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Lideranças canavieiras nacionais debatem o enfrentamento da atual conjuntura e a realidade do setor diante dos desafios que se apresentam

Na próxima sexta-feira (05), representantes de várias entidades ligadas ao setor sucroenergético nacional participam de uma live, às 18h30, para debater os cenários atual e futuro do setor. A transmissão, que será acessada pelos canais do @sistema FAEG, é uma promoção da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), SENAR, Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG) e Sindicato Rural de Goiás. A mediação do evento será feita pelo Coordenador Técnico do IFAG, Alexandro Santos.

O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da CNA, Ênio Fernandes, o presidente da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), Gustavo Rattes, o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Andrade e o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais serão os debatedores da live.

Para José Inácio esse debate sobre a atual conjuntura do setor canavieiro é oportuno e importante. “Vivemos um cenário adverso, sob o qual ninguém sabe ao certo quais serão as repercussões e precisamos, mais que nunca, estar unidos e coesos para juntos conseguirmos fortalecer o setor que é um dos pilares mais importante da economia nacional e fundamental para o desenvolvimento do país”, disse o dirigente da Unida e da Asplan.

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Não podemos deixar de plantar e renovar os canaviais mesmo na atual conjuntura adverte o dirigente canavieiro e produtor José Inácio

A cultura canavieira no Nordeste que, nos últimos sete anos enfrentou momentos difíceis, principalmente, em relação a remuneração paga pela matéria-prima e que tinha boas perspectivas de soerguimento na atual safra, se deparou com as implicações da pandemia, o que ampliou a crise já vivenciada pelo setor nos últimos anos. Mas, mesmo em meio a esse cenário, o produtor canavieiro não pode abrir mão de plantar e renovar seu canavial. Essa ressalva foi reforçada na noite desta segunda-feira (01), pelo presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, em live promovida pela FMC Agrícola com representantes do segmento canavieiro de várias regiões do país.

No início de sua participação na live, José Inácio lembrou que a média de produtividade do produtor nordestino em relação ao do Sudeste sempre foi menor. “A média histórica, por hectare, aqui na região é de 50 toneladas por hectare, enquanto que no Sudeste essa média histórica fica entre 85 e 90 toneladas. Mas, temos conseguindo aumentar essa produtividade para 70 toneladas e temos experiências exitosas com irrigação na região, a exemplo da Japungu, que chega a 110 toneladas”, destacou José Inácio.

Ele também reiterou que o produtor nordestino não está tendo uma remuneração a altura de seu investimento e que estava com uma grande perspectiva de começar a reverter esse quadro negativo na atual safra, mas que a pandemia frustrou essa expectativa. Contudo, ele reforçou a necessidade do produtor não deixar de fazer a renovação de seu canavial. “O ideal é renovar 16.66% da área a cada ano e mesmo em meio a essa crise, não devemos deixar de fazer isso sob pena de no ano que vem o canavial está ainda mais comprometido e necessitar de um investimento ainda maior”, disse ele, lembrando que o produtor precisa diminuir custos, rever processos, eliminar as deficiências, mas não deixar, em nenhuma hipótese, de plantar.

Além de José Inácio, participaram da live promovida pela FMC, Haroldo Torres, da Pecege, Caio Carbonari, da FCA/Unesp e Evandro Piedade, da Associação de Piracicaba. “A dinâmica dos herbicidas no ambiente” foi tema de uma das palestras da liveque teve como temática central “Cenário atual e oportunidades para os fornecedores de cana-de-açúcar”. Durante a transmissão, as apresentações reforçaram a importância do uso correto da tecnologia disponível e dos produtos usados na lavoura com vistas a melhoria da produtividade nos canaviais. A live foi encerrada com uma apresentação do programa Gennesis, da FMC, sobre manejo integrado da cana e com a apresentação da campanha institucional de comunicação da FMC que parte do conceito ‘Onde tem cana tem energia’, destacando a importância do universo canavieiro.

