8 de março de 2013

O SOS Seca PB lança Carta da Paraíba

sos socorro1O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan-PB), Murilo Paraíso, participou do lançamento da Campanha SOS Seca PB, na manhã desta terça-feira (15), em João Pessoa, promovida pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Murilo alertou para a necessidade de que os frutos do movimento sejam legitimados pela presidenta Dilma Rousseff. “O SOS Seca PB precisa chegar logo ao Palácio do Planalto”, destacou ele, referindo-se ao documento intitulado Carta da Paraíba, divulgada hoje junto com o lançamento da Campanha.

A Carta representa o relatório final do movimento que originou a atual campanha: a Caravana da Seca. “Conhecemos a realidade, sabemos como agir, mas precisamos de ações estruturantes urgentes”, disse o presidente da Asplan, lembrando que o setor canavieiro já sofreu uma perda na safra de quase 25% devido aos problemas ocasionados pela seca.

A Carta da Paraíba reúne deliberações e propostas elaboradas por representantes dos poderes públicos e da sociedade civil de combate à seca. Os pleitos foram elaborados a partir da caravana que passou por mais de 50 municípios paraibanos e percorreu mais de dois mil quilômetros castigados pela falta de água. O documento será entregue a presidenta Dilma Roussef juntamente com um abaixo assinado que está sendo feito em vários estados do Nordeste.

Além do presidente da Asplan Murilo Paraíso, os diretores da Associação José Inácio e Oscar Gouvea também participaram do lançamento da Campanha SOS Seca PB, que aconteceu no Hotel Tambaú, durante sessão itinerante da ALPB. O evento reuniu autoridades municipais, estaduais e federais da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas, além de representantes religiosos a exemplo do arcebispo emérito da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, do arcebispo de Natal, Dom Jaime Rocha e do pastor Estevam, da Primeiro Igreja Batista da capital paraibana.

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Produtores de cana de Pernambuco receberão auxílio do governo do estado

MuriloParaisoPresidente da Asplan afirma que se governo da Paraíba adotasse medida similar ajudaria muito os produtores de cana locais

Diante de uma conjuntura que une os efeitos de uma das piores secas já vistas no Nordeste e recursos escassos para o investimento no campo, o governo do estado de Pernambuco acaba de se mostrar preocupado com a situação dos cerca de 12 mil fornecedores de cana do estado e agir para auxiliá-los neste momento de crise liberando 4 mil toneladas de calcário agrícola e 5 mil toneladas de fertilizante para serem distribuídos. A ação foi um entendimento do governo do estado, através de sua Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, com o Sindicato dos Cultivadores de Cana-de-Açúcar do estado (SINDICAPE) e a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a ação do governo de Pernambuco será de grande ajuda para a recuperação dos campos e a manutenção da próxima safra. “É preciso que o governo da Paraíba também enxergue o setor canavieiro com mais atenção, pois ele é vital para a economia do nosso estado, que também é o terceiro maior produtor de cana do Nordeste. O governo da Paraíba deveria, inclusive, tomar a iniciativa do estado de Pernambuco como um exemplo já que as gestões são do mesmo partido e preservam uma mesma linha governista”, disse Murilo Paraíso.

Na Paraíba, a queda da safra de cana 2012/2013 já chega a 25% da produção por causa da estiagem do ano passado. Além disso, no estado, também houve uma redução de pelo menos dois meses do período de safra, visto que os produtores começaram a moer um mês mais tarde e a safra terminará um mês antes. Mas, até o momento, as iniciativas locais para salvaguardar o setor – que segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), gera em torno de 18.000 empregos formais e um total 44.000 empregos quando incluídas as atividades indiretas e dependentes da produção canavieira paraibana – são particulares ou associativas.

A entrega das 4 mil toneladas de calcário prometidas pelo governo do estado de Pernambuco será feita no mês de fevereiro e visa a correção em tempo hábil dos solos de pequenos produtores de cana pernambucanos, arrasados com a última seca. Já a distribuição das 5 mil toneladas de fertilizantes serão entregues aos fornecedores de cana em abril, na fórmula 10-00-18, conforme metodologia utilizada em anos anteriores.

 

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Estação Experimental de Camaratuba tem sua área de plantio renovada em 20%

Com o objetivo de fortalecer ainda mais a produção da cana-de-açúcar no estado da Paraíba, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) conseguiu renovar 20% da área de plantio de novas variedades conservadas na Estação Experimental de Camaratuba, uma estrutura mantida pela associação através de convênios com órgãos federais e estaduais no município de Mataraca (PB). A renovação, segundo o engenheiro agrônomo da Asplan, Vamberto de Freitas, chegou a 18,86 hectares dos quase 100 hectares cultivados na Estação. Com a seca que castigou os canaviais nordestinos nos últimos meses e a queda de cerca de 20% da produção canavieira na Paraíba, o segmento tem muito que comemorar com ao anúncio da renovação dessa área de plantio de variedades consideradas promissoras.

Através da implantação de novas variedades, em breve o produtor paraibano terá uma cana-de-açúcar ainda mais forte e mais produtiva, tendo em vista que terá uma planta mais resistente a pragas, com um bom teor de sacarose e ainda mais adaptável ao clima quente da região nordestina. De acordo com Vamberto de Freitas, dentre os clones RBs adquiridos pela Estação Experimental através de um convênio técnico com a Estação experimental de Carpina (PE), pelo menos dois clones estão apresentando ótimos resultados.

“A RB 2754 e a RB 1003 estão correspondendo às nossas expectativas e, dentro em breve, teremos variedades bastante interessantes tanto do ponto de vista agrícola quanto do ponto de vista industrial”, disse Vamberto, lembrando que algumas das novas variedades cultivadas na Estação já estarão à disposição do produtor paraibano na próxima safra. “Temos mais de seis novas variedades em ascensão em todas as áreas de canavial e estarão à disposição do produtor a partir do final deste ano”, disse o engenheiro, ressaltando que algumas variedades são ótimas na brotação, possuem crescimento rápido, alta produtividade agrícola e alto teor de sacarose.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, é importante que a Paraíba cresça verticalmente, ou seja, aumente sua produtividade. “A tendência é que a Paraíba opte por crescer em produtividade já que a aquisição de terra para uma expansão horizontal é mais difícil. Hoje existem diversas possibilidades com o desenvolvimento de tecnologias em nosso país para aumentar a produtividade dos canaviais. Só é preciso investimento”, disse ele, frisando a importância da atividade canavieira na economia paraibana. “O poder público precisa atentar para o fato de que a Paraíba está entre os três maiores produtores de cana do Nordeste, ficando atrás apenas dos estados de Alagoas e Pernambuco. Portanto, é preciso investir prioritariamente no setor, pois ele é estratégico para a economia da região”, concluiu Murilo.

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