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Governador garante apoio na luta para a liberação da subvenção econômica dos canavieiros

rc reuniaoRepresentantes do segmento sucroalcooleiro da Paraíba estiveram reunidos na última sexta-feira (28) com o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, para solicitar seu engajamento na liberação da subvenção econômica dos produtores de cana, que ainda hoje aguarda sua inclusão nas despesas governamentais de 2015 do tesouro nacional. O benefício, destinado a repor perdas de safras passadas foi garantido pela lei 12.999/14 desde julho, mas o Governo Federal ainda não liberou os recursos. A reunião aconteceu na Granja Santana.

Compareceram ao encontro o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, o Diretor Tesoureiro da entidade, Oscar Gouvêa, o diretor secretário, Pedro Jorge Coutinho, além do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba – Faepa, Mário Borba, o Engenheiro Agrônomo da usina Japungu, Bolivar Melo, bem como o presidente do Sindicato da Indústria de Produção do Álcool da Paraíba (Sindalcool), Edmundo Barbosa.

Durante a reunião, o governador Ricardo Coutinho garantiu que tratará do assunto com a presidenta Dilma Rousseff e demais governadores do Nordeste na próxima reunião de governadores. “Foi importante ter o apoio do governador. Precisamos desses recursos para repor nossas perdas, afinal, o benefício é referente à safra 2012/2013, um período em que ocorreu a maior seca dos últimos quarenta anos no Nordeste”, comentou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, frisando que cada agricultor receberá R$ 12,00 por tonelada de cana fornecida para as unidades industriais.

Relembrando

Vale lembrar que nesses últimos meses, representantes do setor têm realizado diversas visitas a parlamentares e ministros visando à liberação dos recursos da subvenção. A última visita foi no início de novembro, ao relator do orçamento da União de 2015, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Durante o encontro, Jucá declarou apoio à reivindicação da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) para incluir a fonte de recurso da subvenção da cana nas despesas governamentais do próximo ano. O pleito também teve o parecer favorável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que já havia emitido aviso sobre a pendência para o Ministério do Planejamento, solicitando a fonte de recurso da subvenção.

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Teatro apresenta cotidiano do cortador de cana

teatroAutoridades ligadas ao setor canavieiro, Juízes da Justiça do Trabalho e produtores de cana-de-açúcar, participaram, na manhã desta quinta-feira (27), no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), de um evento que mostrou a realidade do relacionamento entre unidade industrial e cortadores de cana na Paraíba. Na ocasião, o público assistiu a um espetáculo teatral já bastante conhecido dos trabalhadores canavieiros e de suas famílias, chamado “Orgulho de ser Cortador”, capitaneado pelo dirigente da Japungu, Dante Hugo Guimarães. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e do Açúcar da Paraíba – Sindalcool com apoio da Asplan.

O evento foi aberto com a apresentação da Companhia Paraíba de Dramas e Comédias. Os atores mostraram a realidade dos cortadores de cana na usina Japungu de forma bem humorada. Na história, dois irmãos, Francisco e Pedrinho, serviram para demostrar como que a política de relacionamento das usinas com seus empregados mudou muito nos últimos anos. A narrativa apresentou Francisco como esforçado e trabalhador. Já Pedrinho, consumido pelo álcool e pela falta de incentivo, nunca tinha conseguido passar muito tempo em um emprego até que foi admitido na usina. Com a política de tratamento e o programa de melhoria do salário que envolve metas para incrementar remuneração, o cortador se tornou um trabalhador comprometido e esforçado, conseguindo vencer o vício do álcool e se tornar um exemplo para sua família.

Após a apresentação, o dirigente da Japungu, Dante Hugo, falou sobre a iniciativa. “Acredito que só a educação modifica o homem. Assim, todos os anos promovemos esse teatro durante a integração de nossos cortadores de cana, início da safra. Eles vêm acompanhados de suas famílias e assistem à apresentação de um tema”, comentou Dante, frisando que a cada ano escolhemos uma tema diferente a ser tratado. “O resultado tem sido positivo, tanto que nossa frequência lá é de 96%. Isso é muito bom. Além disso, também quase não temos reclamações trabalhistas”, acrescentou Dante, lembrando que o teatro é feito desde 2003 como forma de mostrar a política de incentivo da Japungu.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, elogiou a ação e lembrou que o setor passa por uma grande crise. “Essa é a primeira vez que vejo esse teatro. Nunca tinha visto, mas já sabia da repercussão dele junto aos funcionários da Japungu. Ele é muito bonito. Fico satisfeito em poder conhecer esse trabalho”, comentou Murilo. Ele aproveitou a oportunidade para falar também do preço da cana, que não tem alcançado um valor que deveria, sendo vendida ao preço de R$ 63,00 enquanto que era para ser por volta dos R$ 94,00. “Várias unidades estão fechando pelo país justamente porque não existe uma política regulamentadora da atividade produtora de cana. Espero que o governo federal tome logo uma atitude para que ações como essas da Japungu não deixem de existir”, frisou.

