caso a cerveja caia no gosto dos brasileiros, a bebida será um grande incentivo para a produção da matéria prima no país.

 A novidade é uma criação da premiada cervejaria mineira Wäls, em parceria com o mestre cervejeiro norte-americano da The Brooklyn Brewery e editor do The Oxford Companion to Beer, Garrett Oliver. Produzida com uma levedura norte-americana geneticamente modificada, a nova cerveja segue o estilo saison, com alta carbonatação, típico do interior da Bélgica, sendo que produzida com maltes especiais, lúpulos nobres e, é claro, caldo de cana. “Essa cerveja deve agradar os paladares brasileiros porque ela deve ter um sabor frutado, típico do próprio caldo de cana, que já é bastante apreciado pelos brasileiros”, destaca o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, acreditando que esse seja mais um nicho da cadeia da cana-de-açúcar a ser explorada no Brasil. “Com certeza essa cerveja será bastante pedida tanto aqui como no exterior, assim como são as cachaças, que já transmite a todos a ligação e história do povo brasileiro com a cana”, diz Murilo.

            “É bom que se tenha esses exemplos no país para que o próprio poder público enxergue as potencialidades da cana-de-açúcar. Essa é mais uma novidade, a exemplo da energia produzida por meio do bagaço da cana e outras pesquisas que vem sendo feitas com outros derivados da cana, que deve ser explorada e também deve receber incentivo do governo para seu desenvolvimento. É preciso que o poder público incentive isso, bem como a produção de cana no país”, defende o dirigente.

Em matéria publicada no site ‘G1’, de Minas Gerais, em dezembro último, o empresário e cervejeiro José Felipe Carneiro destacou que para produzir a cerveja investiu cerca de R$ 80 mil. Para uma produção inicial de dois mil litros, ele contou que foi moída uma tonelada de cana, o que rendeu 200 litros de garapa. A usina Vale Verde foi a responsável por fornecer a cana-de-açúcar para a produção do caldo. O canavial, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, tem um dos melhores índices de açúcar, tendo seu ‘brix’ variando entre 18 e 23%.

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