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Fabricante apresentará novo nematicida para a cultura da cana no auditório da Asplan

nematoidesA Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) realiza, nesta terça-feira (01), a apresentação de mais um produto lançado no mercado para afastar doenças que afetam a cultura e produtividade da cana-de-açúcar. Trata-se do nematicida Pottente, criado pela Ihara e que será apresentado pelo engenheiro agrônomo, Dr. Wilson Novaretti. O estudioso ministrará a palestra “Nematóides: o inimigo invisível da cana-de-açúcar”. Na ocasião, ele descreverá a praga e falará sobre as principais medidas de controle, a importância do manejo químico e a instruções para coleta de amostras para análise nematológica. A palestra técnica acontece no auditório da Asplan, localizado na Rua Rodrigues de Aquino, 267, Centro, João Pessoa, a partir das 9h.

Segundo o que vem sendo divulgado pela Ihara, a fabricante investiu novamente na inovação para trazer ao mercado uma solução mais eficaz no combate às pragas da cana-de-açúcar. Em relação aos outros produtos existentes no mercado, a Ihara garante que o produto reduz a população de nematoides no solo e nas raízes, proporcionando melhor desenvolvimento radicular e melhor desenvolvimento das plantas. Além disso, a Ihara assegura mais segurança e flexibilidade com o Pottente, pois o produto não sofre interação com herbicidas derivados de ureia. A fabricante também garante que o produto não entope bicos, evitando a exposição do operador ao produto durante a operação de desentupimento. O nematicida já foi apresentado em diversos eventos pelo país durante os meses de novembro e dezembro.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, o evento é de grande importância para os produtores de cana em virtude dos sérios prejuízos dos nematoides causados à planta de cana-de-açúcar e, indiretamente, ao produtor, pela redução de sua produtividade. “Os nematoides prejudicam as plantas afetando a absorção de nutrientes. Assim, deixamos nossa cana mais vulnerável a doenças, além de não obter uma boa taxa de açúcares, o que afeta a safra como um todo. Essa palestra, portanto, será bem importante para conhecermos todo o processo de cuidados que temos que ter com nossa plantação”, disse o dirigente, convidando a todos para o evento.

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Produtores rurais que têm até dia 30 de junho para aderir ao programa de renegociação de dívidas do Governo Federal

senado renegociacaoAinda há pouca adesão dos produtores, informa o governo. O motivo ainda pode ser a falta de recursos para sanar dívidas embora a chuva tenha começado a cair no Nordeste

A Câmara dos Deputados, através dos parlamentares Raimundo Gomes de Matos – PSDB/CE e Valmir Assunção – PT/BA, promoveu, nesta terça-feira (25), um debate sobre a situação da renegociação das dívidas dos produtores rurais atingidos pela estiagem no Nordeste com diversos dirigentes de bancos, representantes de instituições ligadas à categoria e políticos. Durante a audiência, o secretário-adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Pinto Rabelo Júnior, afirmou que apenas 30% dos agricultores do semiárido procuraram as instituições bancárias para renegociar suas dívidas em razão da seca e chamou a atenção para o prazo para solicitar a renegociação que termina em 30 de junho de 2014.

De acordo com as informações divulgadas no portal da Câmara dos Deputados,  um dos motivos da demora na procura pelos bancos é que somente agora, com a chegada das chuvas no Nordeste, o produtor deve começar a ter renda para fazer a liquidação de suas dívidas. Mas, o presidente da Federação da Agricultura da Paraíba (FAEPA), Mário Borba, que também esteve presente na audiência, levantou outra problemática não apresentada pelos Bancos, mas que vem tirando o sono de muitos produtores. Segundo ele, apesar de a Lei 12.844/13 sancionada pela presidente Dilma Rousseff suspender até 31/12/2014 as dívidas daqueles que estão inscritos na dívida ativa da União, o Banco do Brasil continua executando-as.

