walmar

O Brasil não está preparado para o aumento da demanda por etanol que se elevará bastante até 2020

Dados da Datagro, uma das maiores consultorias de etanol e açúcar do mundo, apontam que o Brasil pode precisar de até 1,4 bilhão de toneladas de cana-de-açúcar em 2020 para atender à sua demanda, principalmente por etanol. O panorama foi apresentado na última sexta-feira (05) pelo presidente da  Datagro, Plínio Nastari, em Londres. Segundo a consultoria, na safra 2012/2013, o Brasil produziu 588,2 milhões de tonelada de cana-de-açúcar. Nas estimativas de Nastari, para os próximos anos, o país terá que produzir pelo menos mais um bilhão de toneladas de cana em 2020 para atender ao aumento da demanda por combustível provocado especialmente pelo uso do etanol na frota brasileira de veículos.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, esse é um cenário já esperado pelos canavieiros diante da falta de incentivo para a produção de cana no país. “A falta de uma norma reguladora do setor que permita o abastecimento interno de combustível com folga e a carência de políticas públicas para resguardar o setor em meio às crises causadas por secas e pelo baixo preço de comercialização da cana serão os principais motivos que nos levarão a essa lacuna. E isso tende a piorar com a importação de gasolina que também tende a crescer por falta de etanol”, alertou o dirigente da Asplan

Ainda de acordo com a Datagro, em um cenário menos otimista, com 40% da frota brasileira utilizando etanol a demanda será de um bilhão de toneladas de cana em 2020. Em um cenário intermediário, com uso do combustível por 60% dos carros que circulam no Brasil, a demanda alcançaria 1,2 bilhão de toneladas. O cenário projetado para a demanda de 1,4 bilhão de toneladas de cana, conforme o presidente da  Datagro, Plínio Nastari, é para o caso de o etanol ser a opção de 80% dos veículos no Brasil em 2020.

O Brasil não está preparado para o aumento da demanda por etanol que se elevará bastante até 2020 Read More »

Senado vota renegociação de dívidas do Nordeste com abatimentos que variam de 40% a 85% dos valores devidos

senado renegociacaoA Medida Provisória 610/2013, que entre outros temas também trata das dívidas majoradas por produtores rurais em função dos planos Cruzado, Bresser e Collor, foi aprovada no último dia 11 pelo Senado. O relator na Comissão Mista que analisou a MP, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), apresentou seu parecer prevendo a renegociação de dívidas adquiridas até 31 de dezembro de 2006, junto a todas as fontes oficiais e para todos os produtores nordestinos. Pela matéria, no Semiárido, dívidas originais de até R$ 15 mil terão descontos de 85%; entre R$ 15 mil e R$ 35 mil, de 75%; e entre R$ 75 mil e R$ 100 mil, de 50%. Nos demais locais do Nordeste, os descontos são de 65%, 45% e 40% para os mesmos valores contraídos. Agora a MP segue para a sanção presidencial.

O texto beneficia 440 mil produtores do Nordeste, com a renegociação de R$ 4,5 bilhões em dívidas. Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), a aprovação da matéria veio em boa hora, embora acredite que os abatimentos ainda pudessem ser maiores. “Qualquer que seja a facilidade que venha para que o produtor quite sua dívida  é bem-vinda porque o produtor não quer continuar a dever nada. Mas os descontos poderiam ser mais vantajosos já que os canavieiros sofreram com a última safra e não devem ter recursos suficientes ainda para realizar grandes pagamentos”, frisou Murilo, lembrando que a MP aponta descontos diferenciados.

Pelo texto original, somente as dívidas do Pronaf de até R$ 15 mil têm descontos de 85% no Semiárido e de 65% nos demais municípios da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Para os valores acima de R$ 15 mil, os descontos previstos são de 75% no Semiárido e 45% nos demais municípios da Sudene. Mas a medida também prevê a concessão de um adicional de até R$ 560 ao valor do benefício Garantia-Safra, por família, aos agricultores que aderiram ao programa, sendo este valor pago em até quatro parcelas mensais de R$ 140. Além disso, a matéria autoriza, excepcionalmente, no caso de desastres ocorridos em 2012, a ampliação do Auxílio Emergencial Financeiro, que hoje é de R$ 720, em até R$ 800 por família.

