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Aumento da mistura de anidro na gasolina aguarda aval técnico

anidro asplanO governo federal está aguardando uma posição técnica de especialistas da indústria automotiva para decidir se aceita ou não o pedido dos industriais  de cana-de-açúcar para aumentar de 25% para 27,5% a mistura de álcool anidro na gasolina, a partir de 1º de maio deste ano. A proposta está sendo avaliada pelo Ministério da Fazenda.

O pedido foi feito, na semana passada, ao Ministério de Minas e Energia (MME) pelos dirigentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Se for aceito, o aumento da mistura significará uma demanda adicional de álcool anidro de 1 bilhão de litros por ano, conforme estimativas da consultoria FG Agro.

Se o governo autorizar o aumento do percentual, o consumo de anidro na safra 2014/15, que começa em maio, pode chegar a 12 bilhões de litros, o que significará um aumento de 1,750 bilhão de litros em comparação com os 10,250 bilhões de litros consumidos em 2013/14.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, torce para que o governo decida favorável a esse aumento. “Com a ampliação do percentual de álcool à gasolina, as indústrias serão incentivadas a produzir mais etanol, serão melhor remuneradas e, consequentemente, quem fica na ponta da cadeia produtiva, que somos nós, os fornecedores de cana, também seremos beneficiados por causa do melhor equilíbrio do segmento”, destacou o dirigente.

Com informações do Valor Econômico – Tarso Veloso e Fabiana Batista

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Produtor de cana do Nordeste tem até o dia 15 de fevereiro para entregar sua documentação para receber subvenção

sub liberadaPagamento ainda é referente a safra 2011/2012

O produtor de cana nordestino que ainda quiser solicitar a subvenção econômica de R$ 12,00 por tonelada de cana entregue às usinas na safra 2011/2012 tem até o dia 15 de fevereiro para enviar sua documentação à Companhia Nacional de Abastecimento – Conab. A prorrogação do tempo foi anunciada via Decreto Presidencial (nº 8.183, de 17 de janeiro de 2014). no Diário Oficial da União, publicado no dia 22 de janeiro, garantido ao beneficiário o prazo de vinte dias corridos, contando da data de notificação, para providenciar a apresentação da documentação referente à comercialização da cana-de-açúcar entre o dia 01 de agosto de 2011 a 31 de julho de 2012.

Na Paraíba, segundo a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba – Asplan, cerca de 200 produtores que forneceram cana para as unidades industriais do estado neste período terão uma nova oportunidade para pleitear o pagamento. Para isso, vale lembrar que quem ainda não atualizou seus dados deve comparecer à Asplan para enviar as informações à Conab. A entidade continua com o atendimento especial para atender os retardatários no horário 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a quinta-feira, e na sexta-feira, das 8h às 14h. Para realizar o cadastro, o produtor precisa levar o seu RG,  CPF e o número da conta corrente.

Na oportunidade, os produtores também devem assinar suas declarações para ter acesso ao benefício. Nestas declarações, que posteriormente serão encaminhadas à Conab, está descrito o montante de cana entregue às usinas no referido período. Sem esse documento, o agricultor não recebe os recursos destinados pelo Governo Federal que corresponde a R$ 12,00 por tonelada de cana fornecida (limitando-se a 10 mil toneladas por produtor).

A definição das condições de pagamento, controle e fiscalização da subvenção são de responsabilidade dos ministérios da Agricultura e da Fazenda. O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, lembra aos associados que a subvenção é muito importante para o equilíbrio da classe produtora de cana-de-açúcar, pois ela é uma forma de compensação das perdas dos fornecedores canavieiros que comercializaram a cana-de-açúcar abaixo do preço de produção e tiveram prejuízos na safra 2011/2012 por causa da seca e também uma forma de garantir competitividade aos produtores nordestinos frente aos do Centro-Sul do país.