Para Mário Borba, as medidas adotadas pelo governo até agora não foram suficientes. Ele explicou que 476 municípios do Nordeste estão fora da renegociação porque os prefeitos não chegaram a declarar estado de emergência. Durante a reunião, ele defendeu uma política de crédito que seja perene e não circunstanciada na Nordeste. “Em 20 anos, são mais de 30 medidas provisórias, mais de 20 projetos de lei, e até hoje não resolveram o problema do semiárido. É preciso ter uma política agrícola diferenciada para o semiárido. Hoje o Pronaf do Rio Grande do Sul é o mesmo do Nordeste”, afirmou Borba.

Sobre o assunto, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, disse que é preciso que o governo investigue a falta de adesão do produtor ao programa de renegociação de dívidas. “A situação do produtor não é tão boa quanto pensa o governo. Até agora são poucos os que conseguiram alguma coisa com as chuvas e, mesmo assim, eles precisam primeiro garantir sua produção para depois pagar o que deve. As coisas não são tão simples assim”, comentou Murilo, sugerindo que o governo adote outras medidas para a renegociação para conseguir a adesão em massa dos produtores.

Condições para renegociação

Em junho do ano passado, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.844/13, que renegocia as dívidas de agricultores e pecuaristas atingidos pela seca no Nordeste contratadas em municípios em estado de calamidade pública ou em situação de emergência. Entraram na renegociação as dívidas dos produtores contratadas em municípios localizados na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e cuja situação emergencial tenha ocorrido no período de 1º de dezembro de 2011 a 30 de junho de 2013. Assim, para aqueles que estavam adimplentes em 2011, antes do início da seca, foi autorizada a renegociação de parcelas e a renegociação, em até 10 vezes, com vencimento em 2015 para a agricultura empresarial e em 2016 para a agricultura familiar. Para os que já estavam inadimplentes, a partir de 2007, o saldo devedor é reprogramado em 10 anos, com os mesmos vencimentos em 2015 e 2016.

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Caldo de cana desponta como novo subproduto da cana-de-açúcar com potencial mercadológico

kanaiPesquisadores encontraram um meio de engarrafar a bebida. Empresas já se interessam pela ideia

Já pensou em encontrar caldo de cana engarrafado vendido nos supermercados? Pois é, a novidade pode estar nos freezers dos estabelecimentos em breve graças a uma pesquisa realizada no campus de Pirassununga da USP (Universidade de São Paulo) que conseguiu manter a qualidade do caldo em caixinhas do tipo longa vida por três meses. A descoberta, que também aponta para o grande potencial mercadológico da bebida, já atrai o interesse de várias empresas, visto que até agora só se conhece a bebida vendida nas ruas com a ajuda de uma máquina que tritura a cana na hora do caldo ser degustado.

Segundo informações divulgadas na imprensa nacional, a técnica para a manutenção da qualidade do caldo engarrafado envolve a estabilização da garapa de cana que em condições normais se deteriora bem rápido. Para que se mantenha o mesmo sabor e cor por mais  tempo foi desenvolvido um processo que começa muito antes do processamento do caldo. Em primeiro lugar, a cana, precisa ser de boa qualidade. Depois, é preciso lavá-la com cloro para retirar todas as impurezas, indo em seguida para a moenda que deve ser de aço inoxidável.

Também é necessário analisar o caldo e ver se existe equilíbrio entre açúcar e acidez. A próxima etapa é a pasteurização do líquido com o choque térmico que auxilia no combate às enzimas que podem alterar o sabor final da bebida. Por fim, a garrafa precisa ter a proteção de alumínio e ser refrigerada a pelo menos dez graus para durar três meses. Uma técnica similar a essa, mas desenvolvida pelo Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), colocou no mercado no ano passado uma bebida chamada “suco de cana-de-açúcar”. O produto, que já é exportado para a Europa, atraiu concorrentes e uma fabricante de sucos também está entrando no mercado.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a novidade é importante e mostra o quanto a cana é versátil. “Temos vários subprodutos da cana e esse é mais um que se destaca com grande potencial mercadológico. A indústria que investir na pesquisa pode ganhar muito com ela, pois a bebida é muito apreciada não apenas pelo gosto agradável, mas, sobretudo pelo valor nutricional”, disse o dirigente.

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