O texto, que recebeu algumas emendas durante sua passagem pela Câmara dos Deputados – uma delas estabelecendo subsídio de R$ 0,40 por litro de etanol comercializado na safra 2011/2012 também para as empresas produtoras de etanol no norte fluminense – foi aprovado sem novas alterações no Senado Federal. Se a presidenta Dilma Roussef vetar trechos da MP enviada a matéria deverá ser analisada pelo Congresso Nacional após o recesso parlamentar, em agosto.

Senado vota renegociação de dívidas do Nordeste com abatimentos que variam de 40% a 85% dos valores devidos Read More »

Plano Safra 2013/2014 do BB traz mudanças positivas para o produtor rural

cana estradaMais investimento para a renovação de canaviais e para as  operações de custeio de safra com taxas de juros mais baixas. Essa é a garantia do Banco do Brasil (BB) com o anuncio, no início de julho, de seu plano de crédito rural para financiamento de agricultura familiar, empresarial e cooperativas para a safra 2013/2014. Segundo o assessor da Superintendência Varejo e Governo da Paraíba do Banco do Brasil, Silvânio Alves, as principais novidades do Plano Safra do BB para este ciclo são a redução dos juros para as linhas de crédito Pronaf/Custeio, com faixas de 1,5% ao ano até 3,5%, dependendo do valor tomado, e a elevação nos limites para contratação no programa que agora é de até R$ 100 mil.

Além disso, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – Pronamp passa a abranger aqueles produtores com renda bruta anual de até R$ 1,6 milhão, diferente do último ciclo, quando o programa beneficiava aqueles com renda mínima de R$ 800 mil ao ano. Os limites por beneficiário por safra também subiram para R$ 600 mil no custeio, com elevação do teto em 15% para inscritos no CAR – Cadastro Ambiental Rural e taxa juros de 4,5% a.a. Já o Pronamp para Investimento, o limite de financiamento é de até R$ 300 mil por beneficiário ao ano com taxa anual de juros de 4,5%.

E para a contratação do PRONAF Mais Alimentos, o BB também tem novidades. Agora, as operações individuais vão até R$ 150 mil (antes era de até R$ 130 mil). Para contratação coletiva, as operações são de até R$ 750 mil, ampliando as possibilidades de financiamento para a irrigação e construção, reforma e ampliação de benfeitorias e instalações permanentes.

Já nas operações de Custeio agrícola contratadas com a vinculação do PROAGRO, Silvânio Alves afiança que o Banco do Brasil também reduziu o valor mínimo para a apresentação de laudos de análise do solo. “Agora, esse valor passou a ser de apenas R$ 5 mil. Antes era a partir de R$ 8 mil. Assim, recomendamos que os produtores realizem a análise de solo das áreas exploradas o quanto antes para acessar o beneficio”, destacou o assessor do BB.

Para a aquisição de máquinas e equipamentos, o Banco do Brasil também aumentou o valor do bem usado, que passou de R$ 40 mil para R$ 50 mil, tendo sido mantido o tempo de uso do bem, que é de até 10 anos. Na agricultura empresarial, o BB também trouxe algumas mudanças.  Entre elas, o teto de recursos controlados para custeio, que passou para R$ 1 milhão por beneficiário. O segmento empresarial também conta com seguro de produção pelo Proagro, além do Seguro Agrícola.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, os produtores devem se interessar em conhecer cada plano oferecido, visto que as taxas de juros foram reduzidas e pode ter algum programa que sirva ao seu interesse. “Embora ainda não seja o ideal, porque precisamos mesmo é de políticas públicas de permanente incentivo à produção, o plano safra é uma saída para quem ainda pode investir em sua cana”, disse o dirigente.

Recursos destinados

Representantes do Banco do Brasil informaram, no dia 1º de julho, durante o lançamento do Plano Safra da instituição, que vai destinar R$ 70 bilhões para as operações de crédito rural na safra 2013-2014 – um aumento de 27% em relação a safra anterior que foi de R$ 55 bilhões. Os produtores empresariais e cooperativas rurais poderão contar com R$ 56,8 bilhões para incrementar sua produção, enquanto que a agricultura familiar terá R$ 13,2 bilhões em crédito para a próxima safra, o que representa um aumento de 30% em relação ao total aplicado na safra passada, que foi de R$ 10,5 bilhões.

Essas informações estão no link http://www.mundocoop.com.br/destaque/r-70-bi-destinados-ao-plano-safra-do-banco-do-brasil-para-2013-2014.html.

Plano Safra 2013/2014 do BB traz mudanças positivas para o produtor rural Read More »