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Produtores rurais da Paraíba passarão a contar com uma cooperativa para comprar insumos e produtos a preços mais acessíveis

Comprar insumos e produtos agrícolas com valores mais acessíveis que os praticados no mercado e dispor de uma central de compras de peças e equipamentos e quem for cooperado ainda pode comprar com prazo. Essas são algumas das vantagens que os produtores rurais paraibanos, ligados ou não a Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), passarão a ter com o início das atividades da Cooperativa dos Associados da Asplan (Coasplan), que vai começar a operar a partir da segunda quinzena de junho. A sede da Coasplan funcionará na avenida Francisco Marques da Fonseca, 294, no bairro Brasília, em Bayeux.

Entre os diferenciais ofertados pela Coasplan está a possibilidade do cliente comprar com prazo. “Mas, essa modalidade de aquisição de produtos e insumos só estará disponível para associados da Asplan, mediante o aval das usinas”, explica o presidente da Cooperativa, Fernando Rabelo Filho. Ele lembra, no entanto, que os preços mais competitivos e acessíveis da Coasplan é que será o grande diferencial da Cooperativa, que projeta responder pela movimentação de cerca de R$ 4 milhões/ano somente com a venda de herbicidas, estimulantes e cupinicidas. “Esse cálculo corresponde a 50% das vendas feitas a fornecedores, atualmente, levando-se em consideração uma área de 10 mil hectares”, explica Fernando, lembrando que somente os fornecedores de cana da Paraíba respondem por uma área de 20 mil hectares. Com outros produtos, a Coasplan projeta uma movimentação de mais R$ 1,5 milhão.

O presidente da Coasplan reitera que o grande objetivo da Cooperativa é baratear custos para os associados, cooperados e para o mercado em geral, permitindo que os investimentos necessários na produção sejam realizados com mais facilidade. “Como vamos comprar os produtos de forma cooperativada, teremos melhores condições de ter preços menores e mais atrativos”, ressalta o presidente da entidade que tem como vice-presidente, Pedro Campos Neto.

A Central de Compras, que terá um funcionário à disposição dos clientes para fazer a cotação de peças e equipamentos, incluindo EPI’s, é outro diferencial da Coasplan. Basta para tanto, que o interessado diga qual é a necessidade de compra que a Cooperativa se encarregará de fazer as cotações e adquirir o produto sem custo adicional algum. “Esse é outro grande diferencial da Cooperativa que vai dar um importante suporte ao produtor na hora de comprar peças de reposição e outros itens ligados ao seu negócio”, destaca Fernando.

Para ter acesso a compra via Coasplan, o produtor não precisa ser associado da Asplan, mas para se tornar um cooperado, é preciso ser associado da entidade. “O interessado então precisa comprar uma cota parte, equivalente a R$ 100,00. A Cooperativa vai começar a atuar com 50 cotistas fundadores. Cada um deles comprou 10 cotas parte, o equivalente a R$ 1.000,00”, explica Fernando, reiterando que para ter acesso as compras via Cooperativa não é necessário ser cotista. “Agora, para ter direito a entrar na divisão de lucros da Coasplan, se houver dividendos, essa condição de cotista é imprescindível”, afirma ele.

“Esse é um sonho antigo da Asplan que, em breve, irá se concretizar. A Coasplan é, na realidade, um braço da Associação que vai atuar em paralelo a entidade com a função de atender não apenas os nossos associados, mas, todo o segmento que atua no setor primário da Paraíba com alguns diferenciais”, afirma o presidente da Asplan José Inácio de Morais, lembrando que a Coasplan não tem fins lucrativos e pode ser o projeto embrionário da formação de uma unidade industrial, caso haja algum acidente de percurso de fechamento de alguma indústria local, a exemplo do que correu em Pernambuco, com a COAF. “O foco é fortalecer o produtor, ajudá-lo a adquirir insumos e produtos de forma mais competitiva e para tanto precisamos do apoio da classe”, finaliza José Inácio.

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