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Especialista diz que setor sucroalcooleiro do NE pode recuperar 16 milhões de toneladas de cana e 70 mil empregos perdidos nos últimos 20 anos

mario evento2A informação é do consultor especialista em questões do setor sucroalcooleiro, Gregório Maranhão, que ministrou uma palestra na Asplan tratando da crise do setor no NE

A crise do setor sulcroalcooleiro provocada, principalmente, pela falta de políticas publicas capazes de fixar preços justos de combustíveis e estimular a produção de cana-de-açúcar no país, levou a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) a promover, nesta quinta-feira (30), duas palestras que deram importantes contribuições em termos de perspectiva política, econômica e climática para o setor. O evento reuniu diversos produtores e dirigentes industriais do Estado, no auditório da Asplan, em João Pessoa. O primeiro momento foi comandado pelo consultor especialista em questões do setor sucroalcooleiro, Manoel Gregório Maranhão, que tratou da crise política e econômica do segmento, com ênfase no Nordeste.

Gregório Maranhão falou da crise, do desemprego no Nordeste e do recém-criado comitê de recuperação do segmento em Brasília. Em sua explanação, o consultor disse que o setor no Nordeste precisa recompor 16 milhões de toneladas de cana perdidas nos últimos 20 anos devido à queda da produtividade na região. “Tínhamos uma produção de 70 milhões de toneladas de cana e hoje temos 54 milhões. O setor cresceu 20% no ano passado no Centro/Sul, mas no Nordeste encolheu 25%. Isso também representa 70 mil empregos perdidos que podem ser recuperados se o setor tiver apoio para se recompor. A fábrica da Fiat, em Pernambuco, emprega muitas pessoas agora na construção de seu parque, mas esse desenvolvimento é ameaçado, porque quando tudo estiver pronto, a Fiat não vai empregar nem 10% dessas pessoas e o setor sucroalcooleiro tem capacidade para geração de muitos empregos e isso precisa ser disseminado para sensibilizar as autoridades”, disse Gregório, abrindo sua palestra.

O especialista continuou, no entanto, dizendo que o setor pode ter esperanças, pois o governo federal acaba de criar o que chamou de Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenergético da Região Nordeste. O Investimento em inovação, o aumento da produção, o elevado endividamento das empresas e baixo nível de mecanização e modernização tecnológica, devem ser temas constantes nas reuniões do Comitê, criado pelo Ministério da Integração Nacional (MI) e integrado pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – Sudene, setor industrial, fornecedores de cana-de-açúcar, Contag, Banco do Brasil, BNB, BNDES e Ministérios da Integração (MI), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Fazenda (MF) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

“Vamos anunciar a existência desse comitê para sociedade e cobrar do governo ações de recuperação do setor. Vamos aproveitar a oportunidade e colocar tudo na mesa a anunciar a oferta dos empregos perdidos. O setor está pronto para ter 70 mil novos empregos anunciados, nos oito estados do Nordeste, só precisa de incentivo”, afirmou Gregório. Ele também defendeu a permanência da subvenção econômica do setor e a presença de uma agência reguladora. Para ele, esses assuntos também devem ser levados ao Comitê. “Essa subvenção deveria ser permanente e não favor político. Ela deveria ser respaldada em lei porque só assim o setor nordestino consegue competir com o centro-sul”, destacou o especialista, conclamando o segmento a dar “status” ao Comitê criado.

Ao final do evento, a diretoria da Asplan, representada na ocasião pelo seu presidente, Murilo Paraíso, pelo seu vice, Pedro Jorge Coutinho; pelo Diretor Adjunto, José Inácio de Morais; pelo Diretor Tesoureiro, Oscar de Gouvêa e pelo Diretor Secretário, Raimundo Nonato, agradeceu as informações repassadas pelo consultor. “Temos uma missão agora que é a de fazer um projeto de recuperação do setor. Ano passado tivermos dois problemas: a seca e o preço da cana muito baixo. Este ano não temos mais seca, mas temos o preço que continua sem remunerar bem o produtor. Vamos acreditar e ir à luta”, declarou José Inácio de Morais, encerrando a palestra.

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