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‘Nós não queremos favor, mas o que é nosso de direito’ afirma presidente da Unida sobre inclusão de produtores no CBios

‘Sempre ouvi falar e estudei sobre isso, de que a cana sequestra Carbono no campo, mas se ficar provado que não, a gente abre mão do pagamento do CBios. Ninguém está pleiteando esmola, não queremos favor, mas o que é nosso de direito e temos que ter uma posição clara. Ou estamos dentro do processo ou fora, essa história de meio termo não dá. Vamos deixar isso bem claro. Se provarem tecnicamente que o fundo agrícola não interfere em nada no processo de redução de emissão de Carbono, que a gente fique de fora. Mas, caso contrário, é preciso pagar o que é justo”, disse hoje (19), o presidente da União Nordestina de Plantadores de Cana (Unida) e da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais. O dirigente canavieiro se refere à disputa que se formou em torno da inclusão dos produtores no recebimento dos créditos de carbono (CBios), do RenovaBio.

Há quase três safras, que os produtores pleiteiam a justa parte que lhes é devida no pagamento do crédito financeiro de Descarbonização (CBios) criado pelo RenovaBio e até agora só há pagamentos pontuais e na base de acordos caso a caso. Diante dessa situação, a classe produtiva não teve outra saída e foi buscar apoio no Congresso e através do Projeto de Lei 3149/2020, que tramita na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, eles pleiteiam a garantia que as usinas passem a pagar o crédito que lhes é devido. “Nós não estamos pleiteando nenhum real a mais de nenhuma usina. Que isso fique claro. Infelizmente não tivemos outra alternativa a não ser apelar para o Projeto de Lei porque não foi cumprido o acerto que foi feito lá atrás. Tinha ficado acertado que o projeto do Renovabio ia ser aprovado da forma como estava para depois se corrigir as distorções, como essa de deixar os produtores fora do recebimento do CBios, mas isso já vem se arrastando por três safras e ninguém resolve nada”, afirma José Inácio, lembrando que o PL não se restringe a cultura canavieira, mas também a soja e milho e os produtores de forma geral.

Segundo ele, na Paraíba usinas e destilarias estão dando R$ 40,00 de ajuda de custo para o produtor, mas se recusando a instituir o pagamento do CBios como algo permanente. “Não vejo outra maneira de resolver definitivamente essa questão. Temos que ter uma legislação que regulamente a situação do fornecedor de forma clara  e que não deixe margem a dúvidas no que deve ser pago ao fornecedor”, destaca José Inácio. Para ele, não há outra saída que não a de estabelecer em Lei o direito dos produtores de receber CBios. “Eu acho que não precisava a gente chegar a esse ponto de discussão, mas não vejo outra maneira do produtor receber a sua parte no RenovaBio. Eu escutei muitos industriais dizendo que estão pagando porque querem pagar e que a Lei não obriga, então a gente tem que ter uma legislação estabelecendo isso não como um favor, mas como obrigação legal”, reitera o dirigente da Unida e da Asplan.

Para José Inácio, na atual conjuntura, infelizmente, não existe outra maneira de inserir os produtores no recebimento do CBios que não criando essa legislação. “Se a Lei determinar que deva pagar 10, 20 ou 50%, seja lá quanto for, eles terão que cumprir e o pagamento tem que se dar de forma igualitária para o pequeno, o médio ou o grande produtor de cana. Eu volto a dizer, nós queremos somente o que é nosso. O que não pode continuar acontecendo é essa negociação caso a caso, uma usina pagando a um fornecedor um valor e pagando ao pequeno produtor muito menos, porque ele não tem força para lutar pelos seus direitos. Isso está errado e só se resolve com uma Lei. O fato é que essa situação é muito ruim para o setor e da forma como está, atualmente, o produtor está perdendo”, afirma José Inácio.

Para o dirigente canavieiro, o que não pode é a situação continuar como está. “Se o Congresso entender que a gente não tem direito, que não tenha. A gente sobreviveu até agora sem isso”, disse José Inácio, lembrando que os industriais não querem uma regulamentação, uma lei que proteja o direito dos produtores, mas, na hora de se criar o Renovabio, todos defenderam a Lei. “Eles foram para o Congresso, pressionaram os parlamentares e ficou tudo regulamentado, mas na hora que é para dividir os ganhos com a nossa classe, eles dizem que o governo, nem o Congresso devem intervir. Como assim? Quando era para beneficiar as indústrias, era necessário a intervenção do governo e do Congresso, porém quando é para defender a inclusão de um direito dos produtores não pode?”, finaliza José Inácio.

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Palestra promovida pela Asplan atualiza conhecimento de produtores de cana-de-açúcar sobre manejo de herbicida

Mais uma vez, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), através de seu Departamento Técnico (Detec), cumpriu seu papel de difundir conhecimento para seus associados. Nesta quinta-feira (15), produtores paraibanos se reuniram no auditório da entidade, em João Pessoa, para reciclar conhecimento durante palestra sobre “Manejo de herbicida em cana-de-açúcar”. Durante quase duas horas, o professor doutor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renan Cantalice, abordou esse tema focando na importância do combate eficaz às plantas daninhas que afetam os canaviais, destacando que o manejo deve acontecer em todas as fases, desde o pré ao pós-plantio, após a colheita e ainda de forma pré ou pós-emergência. “A interferência negativa das plantas daninhas nos canaviais pode causar reduções na quantidade e qualidade do produto colhido, diminuir o número de cortes viáveis, além de aumentar os custos de produção”, destacou o palestrante na abertura de sua fala.