 Já o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado da Paraíba (Fetag), Liberalino Lucena, destacou que essa é uma ação que pouco se vê pelo país. “O que vemos na prática em todo o país é o trabalhador sendo tratado como uma coisa. Esse teatro mostra como o trabalhador vem sendo tratado nas empresas da Paraíba. Estamos avançando”, disse.

Em seguida, o Juiz do Trabalho, o Dr. José Arthur, discorreu sobre a realidade dos acidentes de trabalho, principalmente na construção civil, no país. Segundo um levantamento feito pelo grupo de trabalho GETRIN13, à medida que os números de postos de trabalho formais crescem, o numero de acidentes de trabalho praticamente não se alteram. “Em 2000 eram 26.228.629 postos de trabalho formais e 3.094 acidentes. Em 2012 eram 47.458.712 postos enquanto que os acidentes foram 2.731. Na Paraíba temos uma média de pouco mais de 4 mil acidentes e 15 mortes por ano”, mostrou o Juiz, mostrando que o grupo de trabalho está trabalhando para dialogar com as entidades ligadas ao trabalhador e reduzir esses números junto a elas. “Somos parceiros do Sindalcool”, comentou.

Crise do setor

teatro2Com a conclusão da apresentação sobre acidentes no trabalho, o secretário adjunto da Secretaria de Agricultura do estado da Paraíba, Rômulo Montenegro, comentou sobre a atual crise pela qual passa o setor e destacou que o Governo Federal precisa pensar em uma política de incentivo para a produção e comercialização do etanol. “A Paraíba tem esse setor como o mais importante do segmento primário, tanto no aspecto tributário como no atendimento a todas as exigências trabalhistas, muito mais que qualquer outro setor”, afirmou.

Ele cobrou uma providência do Governo Federal a respeito da crise. “O setor clama por uma ação. O país lutou para criar a Petrobras e agora não consegue aprovar uma politica pública de regulamentação para o etanol, um combustível limpo e ecologicamente sustentável”, frisou o secretário, alegando que o motivo da crise está na falta de politicas públicas.

Ao final, Edmundo Barbosa, presidente executivo do Sindalcool, trouxe dados do setor. Ele se acostou à cobrança de Rômulo e comentou que nos últimos quatro anos, 70 usinas fecharam as portas no país e 210 mil pessoas ficaram desempregadas por isso.

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Asplan promove palestra para apresentar cortadeira de cana

palestra cortadeiraA máquina já vem sendo utilizada na destilaria Tabu desde a safra passada

Um corte mecanizado simples, extremamente rápido e com o menor custo do mercado. Essa é a promessa da empresa Maqtral, revendedora da cortadeira de cana-de-açúcar da FCN Tecnologia. A máquina foi apresentada aos produtores na tarde desta quinta-feira (27), no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Utilizada desde a safra 2013/14 na Destilaria Tabu, a máquina recebeu algumas adaptações em sua colheitadeira e na sua enchedeira para reduzir impurezas detectadas durante o processo de moagem. O evento foi uma realização da Asplan, através de seu Departamento Técnico (Detec).  

Na ocasião, o coordenador de treinamento da Maqtral, Osman Oliveira, mostrou todo o funcionamento do equipamento através de vídeos. Entre as vantagens apontadas estão o menor custo de corte do mercado (R$ 0,20/tonelada); a prevenção de abalos de soqueiras, visto que seus dispositivos de corte não penetram o solo; o fato de dispensar veículos de apoio, tais como caminhão oficina, comboio, etc; além de substituir 100 homens por dia de trabalho e produzir uma média de 500 toneladas de cana em 16 horas de trabalho.

Segundo Osman Oliveira, o investimento na aquisição da máquina, que custa R$ 435 mil, é quitado em apenas três meses de uso do equipamento. De acordo com ele, que fez alguns cálculos a respeito, um homem corta em média 130 toneladas/mês sob o custo de cerca de R$ 1.200,00 de salário mais encargos sociais. A cortadeira faz em média 544 toneladas em 16 horas, o que equivale a 16.320 toneladas ao mês. Fazendo a relação direta entre os dois, Osman chegou à conclusão de que o produtor precisaria ter, no mínimo, 125 homens em campo trabalhando para no final do mês alcançar a produção da máquina. “Dá um custo de 150 mil ao mês para o produtor manter esses trabalhadores. Com a economia desse montante, o produtor pode pagar a máquina em três meses apenas”, frisou.

Osman Oliveira, da Maqtral, explicou que essa é uma máquina de corte basal, desponte e aleiramento de duas fileiras de cana crua ou queimada. É uma máquina apta ao corte de canaviais situados em terrenos com topografia inadequada ao trânsito seguro. “Ela corta, desponta e acumula a leira em terrenos com declive. Ela também aceita variação de espaçamento entre fileiras”, esclareceu.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, o debate sobre as tecnologias que estão sendo lançadas é sempre importante para dar mais opções ao produtor de cana que já se prepara para o fim do corte manual da cana-de-açúcar. “O ano de 2017 se aproxima e precisamos estar atentos ao maquinário que vem sendo disponibilizado pelo mercado para ver o que melhor atende às nossas necessidades, tanto em campo como em relação ao custo do investimento”, comentou o dirigente, lembrando que a queima da cana só será permitida até aquele ano.

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