Antes da participação do professor, o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, deu as boas-vindas ao palestrante e falou sobre a importância da retomada gradual dos eventos técnicos presenciais na sede da entidade, suspensos por mais de um ano em função da pandemia. “Estamos retomando aos poucos nossa rotina de atividades presenciais de forma que essa palestra marca a retomada deste novo tempo e com um assunto que muito nos interessa e faz a diferença nos resultados de nossa cultura”, disse José Inácio, destacando que as palestras técnicas fazem parte de um conjunto de ações que a entidade disponibiliza gratuitamente aos seus associados.

“Todo bom resultado está ligado a bons produtos e à aplicação deles no campo, ou seja, na dose e épocas certas de aplicação”, disse o palestrante, lembrando que em se tratando de manejo de plantas daninhas é preciso que o produtor acompanhe de perto as espécies e veja de qual forma é melhor atacá-las. “Há espécies mais resistentes que requerem produtos mais específicos”, disse ele, reiterando que a escolha e o uso adequado de produtos evita a deriva do produto ou o excesso de aplicação, culminando em maior custoxbenefício para o produtor. “É preciso definir o alvo, qual planta e qual momento, e levar em consideração as características climáticas da região onde o produto será aplicado”, reforçou ele.

Renan Cantalice lembrou ainda que a recomendação do herbicida deve estar fundamentada na previsão da condição hídrica do solo após sua aplicação. “Precisamos averiguar se o solo é seco ou úmido, assim os herbicidas de socarias, por exemplo, são divididos em herbicidas de seca e herbicidas de úmido”, disse o professor. Ele lembrou ainda a importância da pulverização, advertindo que não adianta comprar o melhor herbicida se a pulverização do produto não for realizada da forma correta. “A regulagem e calibração do pulverizador faz toda a diferença na aplicação e, consequente, resposta do produto. O ideal é que essa revisão no pulverizador seja diária, mas é muito comum ela nem ser feita com frequência, o que é um erro que gera desperdícios”, disse o palestrante, lembrando que o ideal é que essa revisão do equipamento seja diária.

No final do evento, o diretor do Detec, Neto Siqueira agradeceu a participação do palestrante, enaltecendo a abordagem do tema proposto. “Foi uma palestra bastante esclarecedora, bem didática e que nos orientou melhor em relação ao uso de herbicidas, já que a ocorrência de plantas daninhas na cultura de cana-de-açúcar provoca perdas sérias na produtividade, quando não controladas adequadamente”, disse Neto, agradecendo ainda a presença do consultor técnico Rodolfo Guerra, da empresa Semear, de Alagoas, que há 14 anos atua no mercado de revenda de defensivos agrícolas. O coordenador comercial da Semear, Antônio Aquino também prestigiou o evento promovido pela Asplan, no mini auditório da entidade.

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Asplan firma convênio com o Grupo Educacional Cruzeiro do Sul e garante descontos em mensalidades para associados e funcionários

Os funcionários e associados da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e ainda os dependentes destes em primeiro grau têm agora a oportunidade de ter acesso a cursos e programas educacionais oferecidos pelas instituições que integram o Grupo Educacional Cruzeiro do Sul, com descontos variáveis nas mensalidades. O Termo de Convênio entre as duas instituições já está em vigor, tem prazo indeterminado – até que uma das partes resolva revogar – e já vale para o próximo semestre. Uma das instituições integrantes do Grupo na Paraíba é a Unipê, localizada em João Pessoa, um dos centros universitários mais respeitados e procurados da capital paraibana.

De acordo com a minuta do convênio firmado com a Asplan, os descontos nas mensalidades escolares variam de 20% a 30%, dependendo do curso. Para graduação – Bacharelado, Licenciatura e Graduação Tecnológica – modalidade presencial e também na modalidade a distância ou semipresencial, o desconto é de 10%. Já para Pós-Graduação, especialização latu sensu e MBA, na modalidade presencial, e ainda para Cursos de Extensão, o desconto sobe para 20%, enquanto para Pós-Graduação, especialização latu sensu e MBA, modalidades à distância ou semipresencial, o desconto chega a 30%. O acordo também prevê isenção na taxa de inscrição para processo seletivo de graduação presencial e a distância.

“Nós sempre procuramos ampliar o leque de serviços para nossos associados muito além da assistência técnica e associativa, ofertando serviços diversos e parcerias com empresas conveniadas que garantem descontos ou vantagens aos nossos colaboradores e fornecedores e, neste caso agora, na área educacional”, explica a gerente administrativa da Asplan, Kiony Vieira. Ela lembra que além deste convênio, há outros que são diferenciais para os associados e funcionários que contam ainda com atendimento odontológico e serviços de ambulatório médico em consultórios próprios, com atendimento gratuito na sede da entidade, em João Pessoa. Para tanto, a entidade tem em seus quadros uma dentista e um médico do trabalho. Os colaboradores e associados têm ainda plano de saúde e de telefonia com preços mais acessíveis e convênio com laboratório de análises clínicas.

“Nós da Unipê temos uma imensa satisfação em ter um convênio com a ASPLAN, onde através desta parceria poderemos colaborar com a formação, e abranger o leque de conhecimentos de todos os associados e colaboradores desta entidade, abrangendo alguns benefícios inclusive para terceirizados e parentes de primeiro grau”, afirma Thiago Henrique Crispim, Agente Comercial Externo da Unipê. Ele lembra que a universidade tem também a Megacorp, que são vestibulares coorporativos exclusivos para a empresa.

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